Triumph atualiza linha Tiger 800 com XRx e XCx

Ambas as versões já estão no Brasil e serão comercializadas a partir de abril por R$ 42.190 (XRx) e R$ 45.390 (XCx)

Por André Jordão

André Jordão

Seguindo o natural caminho de lançar modelos no Salão de Milão (EICMA) e no ano seguinte apresentá-los ao mundo, a Triumph Brasil, cada vez mais alinhada com lançamentos globais, apresentou as novas versões da Tiger 800: XRx e XCx. A grande diferença entre elas é a vocação para o fora de estrada, sendo a XRx mais on-road e a XCx melhor preparada para encarar a terra. Ambos os modelos estarão disponíveis a partir de abril nas concessionárias da marca nas cores branco, preto e azul e tem preço sugerido de R$ 42.190 (XRx) e R$ 45.390 (XCx).

Atualização

O grande diferencial dos novos modelos é sem dúvida a tecnologia embarcada. Com o slogan “Tecnologia focada no piloto”, a Triumph equipou as novas 800 cc com controle de tração (TTC), piloto automático, ABS, acelerador eletrônico (ride by wire) e diferentes mapas de aceleração. O piloto consegue, por meio de um botão no painel, decidir pelo modo “Road” ou “Off-road”, ou ainda personalizar a seu gosto no modo “Rider” – havendo a opção de desligar tudo.

Resumidamente, o “Road” entrega a potência máxima, mas auxilia o piloto com controle de tração e ABS atuantes. No modo “Off-road” a entrega de potência é a mesma, no entanto a roda traseira fica “livre” da eletrônica, permitindo ao piloto derrapagens controladas. O interessante é que o TTC não fica desligado, ele apenas permite algumas saídas de traseira, mas intervém assim que a moto ameaça passar do limite. Há ainda o modo “Rider”, onde o piloto opta por um dos quatro mapas de aceleração – Rain, Sport, Road e Off-road – e decidi se quer ligar ou desligar o TTC e o ABS. Diferentemente de outras marcas, o mapeamento de motor da Triumph não reduz a entrega de potência, apenas interfere na abertura do acelerador.

Já a segunda geração do motor 800 cc de três cilindros ainda entrega 95 cavalos de potência a 9.250 rpm e 8 kgf.m de torque a 7.850 rpm, mas foi devidamente otimizado para reduzir o consumo de combustível em 17%, segundo a marca. Combinado com seu tanque de 19 litros, a autonomia teórica é estimada em 438 km, cerca de 80 a mais que na geração anterior. O peso em ordem de marcha é de 213 kg na XRx e 221 kg na XCx. Computador de bordo e uma tomada de 12V completam os equipamentos de série.

Na prática

O lançamento dos novos modelos Tiger de 800 cc aconteceu na Fazenda Dona Carolina, no interior de São Paulo. Trinta motos, entre as duas versões, foram disponibilizados à imprensa, que rodou por três horas em circuitos mistos ao redor de Itatiba (SP). Uma das diferenças entre os modelos é a roda dianteira: a versão XCx traz aro raiado de 21 polegadas, enquanto a XRx tem 19’ e desenho mais urbano. Outro discrepância é o conjunto de suspensão, da marca Showa na XRx e da grife WP da XCx. Além disso, algumas medidas são diferentes, como altura, altura do assento, altura do guidão e peso (ver ficha técnica nas fotos).

Rodei primeiro com a XCx, cerca de 100 km entre estrada pavimentada e fora de estrada. Já havia pilotado o modelo antigo e não era segredo a versatilidade dos modelos Tiger. Todavia, com o modo “Off-road” ativado e muita terra pela frente a moto surpreendeu positivamente. O TTC atua de forma muito discreta, mas dá um suporte fundamental para o piloto se divertir com segurança. Mesmo os menos experientes poderão sair da estrada sem medo! As rodas raiadas de 21 polegadas, o guidão mais alto e as suspensões WP fazem da XCx uma motocicleta preparada para a terra.

Já a XRx se saiu melhor na circuito pavimentado. Optei pelo modo “Rider” e rodei tanto no “Sport” como no “Rain”, com o TTC e o ABS ligados. A diferença, como já disse, fica na sensibilidade do acelerador, mais arisco no Sport. Parece óbvio, já que ambos os modelos foram projetados para cada terreno, mas vale a ressalva: se a intenção é pegar uma “terrinha” de vez em quando, não invista na XCx. Agora, se você é daqueles que gosta de se sujar de barro, os R$ 3.200 de diferença valem o investimento.

A expectativa de vendas é comercializar 1.500 unidades da nova Tiger 800 no Brasil em 2015, claro, entre as duas versões. O interessante é que a marca inglesa projeta emplacar 5.000 motos este ano, o que faz da Tiger 800 o carro chefe da Triumph, com cerca de 30% das vendas. 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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