Segundo ANEF, financiamentos têm queda de 9,9% em 2016

Total de recursos liberados foi de 80,2 bilhões de reais

Por Alexandre Ciszewski

Durante coletiva de imprensa realizada na cidade de São Paulo, a ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) divulgou que a modalidade de financiamento de veículos novos registrou o seu mais fraco desempenho em 2016. O total de recursos liberados foi R$ 80,2 bilhões, o que representa uma queda de 9,9% em doze meses.

Ainda segundo o levantamento da ANEF, até então, o menor volume era de R$ 88,9 bilhões, alcançado em 2015. “O fraco desempenho da economia impactou fortemente na concessão de crédito ao consumidor. Ao mesmo tempo em que os bancos, em razão do aumento dos riscos, foram mais rigorosos, muitos consumidores optaram por adiar suas compras com medo de não quitar sua dívida. O ano de 2016 foi de muita cautela, tanto por parte das pessoas, como por parte das instituições financeiras”, avalia o presidente da entidade, Gilson Carvalho.

executivo avalia que 2017 deverá ser um pouco melhor, com o saldo de financiamentos para a compra de veículos e motocicletas registrando um leve aumento de 2,5%, chegando à marca de R$ 166,7 bilhões. Já o total de recursos liberados poderá crescer um pouco mais e somar R$ 86,7 bilhões, o que representa uma alta de 5,5%. “No primeiro semestre, o mercado deverá manter o ritmo, pois o nível de confiança da população ainda continua baixo e ninguém quer comprometer sua renda ou ficar inadimplente. Depois, nossa expectativa é de crescimento no volume de negócios, mas ainda muito inferior aos anos anteriores”, avalia Carvalho.

A maioria dos compradores de motocicletas optou pelo consórcio, conforme indica balanço da ANEF. Durante o ano de 2016, essa modalidade de crédito foi responsável por 36% dos contratos. Na sequência, estão os financiamentos com 34% das operações e as compras à vista, com 30%. “O consórcio evoluiu substancialmente no ano passado e passou a ser a primeira opção do consumidor, quando ele não tem recursos suficientes para fechar o negócio à vista. Podemos dizer que essa modalidade de crédito permanece sólida e é representativa no escoamento das motocicletas fabricadas no Brasil”, avalia o vice-presidente setorial de motocicletas da ANEF, Ricardo Tomoyose (foto).

Em 2016, a taxa de inadimplência nas operações de financiamento registrou aumento de 0,4 ponto percentual tanto para pessoas físicas como para jurídicas. Para o primeiro grupo, a taxa foi de 4,6%, enquanto para o outro, foi de 5.0%. Na carteira de leasing, o índice de não pagadores foi um pouco menor: 3,8% para as pessoas físicas e de 3,6% para as empresas. “Os índices de inadimplência ficaram abaixo da expectativa, o que é muito bom, mas estão crescendo. Em 2014, a taxa para as pessoas físicas era 3,9% e em 2015, foi de 4,2%”, explica o presidente da ANEF.

Fotos: Doni Castilho/Agência Infomoto/Divulgação/Alexandre Ciszewski/MOTO.com.br


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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