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Você conhece o Movimento Maio Amarelo?

05 de May de 2022

Nós motociclistas somos muito vulneráveis no trânsito. É verdade que muitos de nós cometem abusos com frequência de toda natureza, desde passar em sinal vermelho e andar na contramão, até ultrapassar, em muito, os limites de velocidade. Esquecemos às vezes, ou não pensamos, que as consequências para nós, motociclistas, são infinitamente piores quando enfrentamos um veículo de 4 rodas. Mas nem assim, passamos a ter uma atitude mais conservadora.

Foto: Divulgação - Maio Amarelo

 

O MOVIMENTO

O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

Para ver os vídeos e mais detalhes, clique aqui.

 

Recentemente, no ano de 2021, 8,4% das vidas perdidas nas rodovias federais brasileiras foram causadas por ingestão de álcool e drogas! Ou seja, 452 mortes! Isso só nas federais.

O ranking das principais causas de sinistros de trânsito tem em seu sexto lugar, com 4.532 ocorrências, o consumo de álcool segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Mesmo com essas informações, por mais incrível que pareça,  a dois anos que as fiscalizações para o combate dessa prática vem diminuindo! Sim, diminuindo!

A PRF realizou em 2019, 17.274 fiscalizações e registrou, nada mais nada menos que 19.966 infrações por dirigir sob efeito de álcool e substâncias psicoativas, uma média de 115 infrações para cada 100 fiscalizações. Em 2021 o número de fiscalização caiu mais da metade mas, as infrações não acompanharam, muito pelo contrário! Foram 6.787 fiscalizações e 13.724 infrações, com média de 202 infrações para cada 100 fiscalizações.

Essas informações foram levantadas pela PRF a pedido da Ammetra (Associação Mineira de Medicina do Tráfego) e, mesmo sendo inacreditável, em dois anos as infrações dobraram, ou seja, o brasileiro segue desrespeitando as leis e normas de trânsito.

“Mais pessoas estão dirigindo sob o efeito de álcool e/ou substâncias psicoativas, enquanto o número de fiscalizações cai drasticamente. Com a total flexibilização da circulação, percebemos a volta, sem nenhuma surpresa, da insegurança no trânsito do Brasil, justificado por políticas públicas ineficazes e a manutenção do perfil agressivo e imprudente de nossos motoristas. Prova disso é o que ocorreu nos últimos feriados. No Carnaval houve aumento de 18% no número de mortes e de 16% dos acidentes graves. Na Semana Santa deste ano, o número de mortes também cresceu em relação ao feriado do ano passado”, comenta o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.

Foto: Divulgação

 

Na avaliação do especialista em segurança do trânsito, a redução das fiscalizações da Lei Seca dá a falsa sensação ao motorista que as estradas estão livres para quem deseja cometer crimes e desrespeitar a lei. “E nós sabemos que isso não é verdade. Se o número de fiscalizações não aumentar, teremos um novo pico de mortes, feridos e inválidos no trânsito e ficaremos ainda mais distantes de atingir a meta da ONU de reduzir, até 2030, o número de mortes e lesões no trânsito em pelo menos 50%, o que já não conseguimos na década passada”, afirma.

Cabe a cada um de nós fazermos a nossa parte pois, enquanto “toma umas” e chega em casa tranquilo, está tudo bem. Mas, com os números aumentando, a coisa complica. Nós, motociclistas, pedestres e ciclistas, somos os mais vulneráveis no trânsito, “quem paga o pato”, por isso, cabe a nós divulgarmos e criticarmos os amigos que não dão a mínima para isso e seguem a vida achando que é um exagero, que é resistente, enfim, até acontecer algo pior com o próprio ou algum familiar. 

 

Para saber mais acesse: https://maioamarelo.com

 

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