Brasileiro salta o Grand Canyon de moto

O brasileiro Luigi Cani realizou recentemente uma proeza, digamos, corajosa e de alto risco. Com uma Suzuki GSX-R 600, o pára-quedista de 34 anos saltou o Grand Canyon, famoso desfiladeiro do Arizona, nos EUA.

A meta do desafio, que foi registrado pelo programa Stunt Junkies (Viciados em Perigo) do canal “Discovery Channel”, era muito “simples”: percorrer uma pista de madeira elevada com 1,5 m de altura, 500 m de comprimento e 2,5 m de largura com o máximo de velocidade e equilíbrio possíveis para, então, se arremessar nos 600 m do precipício.

Devidamente equipado e preparado — com pára-quedas de "base jump" e um traje especial chamado "Wing-suit", que tem por característica transformar o corpo do pára-quedista em uma asa semelhante a dos morcegos —, o curitibano ainda teve de enfrentar uma temperatura ambiente de 3°C negativos, que o obrigou a “fritar” o pneu traseiro da moto a fim de aquecê-lo para conseguir o mínimo de aderência.

Cani sabia que precisaria atingir 160 km/h ao final da reta para conseguir impulso suficiente para se afastar da parede do abismo durante a queda. A maior dificuldade, segundo ele, foi controlar a motocicleta em alta velocidade sobre uma pista extremamente estreita, utilizando um traje que gerava um enorme arrasto aerodinâmico e restringia o movimento corporal. Teve praticamente que se sentar sobre o tanque do modelo apenas para alcançar o guidão.

O lançamento do homem e da máquina de duas rodas aconteceu como o esperado. O brazuca largou o guidão da moto e iniciou seu vôo-solo. Após 10 segundos de queda-livre, comandou o pára-quedas e pousou com segurança na base do Canyon. Já o equipamento motorizado explodiu ao bater no solo desértico.

“A distância horizontal percorrida pela moto do ponto de lançamento ao de impacto foi simplesmente absurda”, destacou Cani, que adorou a experiência. “Foi uma das coisas mais divertidas que fiz em toda minha vida. A paisagem é espetacular. Eu sempre fui apaixonado por pára-quedismo e motocicletas, poder unir estas duas paixões em uma única aventura foi simplesmente demais para mim”, completou o recordista mundial de pára-quedismo.