Primeiras impressões da Nova Yamaha Tenere 700

No final do mes de setembro tivemos a oportunidade de acelerar a nova Tenere 700, moto que estava com uma grande expectativa para acelerar, pois no lançamento no Festival de Interlagos, não consegui acelerar a maquina por N motivos. Agora tivemos a oportunidade de acelerar nas estradas do interior de São Paulo. Woow, Gostei !! A chegada da Yamaha Ténéré 700 (ou T7 Tenere 700) ao Brasil reacende o debate sobre o que uma big trail “raiz” precisa — e o que a Yamaha entregou são muitos atributos que a posicionam entre os modelos concorrentes. Meu modelo favorito era a KTM 990, que se comporta muito bem no Off Road...com a nova Tenere 700 é uma otima opção dos modelos atuais.

Principais características da Tenere 700

Tirando os dados técnicos, o que salta aos olhos na Tenere 700 é que ela busca equilíbrio entre desempenho off-road forte e usabilidade em estrada, sem exagerar em peso ou complexidade. Algumas das principais especificações:

O que a Ténéré 700 destacou no teste 

Com base no que se conhece, eis o que me parece mais relevante (o que ela faz muito bem ou oferece que é diferencial) abaixo algumas caracteristicas da Big Trail:

1. Suspensão de curso longo + rodas “raiz”
   A Tenere 700 prioriza um setup claramente apto para off-road sério: rodas raiadas, aro 21/18, curso generoso nas suspensões. Isso dá vantagem em terrenos acidentados, trilhas, pedras, areia. Muitas concorrentes big trail “mais generalistas” tendem a comprometer entre conforto de estrada e off-road — a T7 pende mais para o lado do terreno difícil e off road.

2. Distância ao solo elevada
   Com ~240 mm, a T7 tem bastante “folga” para obstáculos, pedras, troncos, cristas. Isso ajuda muito no off-road pesado. Era uma das minha duvidas, mas logo acostumei com a altura do banco, e nos trechos que passei, não tive problemas. 

3. Motor com personalidade e par ideal
   O bicilíndrico CP2 da Yamaha já é bem conhecido (por exemplo, usado na MT-07) e tem fama de ser confiável, brincar bem em rotações médias-altas, com torque suficiente para puxar bem em estrada e manter velocidade sem exigir demais. Para uso misto (estrada + terra), isso conta bastante. Alem do painel para  configurar o controle de tração, tem um botão na suspensão dianteira(direita) que deixa no modo off road, sem precisar parar a moto. 

4. Boa versatilidade sem muitos excessos
   Ela não pesa tanto comparada às grandes big trails de 1000-1200cc. Com ~205-208 kg, ainda será pesada em baixas velocidades, mas é bem mais manejável em trilhas do que modelos pesados, lombadas enormes ou exigindo “empurrar” moto parada. Também traz ABS com modos ou possibilidade de desligar parte dele, o que ajuda nesses trechos off-road. Ou seja podemos usar o ABS apenas na roda dianteira, deixando o freio traseiro sem ABS, ou podemos desligar todo freio e tração. 

1. Componentes de qualidade & simplicidade onde importa
   Há um cuidado de usar peças robustas, proteger partes críticas (protetores de mãos, motor…), mantendo o design simples: assento plano, postura que favorece controle (inclusive em pé), ergonomia de rali. Tudo isso reforça sua capacidade aventurosa séria.

2. Produção nacional e preço competitivo (relativo ao segmento)
   A produção em Manaus, garantia etc., ajudam a reduzir custos de importação, tributação. O preço sugerido ~ R$ 72.990 para o mercado brasileiro (pré-venda) coloca a T7 numa faixa que é “cara”, mas competitiva para o que ela entrega. 

Possíveis compromissos / limitações

Nenhuma moto é perfeita — e até num teste faseada alguns pontos apareceriam como “áreas de atenção”:

• Altura do banco: ~87,5 cm não é para qualquer piloto. Pessoas de estatura média (1,70-1,75 m) podem sentir dificuldade no momento de parar, de manobrar em baixa velocidade ou equilibrar em pilotagem de trilha estreita. Eu com meus 1,71 me adaptei rapido ao sobe e desce da moto, e não da para perceber o peso da moto, que esta bem distribuido. 

• Peso carregada: 205-208 kg “seca” (ou ordem de marcha) pode aumentar bastante com bagagem, proteção extra, equipamentos, tornando o manuseio em solo irregular mais desafiador.

• Capacidade do tanque: 16 litros é bom, mas para quem faz longas etapas off-road ou em regiões remotas, pode ser um pouco justo; embora a autonomia declarada (~350 km) seja decente, dependerá do estilo de pilotagem, terreno, peso levado.

• Potência moderada para o segmento: ela não vai “detonar” em números vs big trails maiores de 1000-1200cc — em reta de estrada a alta velocidade, ou para ultrapassagens fortes com peso ou altitude, pode perder em desempenho. Mas esse não parece ser o objetivo central dela.

• Conforto de estrada longa: embora esteja muito bem equipada, motos mais focadas em estrada carregam mais em ergonomia de piloto/guidão, proteção aerodinâmica, amortecimento de vibrações etc. Dependendo da velocidade e do vento, a proteção aerodinâmica pode decepcionar em viagens muito longas.

• Custo de manutenção e peças para off-road pesado: embora fabricada localmente ajude, peças específicas para suspensão, rodas, protetores, etc. ainda dependerão de importação ou demanda não tão alta, podendo gerar preços altos ou demorar na reposição.

• PAINEL COM CONECTIVIDADE E NAVEGAÇÃO

  O grande painel vertical com tela de TFT de 6,3 polegadas realça o design premium da Ténéré 700, e conta com dois temas, permitindo te concentrar nas informações mais importantes para sua forma de pilotagem.
  
  A Ténéré 700 vem equipada com conectividade Bluetooth através do aplicativo Yamaha Motorcycle Connect, o Y-Connect, que desbloqueia uma série de funcionalidades, incluindo atender chamadas, ouvir música e utilizar a navegação “turn-by-turn”