Yamaha encerra a produção da V-Max Power Cruiser
Icônica moto da tradicional fabricante japonesa deixa o mercado por não atender EURO 5
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Rodrigo Accioly
Ela já havia desaparecido do catálogo da Yamaha Brasil em 2017. O cenário nacional era de crise e o alto custo ao consumidor - na faixa de R$ 130 mil de preço final - era um fator impeditivo para a decisão de compra da icônica V-Max.
No mundo, a decisão de encerramento, comunicada pela Yamaha na última semana de novembro - da produção vem por outro motivo: a incapacidade de atender aos padrões europeus de emissões EURO 5, que entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2021 para modelos existentes. Com suas 1.700 cc, já não atendia aos padrões EURO 4, válidos desde 2005. O valor de venda no exterior, USD 18 mil, também não é barato, mesmo em mercados exigentes.
Até o fim, em 31 de dezembro, terão sido 35 anos de reinado - desde 1985 - como o power cruiser original. Até 2009 já era poderosa na versão de 1200 cc até a revolucionária atualização para 1700 cc, que a tornaram um verdadeiro “avião sem asas”, que gerava 200 cv a 9.000 rpm e absurdos 17.01 kgfm de torque, a 6.500 rpm.
Um modelo com design minimalista - pneu traseiro de 200/50R, posição de pilotagem relaxada e a aparência de uma motocicleta pirata -, eternizado nos cinemas com o filme Motoqueiro Fantasma.
Grande potência, porém grandes emissões. Em nome das futuras gerações, o símbolo de uma era deixa um rastro de poluição, mas também de saudade.
Receba notícias de moto.com.br
Envie está denúncia somente em caso de irregularidades no comentário