Tecnologia nas motos: o que já é realidade e o que esperar até 2030
Nos últimos anos, o avanço da tecnologia transformou não só o jeito de pilotar, mas também a segurança, o conforto e até a conectividade sobre duas rodas.
Por Ana Farias
Por Ana Farias
As motos estão passando por uma revolução silenciosa.
Nos últimos anos, o avanço da tecnologia transformou não só o jeito de pilotar, mas também a segurança, o conforto e até a conectividade sobre duas rodas.
Se antes o foco era potência, agora o motociclista moderno busca algo a mais: motos inteligentes, seguras e econômicas, que acompanhem o ritmo do mundo conectado.
Neste artigo, nós mostramos o que já é realidade nas motos vendidas no Brasil e o que vem por aí até 2030 — tendências, inovações e tecnologias que prometem mudar o mercado para sempre.
A tecnologia das motos evoluiu muito nos últimos cinco anos — e, hoje, recursos que eram exclusivos de modelos premium já estão chegando às motos de entrada.
Veja algumas inovações que já estão na garagem dos brasileiros:
Obrigatório em motos acima de 300 cc desde 2019, o ABS evita o travamento das rodas durante frenagens bruscas.
Alguns modelos mais recentes, como a Honda Bros 160 e a Yamaha Fazer 250, trazem ABS de canal único, atuando na roda dianteira — o suficiente para garantir estabilidade e segurança no dia a dia.
📌 Leia também: Acessórios essenciais para segurança: do capacete ao conjunto de roupas.
Os painéis digitais se tornaram padrão.
Além de mostradores mais claros, muitos modelos agora incluem indicador de marcha, consumo médio e alerta de manutenção.
As versões mais modernas, como a Yamaha FZ25 e a Honda CB 300F Twister, oferecem conexão via Bluetooth, permitindo visualizar notificações do celular, chamadas e até comandos de música diretamente no painel.
Outro recurso que deixou de ser luxo é a iluminação LED completa.
Além de oferecer mais visibilidade, o LED consome menos energia e tem durabilidade muito maior — o que reduz a necessidade de trocas.
Hoje, motos como a Honda PCX 160 e a Pulsar N150 já vêm com faróis e lanternas 100% em LED.
A tomada USB virou um item indispensável para quem roda muito.
Ideal para recarregar o celular ou GPS durante o trabalho, o USB nativo, como na Pulsar N150, mostra que praticidade e tecnologia estão andando juntas.
A transição para a mobilidade elétrica é uma das maiores tendências até 2030.
Com novas marcas chegando e montadoras tradicionais se adaptando, o mercado está se preparando para uma virada de chave importante.
Nos últimos anos, modelos como Voltz EV1, Super Soco e Shineray SHE começaram a popularizar as scooters elétricas no Brasil.
Elas já oferecem:
Além disso, o avanço das baterias de lítio está tornando os modelos mais leves, potentes e com recarga cada vez mais rápida.
As chamadas smart bikes (ou motos conectadas) são o próximo passo.
Algumas já possuem módulos de GPS e conexão 4G que permitem:
Até 2030, espera-se que todas as grandes montadoras ofereçam algum nível de conectividade direta entre piloto, moto e fabricante.
Sistemas de assistência já são realidade em modelos topo de linha.
A BMW, por exemplo, usa sensores de inclinação e tração que ajustam automaticamente o torque e a frenagem em curvas.
A tendência é que, até 2030, as motos médias também recebam recursos de IA, como:
Essas tecnologias tornam a pilotagem mais segura e personalizada, sem interferir na sensação de controle que o motociclista tanto valoriza.
Se há uma prioridade clara entre fabricantes, ela é a segurança.
A expectativa é que, até 2030, recursos hoje restritos aos carros sejam adaptados para motos.
Entre as principais inovações em desenvolvimento:
Permite detectar veículos no ponto cego e emitir alertas visuais no painel.
Analisa o padrão de pilotagem e sugere pausas quando detecta sinais de cansaço.
Em situações de emergência, o sistema aplica parte da força de frenagem automaticamente para evitar colisões.
Esses recursos devem começar a aparecer em motos premium até 2027 e chegar gradualmente às médias até 2030.
A preocupação ambiental também está moldando o futuro das motos.
Além da eletrificação, as montadoras estão investindo em biocombustíveis, motores híbridos e materiais recicláveis.
A Honda, por exemplo, já testa protótipos com etanol 100%, enquanto marcas como Yamaha e Kawasaki trabalham em motores híbridos leves — elétrico e combustão combinados.
Até 2030, espera-se que o mercado brasileiro conte com motos flex e elétricas convivendo lado a lado, ampliando as opções para o consumidor.
A personalização digital será um dos pilares do mercado nos próximos anos.
Motos conectadas permitirão configurar o comportamento do motor, painel e luzes via aplicativo, de acordo com o estilo do piloto.
Além disso, concessionárias estão investindo em realidade aumentada para simular acessórios, cores e até testes virtuais de pilotagem.
👉 Imagine configurar sua moto e testá-la em um ambiente virtual antes de comprá-la — esse futuro está cada vez mais próximo.
O mercado brasileiro tem um papel importante nessa transição.
Por ser um dos maiores consumidores de motos do mundo, o país está no radar das grandes montadoras para testar novas tecnologias de acessibilidade e conectividade.
Exemplos recentes mostram esse movimento:
A tendência é que, até 2030, o motociclista brasileiro tenha acesso a motos mais inteligentes, seguras e conectadas, sem que isso signifique pagar mais caro.
📌 Leia também: Tendências do mercado de motocicletas para o segundo semestre de 2025.
A tecnologia sobre duas rodas já deixou de ser luxo — é parte do dia a dia.
Desde a tomada USB até sistemas de radar e inteligência artificial, tudo aponta para um futuro em que a moto será uma parceira digital de verdade, capaz de proteger, informar e facilitar a vida do motociclista.
O futuro das motos será mais limpo, conectado e seguro.
E o melhor: essa revolução já começou — e você está pilotando bem no meio dela.
Receba notícias de moto.com.br
Envie está denúncia somente em caso de irregularidades no comentário