Acontece
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Em 2024, o número de motocicletas nas ruas cresceu absurdamente, e conforme dados da FENABRAVE foram emplacadas 933.158 unidades no primeiro semestre. E de acordo com um levantamento inédito do Grupo Tracker, especialista em rastreamento veicular, os roubos e furtos de motos cresceram 56% nos primeiros seis meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2023.
A pesquisa revela um perfil claro dos crimes: finais de semana e horários noturnos são os mais críticos. 55% dos delitos ocorrem entre sexta e domingo, com pico entre 18h e 22h. "As motos de alta cilindrada são as preferidas dos criminosos, principalmente nos fins de semana, quando os proprietários costumam usá-las para lazer", afirma Vitor Corrêa, coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker.
A ostentação é o principal motivo. "Os criminosos usam as motos roubadas para exibir nas redes sociais, realizar manobras perigosas e até mesmo cometer outros crimes", explica Corrêa.
As motos grandes também são utilizadas para cometer outros tipos de delitos, como roubos de pertences e até mesmo de outros veículos, já que são motocicletas muito potentes, o que facilita a fuga. Neste caso, as preferidas são as modelos Big Trail, por terem guidão e suspensão alta, que conseguem andar em todo tipo de terreno.
Além disso, o mercado de peças ilegais é extremamente lucrativo, com peças de alta performance sendo vendidas por valores exorbitantes.
Motos de baixa cilindrada também estão na mira dos criminosos. O aumento das vendas de motos para delivery e a facilidade de encontrar peças em desmanches contribuem para esse cenário.
O aumento dos roubos de motos é um problema que exige atenção tanto das autoridades quanto dos motociclistas. Ao seguir as dicas e adotar medidas de segurança, é possível reduzir significativamente o risco de se tornar uma vítima.