Uma Yamaha boa de briga
Com motorização e design atuais, a XJ6 Diversion surge para concorrer com as rivais de 600cc.
Por Leandro Alvares
Por Leandro Alvares
Bruno Parisi
Apresentada em outubro no Intermot 2008, Salão da Motocicleta de Colônia (Alemanha), a renovada Yamaha XJ6 Diversion preenche uma lacuna para quem quer uma moto equipada com motor de quatro cilindros em linha, mas não tão esportiva como sua “irmã” FZ6.
A marca dos diapasões posiciona o modelo no exterior como uma moto confortável, com preço acessível e de fácil condução.
Longe de ser uma 600cc de quatro cilindros com temperamento “apimentado”, a pacata XJ6 tem como lemas a facilidade de condução e o conforto. O guidão plano e alto em conjunto com o pára-brisa e a baixa altura do banco em relação ao solo (785 mm) garantem uma tocada tranqüila e sem sustos.
Seu visual remete a irmã FZ6S e a Suzuki Bandit 650 S, muito agradável por sinal. A principal diferença visual com a outra 600 da marca dos diapasões é o farol dianteiro, feito em uma única peça. A ponteira de escape sai por baixo da moto, facilitando a instalação de maletas laterais. Além disso, contribui para a centralização de massas e deixa o centro de gravidade da XJ6 mais baixo — outra maneira de se facilitar a pilotagem.
Criada para ser uma moto versátil, ela permite que o piloto a utilize para ir ao trabalho, viajar, andar na cidade e com garupa. A boa posição do piloto e garupa, em conjunto com o tanque de 17,3 litros colaboram para realizar viagens com essa máquina de 211 kg a seco (216 kg na versão com ABS). A XJ6 Diversion, com semi-carenagem, ganhou para 2009 a versão naked.
Motor amansado
Quem olhar primeiro o motor dirá que se trata de uma cópia da FZ6. Sim, o motor é o mesmo, mas com a parte interna totalmente modificada. A cavalaria ficou em 78 cv a 10.000 rpm, o que não deixa de ser uma boa cifra de potência para sua proposta, que é oferecer uma condução fácil e divertida, tanto para pilotos novatos como os mais experientes.
Ao exemplo da FZ6, a alimentação é feita por injeção eletrônica e a refrigeração é líquida. Além da cavalaria reduzida, a curva de torque foi alterada, oferecendo mais força em baixos e médios giros, chegando aos 6,1 kgf.m a 8.500 rpm.
Dois discos de 298 mm na roda dianteira e um na traseira têm a missão de parar a moto, com a opção de freios antitravamento (ABS).
Mercado
No mercado europeu, a moto estará disponível nas lojas a partir de janeiro de 2009. Mesmo reformulada, vai enfrentar rivais de peso, como a Honda CBF 600, Kawasaki ER-6 nas versões N e F e as Suzuki Bandit 650 S e GSX 650F. No exterior custará cerca de 6.900 dólares. Não há planos de comercialização do novo modelo no país.
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