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Salão de Milão: Motos aventureiras roubam a cena na Itália

10 de November de 2017

Em meio à superesportiva com 215 cavalos , motos com supercharger e modelos clássicos foram mesmo as aventureiras que chamaram a atenção do público nesta 75ª edição do Salão de Motos de Milão . No mais importante evento do setor de duas rodas do mundo, que acontece até domingo (12 de novembro) na cidade italiana, os grandes fabricantes apostaram suas fichas em modernas e tecnológicas motocicletas feitas para cruzar o mundo. 

Há 30 anos uma moto aventureira tinha de ser robusta, com mecânica simples e confiável o bastante para atravessar o deserto sem quebrar. Hoje, estas não são mais qualidades suficientes. Prova disso é a edição especial Adventure Sports da Honda Africa Twin, lançada no Salão italiano para celebrar o modelo de 1988 que tinha o mesmo nome. 



Ainda estão lá o tanque de grande capacidade 24,2 litros (5,4 l a mais do que a versão standard) e as suspensões de longo curso (252 mm na dianteira e 240 mm na traseira), mas a Africa Twin Adventure Sports 2018 tem acelerador eletrônico ride-by-wire e quatro modos de pilotagem, além de um controle de tração com sete níveis de atuação. “Para 2018, acrescentamos à essa nova versão tudo que faz falta para o motociclista aproveitar todo o potencial da moto quando partir para uma longa aventura”, explica o líder de projeto da Africa Twin, Kenji Morita.

O segmento está tão em alta que a gigante japonesa tem até um scooter aventureiro , o X-ADV, que recebeu novidades para rodar no fora-de-estrada no modelo 2018, como controle de tração e um modo de pilotagem mais esportivo no câmbio automático. 

Chamada de moto “SUV”, por combinar as funcionalidades de um scooter com a versatilidade de uma moto aventureira , o X-ADV é um sucesso: em apenas oito meses já vendeu cerca de 10.000 unidades. E o X-ADV vai vir ao Brasil no Salão Duas Rodas 2017, que acontece em São Paulo na próxima semana.



BMW lança novas F 850 e F 750 GS
Lançadas há 10 anos, os modelos GS de média capacidade da BMW foram completamente renovados para 2018. “Não há uma única peça dos modelos anteriores nas novas F 750 GS e F 850 GS”, revela Dorit Mangold, gerente de produtos da BMW Motorrad.

A começar pelo motor bicilíndrico agora com 853 cm³ de capacidade, utilizado nas duas versões, como na geração atual (F 700 GS e F 800 GS). Projetado para ter melhor desempenho e menos vibração, o propulsor oferece 78 cv na 750 GS, mais voltada para o uso urbano e viagens por asfalto, e 96 cv na F 850 GS, versão feita para longas viagens e incursões off-road. Ambos oferecem modos de pilotagem – Estrada e Chuva –, além do controle de tração e freios ABS, itens quase obrigatórios nesse segmento.

A versão mais top de linha da F 850 GS ainda tem como opcionais um modo de pilotagem Enduro Pro , com parâmetros de aceleração e controle do motor pensados especificamente para o fora-de-estrada. Suspensões semi-ativas com ajuste eletrônico e painel totalmente digital de TFT, como a tela dos smartphones, também podem equipar o modelo.



Triumph também muda 
A inglesa Triumph não deixou por menos. Como havia adiantado mostrou versões renovadas de suas bigtrails de 800 e 1.200 cc . Ambas tiveram uma enorme lista de mudanças, que vão do motor, novos controles eletrônicos, design renovado e outras atualizações de recursos de luxo e desempenho. 

Segundo Paul Stroud , diretor comercial da marca, são mais de 200 atualizações na Tiger 800, que ganhou para-brisa ajustável para proteger o piloto na estrada, freios aprimorados e uma nova posição de pilotagem.

Já o modelo de 1.200 cc, que agora se chama simplesmente Tiger 1200 , perdeu 10 kg para melhorar sua capacidade off-road, mas não esqueceu os luxos. Tem até farol adaptativo, que se inclina conforme o motociclista contorna curvas. 

Uma das vantagens da marca inglesa sobre a concorrência é a grande variedade de versões para cada um dos modelos . A Tiger 800 XR, por exemplo, usa roda de liga-leve aro 19 na dianteira para quem só vai rodar no asfalto; já a versão XC tem roda raiada aro 21 para ir melhor na terra. 


Vem mais por aí
A Yamaha, famosa pela linha Ténéré , decepcionou em Milão: os fãs esperavam a nova versão de 700 cc com motor bicilíndrico da MT-07 , mas tiveram de se contentar com um protótipo. Segundo a marca, a “ Ténéré 700 World Raid ” foi inspirada nas motos de rally e vai oferecer uma experiência off-road como nenhuma outra moto do segmento. 

Por outro lado, a fábrica japonesa renovou sua aventureira esportiva Tracer 900 , que usa o motor da MT-09 e foi feita para quem quer viajar longe, mas pelo asfalto. Há uma versão “ GT ” com diversos acessórios para aumentar a capacidade touring do modelo.



A austríaca KTM, com longa tradição no off-road, também preferiu “provocar” os fãs . Apresentou a 790 Adventure Concept, confirmando o que o CEO Stefan Pierer já havia prometido: que o novo bicilíndrico de 103 cv que estreou na naked Duke neste ano seria também usado em uma bigtrail. Pela movimentação no estande da fábrica, o conceito aventureiro chamou mais atenção do que a naked de série. Mas, infelizmente, será preciso esperar até 2018, quando mais motos aventureiras devem chegar ao mercado.

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Fotos: Divulgação

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