Os pilotos de moto do Rally Dakar são de outro planeta

O piloto espanhol Joan Barreda da Honda, revelou nas suas redes sociais sua condição física depois de terminar o Rally Dakar na Arábia Saudita.

Por Trinity Ronzella

Texto Luiz Mingione

 

Joan Barreda, piloto oficial do Team Honda HRC, correu mais da metade do Dakar 2022 com uma fratura na clavícula, e pouco mais de dez dias depois do término do Rally, o resultado de um exame médico mais detalhado realizado na Espanha, revelou outra fratura, no quadril esquerdo (pelve), o que torna ainda mais impressionante a atuação do espanhol  na Arábia Saudita.

Foto: Divulgação

 

Barreda revelou nas suas redes sociais no último dia 23 de janeiro a sua condição física depois de terminar o Dakar, clavícula esquerda quebrada em quatro fragmentos e o quadril esquerdo fraturado e vários hematomas.

 

Palavras de Barreda em seu instagram

 

“Muitos de vocês têm me perguntado esses dias sobre minha lesão no Dakar. Após alguns dias de exames e testes, decidimos optar por um tratamento conservador para a recuperação da fratura da clavícula esquerda e do quadril (pelve)”.

Foto: Divulgação

 

Como se pode ver nos relatórios médicos que o próprio piloto compartilhou, confirmam que ele correu com uma dupla fratura.  A primeira já era conhecida, uma fratura na clavícula esquerda que o acompanhou por mais da metade da competição.

 

No entanto, Barreda surpreende ao confirmar que a clavícula foi partida em quatro fragmentos. E a segunda fratura está localizada no quadril, esquerdo. Além das fraturas, são relatados nos exames vários focos de edema fibrilar muscular com contusões nas nádegas direita e esquerda e na gordura celular subcutânea da nádega esquerda.

Foto: Divulgação

 

Barreda queria muito ganhar o Dakar 2022, mas a sorte não foi sua companheira para conseguir o seu objetivo.  Joan Barreda fez o Rally mais difícil de sua vida, não pelo nível dos rivais, nem pela dificuldade da navegação ou das pistas, mas pelas dores que o castigaram por mais da metade das etapas até o fim da prova.

A frustração e o golpe da queda na quinta etapa foi tremendo, mas ele queria muito seguir na prova do jeito que estava, não quis desistir nem com a confirmação da fratura na clavícula. 

Mesmo com muitas dúvidas do próprio Barreda e da equipe sobre continuar na prova, o espanhol não jogou a toalha, cerrou os dentes para chegar até o último dia. O espanhol não tem como ponto forte a navegação, mas é um piloto “Casca Grossa” e muito rápido.

 

Foto: Divulgação

Ele terminou em 5º lugar na geral este ano, em uma incrível prova de recuperação depois da queda, o que o fez cair para 10º lugar na geral a mais de 22 minutos do líder, mas depois da sétima etapa mesmo machucado andou sempre entre os 5 primeiros.

Este Dakar será lembrado por ele e pela equipe Honda, mais por sua determinação e resiliência, do que por seu resultado final que foi igualado com o de 2017, quando também terminou em 5º na geral com quatro incríveis vitórias em etapa. Barreda é o piloto de moto que acumula mais vitórias em etapas no Rally Dakar, são 29 no total em 11 participações.

A dor e o sofrimento foram seus mais difíceis rivais na Arábia Saudita, mas agora Barreda enfrenta uma nova aventura, vai ter que  passar por vários procedimentos médicos e, acima de tudo, focar em sua recuperação para estar pronto para disputar a próxima etapa do campeonato mundial FIM de Rally Cross Country em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, no dia 4 de março.

 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

Compartilhe:

Receba notícias de moto.com.br