Sintetizando os lançamentos da Honda
Já foram apresentados para você, agora explicamos melhor as novidades do mercado.
Por André Jordão
Por André Jordão
Aldo Tizzani
A Honda CG 150 Titan Mix, primeira motocicleta flex do mundo, foi lançada em março e teve repercussão internacional. A moto que pode rodar só com álcool, só com gasolina ou com os dois combustíveis em qualquer proporção no tanque de combustível, era a grande aposta da marca nipônica para uma nova geração de produtos. No começo havia certa desconfiança se a nova tecnologia iria emplacar.
Quem deu a resposta positiva sobre a aceitação da nova tecnologia foi o consumidor. Aos poucos o modelo flex da Honda foi ganhando espaço no gosto popular e também na linha de montagem em Manaus (AM). Em março, quando a CG 150 Titan Mix foi lançada, a Honda fabricava 50% de unidades flex e os outros 50% de CGs movidas à gasolina. Em maio já eram produzidas 60% de Titan Mix. Em julho, o índice pulou para 65%. Até agosto já foram vendidas 65.616 unidades da CG 150 Titan Mix. Hoje (17/09), a montadora anunciou que só fabricará a versão flex de seu maior sucesso de vendas.
Além da nova CG 150 Mix, a marca apresentou outras novidades. As recém-lançadas CB 300R e a XRE 300 ganharam sistema de freios Combined ABS, que garante mais segurança aos motociclistas. A Honda não parou por ai – a NXR 150 Bros é a primeira on/off-road do planeta a ser equipada com a tecnologia flex. Para finalizar, a Honda exibiu um upgrade natural de sua versão de trabalho. A CG 150 Fan ESi ganhou um motor injetado, tanque de 16,1 litros, novos paralamas, rabeta. A Honda cometeu um grande pecado nesta moto: a luz de diagnóstico da injeção eletrônica não está inserida no painel, mas sim fixada do lado esquerdo como, por exemplo, na Yamaha XTZ 125. O modelo tem preço sugerido de R$ 6.190.
Mix de luxo
A CG 150 Titan Mix 2010 traz algumas diferenças se compararmos com sua antecessora. Na parte dianteira o conjunto óptico é bicolor como na CB 300R, a rabeta é pintada na cor da moto. Agora a 150 Mix está disponível nas versões laranja metálica, prata, vermelho e preto. A versão ESD (com partida elétrica e freio a disco) foi substituída pela Mix EX. O modelo topo da linha popular traz rodas de liga leve, tampas laterais pintadas em preto fosco, suporte do pedal do garupa em alumínio e painel com hodômetro parcial e total. Os preços dos modelos 2010 variam entre R$ 6.326 (KS), R$ 6.780 (ES) e R$ 7.265 (EX).
300 agora com ABS
A Honda não é a primeira marca a instalar o sistema de freios ABS em um motocicleta. Porém a primeira a equipar modelos de média cilindrada com o dispositivo. Na realidade, a linha 2010 da CB 300R e da XRE 300 usam o Combined ABS. Traduzindo, a engenharia da Honda uniu Combined Brake System (CBS), no qual o freio traseiro aciona o dianteiro, com o ABS (Anti-lock Brake System), que em uso extremo não deixa a roda travar. Com o C-ABS as duas 300 cc da Honda oferecem respostas mais eficientes, de forma mais rápida e em menor espaço de tempo. Além disso, o sistema da marca evita derrapagens e maior controle direcional. Detalhe: a XRE 300 é o primeiro modelo trail desenvolvido para usar o C-ABS também na terra.
Para receber o C-ABS, a CB 300R teve que receber pinça de freio dianteiro com cáliper de três pistões, disco traseiro, módulo de controle do ABS e luz de diagnóstico no painel. Já na on/off-road da marca. Os preços sugeridos pela Honda para as versões com C-ABS giram em torno de R$ 13.990 (CB 300R) e R$ 15.390 (XRE). Em comparação aos preços das versões standard, que continuam sendo fabricadas em série, o aumento é bastante considerável, cerca de R$ 2.500. Percentualmente falando, incremento no preço final da moto de 21,76% na naked e 19,39% na trail. Só para comparar, a diferença de preços entre a CB 600F Hornet Standard para a versão equipada com o C-ABS é de R$ 2.300, o que representa uma diferença de apenas 7,19%. Com certeza a parte eletrônica encareceu a linha 300. Porém, uma pergunta fica no ar: Quanto vale sua segurança, sua vida?
Trail verde
A nova NXR 150 Bros Mix é a primeira on/off-road do mundo equipada com a tecnologia flex. Versátil e prática para as tarefas do dia-a-dia, o modelo oferecerá agora na versão Mix economia de combustível e de dinheiro. Além do motor de 150 cc injetado apresentado também em março, a Bros Mix conta com sensor de oxigênio com aquecedor para medir a queima dos gases de forma mais eficiente, central eletrônica, com quatro programas, e bico injetor com oito furos. Além disso, algumas peças da “trail verde” receberam tratamento anticorrosivo, filtro secundário de combustível e tela antichama no tanque de combustível.
A moto também adotou novo motor de partida, painel com fundo verde e as já tradicionais luzes do sistema “MIX” e “ALC”. O preço ainda não foi definido, mas a Bros Mix será comercializada a partir de novembro em três versões (KS, ES e ESD) e em três cores: laranja, vermelho e preto. A Bros KS terá ainda uma versão à gasolina. Segundo Alfredo Guedes Jr, engenheiro da Honda, as inovações tecnológicas introduzidas nas linhas de baixa e média cilindradas visam oferecer mais segurança ao motociclista. “Além disso, os modelos flex introduziram no segmento de duas rodas o conceito do livre arbítrio. Ou seja, o piloto terá a liberdade de escolher entre gasolina e o etanol”, explica o engenheiro.
Sistema flex, como funciona?
A Honda resolveu utilizar o termo Mix por que a moto pode rodar com qualquer mistura, proporção, de gasolina ou etanol no tanque de combustível. Porém, em situações de temperatura ambiente abaixo dos 15˚C, a marca recomenda que o próprio tanque tenha um mínimo de 20% de gasolina para garanta a partida a frio, como no sistema flex dos carros.
A pergunta é como traduzir o que as luzes do painel indicam? Gerenciado por um ECM (Engine Control Module), que está ligado a sete sensores que monitoram o desempenho do motor e transmitem informações sobre a mistura que está sendo utilizada. De acordo com os dados fornecidos por estes sensores, a central eletrônica escolhe um dos quatro programas de funcionamento: tanque abastecido com gasolina, tanque contendo gasolina e álcool na mesma proporção, tanque contendo maior quantidade de álcool e tanque abastecido apenas com álcool.
Na prática, as lâmpadas indicativas no painel funcional da seguinte forma. Todas apagadas, a moto está rodando com gasolina. “MIX” acesa, a moto está rodando com uma proporção maior de álcool. Já quando a luz “ALC” está acessa, a moto está rodando 100% com álcool. Até ao sem problemas, até porque o Brasil é um país tropical, de clima quente. Quando a luz “ALC” piscar o recomendável é completar o tanque com 20% de gasolina. Isso pode ocorrer em regiões que apresentam invernos rigorosos e baixas temperaturas.
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