Revolução feminina sobre duas rodas

Aumenta o número de mulheres habilitadas para pilotar motocicletas em todo o território nacional.

Por Adilson

Aldo Tizzani

A última pesquisa feita pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) revela que já são mais de 2.137.000 mulheres habilitadas para pilotar motocicletas em todo o País.

Com o mercado de duas rodas em franca expansão, o reflexo pôde ser visito na participação feminina durante o XI National HOG Rally, encontro de proprietários de Harley-Davidson que foi realizado na histórica cidade de Tiradentes (MG).

Em universo tipicamente masculino, o sexo frágil não é tão fácil assim. Para Luciana Izzo, diretora de marketing do Grupo Izzo, representante exclusivo da Harley-Davidson no Brasil, a participação feminina nos eventos do HOG cresce gradativamente.

“Tivemos um incremento de 8% no número de mulheres inscritas em 2008, se compararmos com a última edição do HOG rally realizado em Búzios (RJ) ano passado”, contou a executiva.

Não faltaram bons exemplos para retratar esta “revolução feminina” sobre duas rodas. Ambas com Harleys modelo Softail Deluxe, as irmãs Telma e Sílvia Attizani partiram de Jundiaí (SP) para participar do evento em Minas Gerais.

Vieram no comboio que saiu da loja HD Pacaembu, na capital, na manhã do dia 1 de maio. Para Telma, motociclista que já fez viagens de moto pelo Brasil e também pelo mundo, tudo está ligado com a liberdade e ao espírito de aventura.
 
“O prazer de pilotar uma Harley na estrada é inigualável”. Já para sua irmã Sílvia, viajar de moto é pura terapia. “Quando subo na moto desligo de tudo. Procuro aproveitar cada minuto sobre duas rodas. É a famosa ‘mototerapia’”, disse a piloto.
 
Cristina Halle, que há 29 anos pilota motos, acredita que a mulher de hoje está mais independente e a motocicleta também faz parte de seu novo estilo de vida, ligado a aventura e, principalmente, com a emoção.

“Além disso, os maridos estão mais ‘moderninhos’ e as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço no mundo das duas rodas”, afirmou Cristina, que já perdeu a conta de quantos quilômetros já rodou. Atualmente também pilota uma HD Softail Deluxe.

Outra dupla de motociclistas bastante experiente em tours pelo Brasil e América do Sul é a dentista Valéria Aranha e a engenheira Cláudia Fujarra. Já rodaram mais de 65 mil milhas – mais de 104 mil quilômetros de Harley-Davidson.

Hoje, ambas pilotam o modelo Fat Boy. Para Valéria é excelente o aumento do número de mulheres pilotando motos. “Não queremos mostrar que somos melhores que os homens. Queremos ser melhores que nós mesmas”, afirmou.

Segundo a carioca, neste caso a palavra-chave é superação. Bem, não faltam força de vontade e garra para estas mulheres que viajam de Harley-Davidson.

Fonte:
Agência Infomoto

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