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Super esportivas: tecnologia a serviço da velocidade

03 de March de 2017

As superesportivas exercem um fascínio inegável sobre os motociclistas e até mesmo sobre quem nem pilota uma moto. Seus motores potentes, o visual de moto “de corrida” e o ronco do escapamento em alto giro fazem o coração de muitos bater mais rápido. Bem mais rápido! Afinal, hoje as esportivas têm cerca de 200cv - praticamente 30% a mais de potência do que tinham há uma década. 

Para ajudar a domar toda essa cavalaria, as fábricas investem cada vez mais em tecnologia . As esportivas não são apenas as motos mais velozes, são também as mais avançadas quando se fala em tecnologia e eletrônica embarcada. 

De um simples botão que restringia a potência da Suzuki GSX-R 1000 no início dos anos 2000, os controles eletrônicos evoluíram para sensores de inércia em seis eixos, sistema anti-wheeling, controle de tração, de derrapagem, suspensões semi-ativas...Uma infinidade de sistemas que, além de torná-las mais seguras, ajudam os motociclistas “mortais” a domar essas máquinas. 

Pensando nisso, resolvemos fazer uma lista com as superesportivas top de linha à venda no Brasil . E também com algumas novidades que devem chegar ao nosso mercado ainda neste ano. Confira!

Ducati 1299 Panigale S
Além de figurar entre as mais belas superesportivas atuais, a Ducati 1299 Panigale S tem uma ficha técnica de dar inveja às concorrentes. Potência de sobra, peso de menos e o desempenho de uma moto de corrida, mas que pode rodar nas ruas. Confira os destaques dessa italiana sangue quente.

Motor – Batizado de Superquadro, o propulsor da Panigale 1299 tem dois cilindros em “L” (um V2 a 90°) com 1.285 cm³ de capacidade. Capaz de produzir 207 cv de potência máxima a 10.500 rpm é a mais potente dessa lista. Mas a arquitetura “L2” e o comando desmodrômico conferem a esse motor um comportamento diferente dos quatro cilindros em linha que equipam a maioria das motos japonesas.

Ciclística – Outro ponto forte da fábrica italiana é sua ciclística precisa e o baixo peso – 190,5 kg em ordem de marcha –, o menor da lista. Fruto do quadro monocoque em alumínio e do belo monobraço traseiro. Freios dignos de motos de pista também fazem parte do pacote.

Eletrônica – A Ducati não economizou em tecnologia na versão “S”: além de modos de pilotagem, sensor de medição inercial (o tal IMU) em seis eixos, controle de tração, anti-wheeling, sistema que evita que a roda traseira levante em frenagens mais fortes e ABS otimizado para curvas, o modelo conta com suspensão semi-ativa Öhlins Smart EC, que ajusta o conjunto eletronicamente de acordo com o piso. E não podia faltar o quick shift, que permite subir ou reduzir marchas no câmbio de seis velocidades sem o uso da embreagem. 

Preço - R$ 92.500



BMW S 1000RR
Em sua terceira geração, lançada em 2015, a superesportiva alemã seguiu uma receita infalível para ser mais rápida: ficou mais leve e potente. Embora tenha um desenho controverso, ou seja, que agrada uns mais causa repulsa em outros, a S 1000 RR é uma das mais dóceis e controláveis do segmento no melhor estilo germânico. Conheça em detalhes esse foguete bávaro. 

Motor – O motor tetracilíndrico de 999 cm³ passou por diversas mudanças internas, que o deixaram mais potente – 199 cv a 13.500 rpm – e com uma curva de torque mais plana, facilitando assim a pilotagem “civilizada”. Aliás, esse é um dos diferenciais da S 1000RR: além de ser rápida na pista é também amigável para rodar em ruas e estradas.

Ciclística – O tal regime fez que a mais recente geração do modelo perdesse 4 kg: agora ela pesa 204 kg em ordem de marcha. A estrutura do quadro de dupla trave em alumínio foi redesenhada para oferecer equilíbrio entre rigidez e flexibilidade. 

Eletrônica – Com uma das interfaces mais amigáveis entre as esportivas, a S 1000 RR também oferece uma infinidade de controles eletrônicos. Destaque para o moderno sistema Dynamic Damping Control (DDC), praticamente uma suspensão ativa, que se adapta ao piso. Mas você pode confiar nos cinco modos de pilotagem: cada um altera desde a resposta do acelerador, potência do motor, a atuação do ABS, controle de tração e até os parâmetros da suspensão. 

