Pesquisadores portugueses criam capacete de cortiça

Equipamento de segurança está sendo desenvolvido por um núcleo de pesquisa da Universidade de Aveiro

Por Aladim Lopes Gonçalves

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Aveiro (UA), em Portugal, apresentaram um novo modelo de capacete com revestimento de cortiça, material considerado com maior poder de absorção de impactos sem perder tanto das suas propriedades após vários choques, diferentemente do composto de poliestireno expandido ou EPS (esferovite, em Portugal, e isopor, no Brasil) usados nos equipamentos.

Os pesquisadores portugueses estudam a aplicação do capacete de cortiça para competições, como Fórmula 1, motovelocidade, provas de rally etc. Outra utilização para esse tipo de equipamento poderia ser na área militar, sendo que a cortiça teria possibilidade de ser usada nos capacetes e nas vestimentas de soldados para aumentar o nível de proteção.

O professor do departamento de engenharia mecânica e coordenador da pesquisa, Ricardo Sousa, diz que a utilização de cortiça nos capacetes pode fazer com que o equipamento de segurança fique mais caro, mas não é possível estimar de quanto poderia ser esse aumento.

“O esferovite pode ser mais barato e leve, mas tem como desvantagem uma perda mais significativa de suas propriedades quando sofre um impacto, perdendo assim a sua capacidade de reabsorção de energia em um segundo choque. Nesse caso, o motociclista fica mais desprotegido”, destaca o pesquisador.

Se depender do interesse do mercado, parece que o capacete de cortiça pode virar uma realidade nas lojas de motos portuguesas muito em breve. Os pesquisadores de Aveiro informam que uma empresa do setor já manifestou interesse em participar do desenvolvimento dos primeiro protótipos do capacete de cortiça.

Fotos: Divulgação


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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