CBX 250 Twister

Com design atraente, a sexta mais vendida do Brasil é opção para quem tem uma 125cc.

Por Leandro Alvares

Arthur Caldeira

A Honda CBX 250 Twister é a sexta moto mais vendida no Brasil. Com 62.979 unidades comercializadas no mercado interno em 2006 e cerca de 3.000 exportadas, ela é o sonho de consumo de quem tem uma 125cc.

Pioneira no segmento que reservou os maiores lançamentos da indústria de motocicletas nos últimos anos no país — depois da Twister, chegou a Honda XR 250 Tornado; a Yamaha Fazer, em 2005; e em outubro do ano passado, a Yamaha XTZ 250 Lander — essa 250cc da Honda é vista como evolução “natural” dos milhares de novos motociclistas que surgem a cada ano.
 
Para especialistas, quem compra uma 125cc e passa a utilizar a moto seja como meio de transporte, instrumento de trabalho ou lazer, deseja crescer em cilindrada e tecnologia. A CBX 250 atende bem a essas expectativas.

Com freio a disco, balança de alumínio, um belo (e completo) painel digital e posição de pilotagem mais esportiva, é a opção para quem quer ter sua primeira “grande moto”, plagiando o slogan de um recente lançamento da indústria automobilística.

Receita do sucesso


O design moderno, que passou por uma remodelação em 2006 ganhando uma rabeta mais afilada, é um dos fatores responsáveis pelo sucesso da Twister. Vale citar também a chamativa e bela cor amarela, disponível para a versão deste ano.

Apesar da capacidade de um quarto de litro, essa 250cc parece uma moto maior. Contribuem para isso, na traseira, o sistema de mono-amortecimento e o pneu 130/70-17 (40 mm mais largo que a maioria dos pneus das 125cc e com perfil mais esportivo) e, na dianteira, o belo painel e o tanque volumoso para 16,5 litros.

Depois de seduzido pelo visual, quem pilota a Twister acaba, inevitavelmente, aprovando seu comportamento. O chassi de berço semiduplo aliado à balança oscilante em alumínio deixam a moto bastante estável nas retas e “esportiva” nas curvas. As rodas de liga-leve de 17 polegadas equipadas com freio a disco simples, na frente, e a tambor, atrás, transmitem segurança ao motociclista.

O desempenho também impressiona. Do motor de um cilindro, quatro válvulas, comando duplo no cabeçote, e 249 cm³ de capacidade saem 24 cv de potência máxima a 8.000 rpm. Com torque máximo de 2,48 kgf.m a 6.000 giros, a faixa útil do propulsor se resume a 2.000 rpm que, quando mantidas, garantem uma moto esperta em retomadas. Pode-se facilmente manter os 120 km/h em estradas, o que faz dela uma companheira razoável para se viajar, apesar do caráter urbano.

Injeção faz falta


Se comparado a Yamaha YS 250 Fazer, sua principal concorrente, o modelo Honda peca pela falta de injeção de combustível. Alimentado por carburador, o monocilíndrico demonstra engasgos e desempenho insatisfatório em baixas rotações. Abaixo de 3.000 rpm, o motor “bate pino” e não tem força para empurrar a moto. Para se ter motor cheio e aproveitar a “esportividade” da Twister é preciso rodar acima dos 5.000 rpm. A conta vem na hora de abastecer.

Rodando sempre na faixa útil do motor, o consumo fica em 23 km/L. Mas caso estique a sexta marcha (bem longa) até a velocidade máxima de 140 km/h esse número pode cair até 18km/L, índice digno de motos de maior porte. 

O câmbio de seis marchas traz outro desconforto: exige constantes reduções de marcha ao se pilotar no trânsito urbano.

Promete o que cumpre


A Twister atende bem a proposta de “primeira grande moto”. Apesar de “beberrona” demais para quem trabalha com a motocicleta, é ideal para quem usa a moto como condução no trajeto casa-trabalho-faculdade ou procura um desempenho melhor em viagens por um preço acessível.

Tabelada em R$ 9.484,00 (sem frete), mas vendida por cerca de R$ 10.000,00 nas concessionárias da marca em São Paulo, disputa o mercado com a Yamaha Fazer YS 250, que tem preço sugerido de R$ 10.150,00. Uma diferença justificada pela maior tecnologia embarcada no modelo Yamaha que, por sua vez, não tem balança em alumínio. A primeira “grande” moto vai depender mesmo do gosto do freguês. Ou da paixão do motociclista.

Ficha Técnica

  • Motor: 249 cm³, dohc, monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar, com radiador de óleo
  • Potência máxima: 24 cv / 8.000 rpm
  • Torque máximo: 2,48 kgf.m / 6.000 rpm
  • Partida: elétrica
  • Capacidade do tanque: 16,5 litros (reserva 2,5 litros)
  • Transmissão: 6 velocidades
  • Suspensão dianteira: garfo telescópico com 130 mm de curso
  • Suspensão traseira: mono amortecedor com 100 mm de curso
  • Freio dianteiro: disco de 276 mm de diâmetro e cáliper de  pistão duplo
  • Freio traseiro: tambor de 130 mm de diâmetro
  • Pneu dianteiro: 100/80 – 17 m/c 52s sem câmara
  • Pneu traseiro: 130/70 - 17 m/c 62s sem câmara
  • Quadro: berço semiduplo
  • Dimensões (comp. x largura x altura): 2.031 x 746 x 1.057 mm
  • Peso seco: 139,7 kg
  • Cores: amarela, vermelha, preta e prata
  • Preço sugerido: R$ 9.484,00 (com base no Estado de São Paulo, sem frete e seguro)

Fotos: Caio Mattos

Fonte:
Agência Infomoto

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