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Vitpilen e Svartpilen levam Husqvarna de volta para rua

21 de January de 2015

Carlos Bazela

A Husqvarna parecia ter perdido o interesse em fabricar modelos de rua depois de ter sido comprada por Stefan Pierer, CEO da KTM, em 2013. Mas, isso mudou. Em novembro passado, a fabricante nórdica apresentou a Vitpilen e a Svartpilen, cujos nomes se traduzem do idioma sueco para “flecha branca” e “flecha preta”, respectivamente. Releitura dos estilos café racer e scrambler, as duas são a aposta da Husq para acertar em cheio os apaixonados por modelos retrô e já têm produção confirmada para 2017. 

Visualmente, os dois modelos seguem o mesmo caminho do minimalismo. De acordo com a Husqvarna, as motos foram “despidas até a essência” para trazer de volta o espírito das décadas de 1960 e 70. Mas, não se engane. Mesmo fazendo alusão ao passado, há traços de modernidade na Vitpilen e na Svartpilen, como o farol arredondado com lente de iluminação retangular.

Duas propostas
As motos da linha 401 se referem a dois movimentos distintos do motociclismo. A “flecha branca”, por exemplo, é uma café racer. Com assento fino característico do estilo e os semi-guidões baixos, a Vitpilen traz ainda o escape esportivo do lado direito. Completam o visual os pneus de asfalto pintados com uma faixa amarela, que acentuam a inspiração nos modelos que competiam pelas ruas da Europa nas décadas de 1950 e 60.

Já a Svartpilen recebeu um pouco mais de atenção por parte da Husqvarna. O estilo scrambler, com o guidão mais alto e o escape na mesma linha da rabeta, traz imediatamente à memória o ator e piloto Steve McQueen, fã das motos da marca sueca. Aliás, a “flecha negra” teria tudo para agradar ao norte-americano se ele ainda estivesse vivo. Segundo a fabricante, a moto não tem a somente a “cara” de off-road. O protetor de motor em conjunto com as rodas raiadas calçadas com pneus de cravo fazem com que o passeio continue mesmo quando o asfalto acaba.

O modelo de cor escura ainda conta com dois pequenos bagageiros. Um em cima do tanque e o outro na rabeta, que protegem contra impactos e ainda podem levar bolsas de tamanho menor. Muito úteis para carregar ferramentas e utensílios pessoais.

Mecânica KTM
A semelhança entre os dois modelos também acontece na parte mecânica. Tanto a Svartpilen como a Vitpilen utilizam o quadro treliçado em aço e o motor monocilíndrico derivado da Duke 390. Por enquanto, a Husq não divulgou as especificações completas das motos. Portanto, ainda não há certeza se o propulsor tem os mesmos 375 cm³ de capacidade da naked austríaca ou se foi “esticado” para 401 cm³ como diz o nome da linha.

No mais, as duas motos utilizam a mesma configuração de freios, que é disco dianteiro com 300 mm de diâmetro mordido por pinça radial de quatro pistões. Na traseira, por sua vez, disco flutuante de 230 mm de diâmetro com pinça de pistão único. Embora tenham estilos diferentes, os dois modelos contam com o assento a 800 mm do chão e pesam cerca de 135 kg a seco.

Os dados mecânicos, aliás, são o que tem menos chance de sofrer alterações quando as motos virarem modelos de produção daqui a dois anos, como frisou o executivo da Husqvarna Reinhold Zeins à revista sueca Bike. “Posso dizer a você que eles virão como modelos [de produção] 2017. Podem não ser exatamente iguais. Afinal um conceito nada mais é do que o sonho do designer, enquanto o modelo final precisa seguir regulamentações, mas terão definitivamente o mesmo estilo”, finalizou Zens. Já estamos contando os dias. 

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