Procurando uma moto para o dia a dia de trabalho e também lazer?
Testamos a Factor e Fazer 150 e ficamos surpresos com a facilidade de pilotagem, o conforto e a segurança!
Por Trinity Ronzella
Por Trinity Ronzella
A situação no país não está fácil para ninguém. Muita gente tem buscado uma fonte de renda extra e, ao mesmo tempo, reduzir despesas e apertar o cinto. Se colocarmos o preço da gasolina na conversa então, aí a coisa piora de vez! Muitos optaram por deixar o veículo de quatro rodas na garagem, ou até mesmo vendê-lo, e como alternativa buscam as duas rodas, muitas vezes com pouca ou nenhuma experiência nesse segmento.
Pensando justamente nesse público, é que buscamos duas alternativas interessantes disponíveis no mercado, as Yamaha Fazer 150 UBS e Factor 150 ED UBS, uma dupla que nos cativou pela facilidade da pilotagem, conforto e segurança, tanto no trânsito pesado de São Paulo como nas estradas que pegamos.
Seja o motociclista alto ou baixo, o fator conforto é algo sério a ser considerado na hora da compra – sobretudo para quem pensa utilizá-las como ferramenta de trabalho, pilotando por longas horas. Tanto na Factor quanto a Fazer a ergonomia se mostrou muito boa e o “encaixe" piloto/moto é altamente satisfatório. Tenho 1,80 metro de altura e fiquei muito bem posicionado nas duas. O banco largo e macio ajuda bastante e complementa o conjunto de suspensões, que possuem uma calibragem mais macia para não só filtrar as imperfeições do piso com mais suavidade, mas também para proporcionar maior conforto, até porque, muita gente usa essa categoria de motos para dar um passeio no final de semana com garupa.
Falando em viagem, quando pegamos a rodovia colocamos a moto no limite do acelerador e me chamou a atenção a ausência de vibrações com o motor de 149 cc em altos giros. Isso vai refletir no estado físico do condutor no final do dia que, consequentemente vai pesar para começar o dia seguinte, acumulando o cansaço durante a semana. Ponto para engenharia da Yamaha que deixou a moto “redonda", muito agradável e muito macia.
Rodamos também com garupa e foi só elogios quanto ao banco. Com espuma macia e base ampla, ainda conta com as alças laterais para dar uma segurança a mais.
É verdade que a Fazer e Factor não são motocicletas projetadas com o objetivo de encantarem pela performance. Embora o foco do projeto de seus motores seja a resistência mecânica, suavidade sobretudo a economia, elas não decepcionaram em nossa avaliação, tanto no uso urbano como na estrada. O desempenho no uso urbano foi muito satisfatório, com fôlego suficiente para boas arrancadas, para ultrapassar carros no uso urbano ou para superar subidas acompanhado de garupa.
No uso em estrada, o desempenho de ambas é semelhante, com ligeira vantagem da Fazer em relação à Factor em função de sua posição de pilotagem mais esportiva, “furando” melhor o vento.
Mas voltando ao foco principal que nesse caso não é a velocidade, e sim o que e como o motor entrega, andando no limite da rodovia, o que às vezes era também próximo ao limite de giros da moto. A ausência de vibrações nas pedaleiras e manoplas chamou a atenção... São quase que inexistentes! Sentimos na pele, ou melhor, nos braços e pernas, como essa qualidade ajuda a terminar um dia inteiro de pilotagem sem grande desgaste ou cansaço.
Com o aumento nas vendas de motocicletas por serem uma alternativa de transporte mais econômica, surgiram muitos novos condutores de motocicletas nas ruas e estradas. Também sabemos que o exame para obter habilitação não ensina ninguém a pilotar moto, ou seja, a imensa maioria aprende na raça, no dia a dia, e isso pode ser, e muitas vezes é, traumático. Nesse sentido, o que ajuda nos dois modelos são a facilidade de pilotagem – por serem leves, ágeis e dóceis – e ainda contam com os freios UBS (Unified Brake System), que distribui a frenagem nas duas rodas, algo que definitivamente a maioria dos iniciantes não sabe fazer. Ele funciona assim: quando o pedal do freio traseiro é acionado com mais força, o sistema UBS distribui a frenagem nas duas rodas, sendo 70% na traseira e 30% na dianteira. Isso ajuda e dá mais confiança ao novo usuário, auxiliando nos momentos mais críticos, onde pessoas com menos experiência tendem a se sentir mais seguras acionando mais o freio traseiro, bem menos eficiente que o freio dianteiro. Já o usuário mais experiente, pode até ser um conforto a mais de apenas acionar o freio traseiro, pois sabe que o dianteiro vai entrar para ajudar. Uma situação que fiz propositalmente foi travar a roda traseira e ver o que acontecia. A ajuda do freio dianteiro foi fundamental para reduzir o espaço de frenagem com segurança, que pode ser o diferencial entre se chocar ou não contra algum obstáculo.
