Reinaldo Baptistucci
Reinaldo Baptistucci
Eis um relato verídico de uma situação que passei no último domingo, às 17h. Saí de São Bernardo do Campo com destino a São Paulo pela Via Anchieta. Apesar de estarmos em dezembro, fazia frio e o céu estava negro com um vento frontal forte.
Já quase no final da rodovia entrei à direita para o acesso da rua que me levaria lá em baixo para a avenida Tancredo Neves. Tinha trânsito, mas fluía muito bem.
Eu estava tranqüilo e rodava macio com a Suzy, pensando na próxima reportagem que faria. Conheço bem a região e sei também que o asfalto é de boa qualidade, sem buracos e alguns faróis bem sinalizados. Existe também um pardal que indica a sua velocidade e que está colocado bem no meio da pista... Resumindo, fui indo.
Após o último farol, a rua desce com inclinação forte e do lado direito, bem próximo da calçada, tem um barranco enorme e muito inclinado. Foi neste ponto, exatamente neste ponto, que percebi pela lateral da viseira do capacete uma mancha grande vindo ao meu encontro e se estatelar bem na minha frente. Era um pneu aro 15’’.
Passei por cima dele sem desviar, muito menos brecar, e por incrível que pareça não caí. O pessoal que vinha atrás de mim brecou e o trânsito parou, assim como eu.
Olhei para cima e bem no topo do barranco vi um movimento de pessoas curiosas a me observar. Um Pneu Voador acabara de pousar. Era só o pneu, não tinha roda. Mas fiquei pensando como seria caso tivesse...