Preço – R$ 75.900


Yamaha YZF-R1M
Versão topo de linha da famosa superesportiva da Yamaha, renovada em 2015, a R1M traz peças em fibra de carbono na carenagem e um visual muito semelhante à M1 de Valentino Rossi na MotoGP. Importada, é vendida sob encomenda e traz como principal diferencial um sistema de telemetria por GPS integrado à moto. Conheça.
 
Motor – O motor de quatro cilindros e 998 cm³, mais compacto, foi completamente reformulado: do curso e diâmetro dos pistões, bielas fraturadas e até o cabeçote. Mas ainda utiliza o virabrequim crossplane e seu intervalo de ignição desigual (270°-180°-90°-180°), que proporciona um controle maior sobre o torque transmitido à roda traseira. A alimentação foi aprimorada para produzir 200 cavalos de potência máxima a 13.500 rpm.

Ciclística – Bastante leve também, com 199 kg em ordem de marcha, e uma curta distância entre-eixos (1.405 mm), a R1M parece ser uma 600cc, apesar de seu motor de 1.000 cc. Estreita e com uma posição bem Racing, a R1M tem freios sensacionais e unificados.

Eletrônica – Foi a primeira moto de rua a sair de fábrica com a tal Unidade de Medição Inercial (Inertial Measurement Unit, ou “IMU”) de seis eixos. Com isso, controle de tração, modos de pilotagem e os freios ABS atuam de forma mais precisa. Na R1M, soma-se a toda essa tecnologia o conjunto Öhlins Electronic Racing Suspension (ERS), e também a central de comunicação e a antena GPS para permitir a telemetria e até mesmo ajustes por meio de aplicativos móveis.

Preço – R$ 169.990 (venda somente sob encomenda)

Kawasaki Ninja ZX-10R 
Renovada em 2016, a Kawasaki Ninja é praticamente sinônimo de moto esportiva. E a versão de 1.000cc, a ZX-10R, é a atual bicampeã mundial de Superbike (2015/16). A marca japonesa trouxe para as ruas as mudanças que fizeram da Ninja ZX-10R a moto mais rápida no grid da Superbike. Conheça as novidades. 

Motor – O motor de quatro cilindros, 998 cm³, sofreu diversas alterações, entre elas novos comandos de válvulas, e um virabrequim mais leve, que reduz em cerca de 20% a força inercial, melhorando assim a aceleração do motor e também a agilidade da nova ZX-10R. A potência de 200 cv a 13.000 rpm não foi alterada, mas na prática o propulsor cresce de giros mais rapidamente até a sua potência máxima. 

Ciclística – Apesar de ser a mais pesada da lista com 206 kg em ordem de marcha, a maneabilidade da Ninja ZX-10R se beneficia da menor inércia do motor, mas o quadro em alumínio foi redesenhado e a balança traseira, alongada. Com isso, as mudanças de direção são mais rápidas e as entradas de curvas mais precisas. Os discos maiores de 330 mm e as pinças de freio Brembo M50 melhoraram o poder de frenagem. 

Eletrônica – O controle de tração, desenvolvido pela Kawasaki, agora incorpora a unidade inercial da Bosch (IMU), assim como sua moderna rival, a Yamaha R1 e oferece cinco níveis de ajuste. Há ainda três modos de entrega de potência, freios ABS, ajuste do freio motor, controle de largada e quick shift, mas apenas para subir as marchas.
Preço – R$ 72.990

Honda e Suzuki entram no páreo
As outras grandes fábricas japonesas ainda não aparecem nesta lista, mas certamente estarão em uma futura. Honda e Suzuki apresentaram no final de 2016 as novas versões de suas esportivas de 1.000cc. A Honda finalmente adotou controles eletrônicos em sua nova CBR 1000RR e também atualizou o desenho e aprimorou o motor, que terá 191 cv e apenas 195 kg em ordem de marcha. A Suzuki também apostou na eletrônica, mas a novidade mais aguardada da GSX-R 1000 2017 é seu novo motor com comando de válvulas variável, como as motos da marca na MotoGP. A Honda prometeu a nova CBR 1000RR para o Salão Duas Rodas, que acontece em novembro deste ano na cidade de São Paulo. Já a Suzuki ainda não tem definição do lançamento da nova GSX-R 1000 no mercado brasileiro.


TEXTO: Arthur Caldeira/ Agência INFOMOTO 
FOTOS: Agência INFOMOTO e Divulgação

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