Rodamos na cidade e estrada com as duas. Roteiro com curvas, subidas e descidas, com e sem garupa, enfim, até uma terrinha pegamos. Uma das propostas desses modelos é a economia e, depois de rodarmos mais de 300 km nessas condições, a média ficou em 37 km/l. Por várias vezes tentei andar de uma maneira mais econômica na estrada mas, não consegui, confesso... Embora priorizem a economia, elas são divertidas de acelerar! Portanto, mesmo o ir e vir de transporte público deve ser repensado, é só sentar e fazer conta.Pode ser que você se surpreenda e passe a ter um meio de transporte seguro, confortável e, próprio!
Fazendo uma conta rápida, arredondando para 15 litros a capacidade do tanque, fazendo 37 km/l, dá uma autonomia de mais de 550 km! É muita coisa!
Pra quem leva o baixo consumo a sério, tem até a função ECO no painel, que informa quando está andando mais ou menos econômico, o que ajuda bastante.
A Factor 150 ED UBS tem um acabamento com menos requinte, uma posição de guidão e pedaleiras mais voltada para o conforto, painel todo digital, uma pegada mais urbana de trabalho mesmo mas, vai para estrada numa boa para um passeio, ou até mesmo a trabalho.
Já a Fazer 150 UBS, tem alguns detalhes como guidão mais baixo, painel com visual mais esportivo, posições das pedaleiras mais recuadas, pedal de freio e câmbio mais esportivo, enfim, ela tem umas características diferentes na aparência que, quem precise da moto para deslocamento para faculdade/escola e uns passeios por exemplo, pode agradar mais, sem obviamente pensar que pode trabalhar com ela também!
Mas, a melhor maneira de você comprovar o que está lendo, é agendar um test ride em uma das 450 concessionárias Yamaha, só assim conseguirá tomar uma decisão sobre qual das duas escolher. Afinal, são 52 anos no mercado brasileiro e, se olhar de perto o acabamento desses produtos verá que são feitos com qualidade.
As duas são quase iguais, montadas em um chassi tipo Diamante, se diferenciando pelos detalhes citados e, na parte técnica não é diferente. Vou citar alguns dados e depois detalho onde se diferenciam:
Motor: SOHC de 149 cc, 2 válvulas, 4 tempos arrefecido a ar, bicombustível e 5 marchas.
Potência: 12,2 cv a 7.500 rpm usando gasolina e 0,2 cv a mais no etanol, ambos com 1,3 kgf.m a 5.500 rpm.
Suspensão Dianteira/Traseira: garfo telescópico 120 mm e balança com 92 mm.
Embreagem: Multi-Disco úmida.
Freios: Dianteiro Disco Hidráulico de 245 mm UBS e traseiro a tambor com 130 mm.
Altura do assento: 785 mm
Garantia: 3 anos e revisão preço fixo.
Comprimento x Altura x Largura: Pode ser a presença do cavalete central
2015 x 735 x 1095 Fazer
2015 x 735 x 1055 Factor
Altura mínima do solo: 160 mm Fazer x 175 mm Factor (cavalete central novamente)
Peso: 130 kg Fazer x 127 kg Factor
Tanque: 15, 2 L Fazer (3 L reserva) x 15,7 L Factor ( 2,2 L reserva)
Entre Eixos: 1330 mm Fazer x 1325 mm Factor
Factor 150 ED UBS: A partir de R$ 13.990,00* + frete com seguro R$ 622,08.
Fazer 150 UBS: A partir de R$ 15.090,00* + frete com seguro R$ 625,67.
* Exceto para o Estado de SP (conforme decreto nº 65.253)
Lembrando que podem ser compradas Online no site da Yamaha.
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