Victory Judge: Power custom inspirada nos muscle cars
Modelo inova por oferecer pilotagem esportiva em motocicleta no melhor estilo norte-americano
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Carlos Bazela
Ela tem estilo custom, motor com dois cilindros em “V”, é fabricada nos EUA e não é uma Harley-Davidson. Apresentada pela Victory no início do ano, a Judge faz referência aos muscle cars adorados pelos norte-americanos e traz uma proposta de pilotagem um pouco mais esportiva do que os outros modelos mais tradicionais do segmento.
Para fugir do lugar comum das outras cruisers – como os americanos chamam às customs – e fazer jus à inspiração, a Victoy investiu nas linhas esportivas. O tanque de gasolina, por exemplo, tem traços arredondados e alguns detalhes, como os piscas e a lanterna – integrada na rabeta – são compostos por ângulos retos e desenhos triangulares para criar a sensação de agressividade.
A referência tipicamente ianque também pode ser vista nas rodas de liga leve. O formato da estrela de cinco pontas com acabamento cromado sobre um fundo preto segue o estilo do clássico Dodge Charger. As opções de cores chamativas e o contraste delas com o preto fosco também é legado de máquinas como Mustang, Camaro e companhia.
Power custom
Se o tema é “músculo americano”, não basta apenas visual, tem que ter motor. Nesse ponto, a Judge também não decepciona. A nova Victory conta com um propulsor Freedom 106 injetado, com dois cilindros em “V” dispostos a 50º de 1731 cm³ e transmissão final por correia dentada (belt drive em fibra de carbono reforçada). Mas, assim como a marca de Milwaukee, a Victory também não declara oficialmente a potência e o torque máximo das suas máquinas.
Os freios são robustos. Ambos a disco flutuante com 300 mm de diâmetro, contam com pinças de quatro pistões na roda dianteira e pistão duplo na traseira. Já a suspensão traseira é monoamortecida com curso de 75 mm e ajuste na pré-carga da mola, enquanto a dianteira conta com garfo telescópico convencional com 130 mm de curso. O sistema ABS, no entanto, não é oferecido nem como opcional.
Em ergonomia, a Judge também se diferencia das outras customs. Com pedais levemente mais altos, a moto não exige pés esticados, o que acaba sendo benvindo para pilotos de estatura menor. O guidão, por sua vez, é mais reto do que o tradicional “chifre de boi” e oferece uma postura de pilotagem ligeiramente mais inclinada, algo que, no caso de uma cruiser, já pode ser considerada como esportiva.
Nascida em 4 de julho
Pertencente à Polaris, a marca Victory nasceu em Spirit Lake, Iowa, na mesma data na qual os Estados Unidos comemoram sua independência. Daí a inspiração para o nome do motor, Freedom. Com line-up composto por 17 modelos, sendo 11 deles diferentes e outras seis edições especiais, a Victory também possui um extenso programa de apoio ao exército norte-americano. Os benefícios incluem desde tour pelas bases militares para test drive até um desconto de US$ 1 mil na compra de qualquer moto zero quilômetro da marca.
Além da Judge, a Victory produz outras duas power customs, a Hammer 8-Ball e a Hammer S. As três motos estão equipadas com o mesmo motor de 1731 cm³. Todavia, quando comparada, a Judge sai na frente das outras versões no peso seco (300 kg), cinco quilos a menos do que as duas versões da Hammer. O preço também favorece a versão mais nova. Enquanto a Judge sai por US$ 13,999, as versões 8-Ball e S da Hammer são vendidas por US$ 14,499 e US$ 18,499, respectivamente.
- Confira os vídeos de apresentação da Victory Judge
Fotos: Divulgação
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