Off Road Elétricas: O Futuro do Cross?
Jairo Parada Junior participou do MotoRepórter e mostra as novas formas de competição fora de estrada nos tempos modernos.
Por Roberto Brandão
Por Roberto Brandão
Jairo Parada Junior
A idéia é fazer Cross sem agredir o meio ambiente. Este é o ponto apresentado pela Zero Motorcycle, empresa dos Estados Unidos, líder no setor de motos elétricas.
A marca lança uma moto off road elétrica, a Zero X. O novo modelo 2009 está disponível para compra nos Estados Unidos, e custa US$7.750,00. De acordo com o fabricante a motocicleta tem força, velocidade e durabilidade.
Elementos como chassi, suspensão, freios, rodas e pneus são todos preparados para prática do off road. Utiliza-se baterias de lítio e um chassi de alumínio, o que garante leveza. Segundo sua ficha técnica, a motocicleta possui 23 cavalos de potência e pesa, apenas, 68 quilos, uma “bicicletinha”. Lembrando que tudo isso vem acompanhado de um motor que não faz barulho e o mais importante, não emite poluentes. A bateria tem autonomia de, em média, duas horas.
A empresa Austríaca, KTM, não ficará para trás, e divulgou a pouco tempo fotos da nova KTM Zero Emission Motorcycle. Depois de um protótipo desenvolvido juntamente com o instituto “Arsenal Research”, a KTM decidiu empenhar-se no projeto planejando a produção em grande escala para um futuro próximo.
O peso aproximado da motocicleta é de 90 quilos, o mesmo da KTM 125cc em produção. Muitas peças somem neste modelo, como tanque, radiadores, filtros de ar, escapamento e embreagem. Um tanto quanto sem graça. A diferença da KTM Zero para a Zero X , é que neste caso é uma motocicleta fabricada por uma empresa já especialista no fora de estrada, o que torna a porcentagem de acerto na qualidade maior.
Mas afinal, quais são as vantagens dessas motocicletas?
A maior vantagem do ponto de vista ambiental é a ausência de emissões de gases juntamente com a redução monstruosa da emissão de ruídos. A ausência do barulho irá permitir a construção de pistas em lugares antes não permitidos, o que ajuda a disseminar o esporte.
Dúvidas sobre este futuro elétrico:
As desvantagens são que antes de começar a produção em larga escala o primeiro problema a se enfrentar é a autonomia da bateria destas motos, encontrar uma forma eficiente e de baixo peso para armazenar a energia é um desafio e tanto. Hoje já é possível uma corrida de 20 a 30 minutos em um circuito fechado. Já no Enduro, a prática se torna complicada para percorrer uma pista de 100km. Um “Dakar Elétrico” necessitaria de milhares de baterias, por exemplo.
E o reabastecendo? Atualmente é simples abastecer um tanque de gasolina em segundos com o sistema de galões rápidos, mas e a carga de uma bateria? Leva pelo menos duas horas ou mais. Para recarregar durante uma corrida o principal problema será encontrar a tomada, qual seria a solução? Um carregador super potente? Baterias extras?
E a pilotagem? Os motores elétricos têm uma distribuição de torque bem diferente dos motores a gasolina. Toda a força do motor está disponível desde os giros mais baixos, assim como o motor atinge rotações bem mais altas, o que acaba por eliminar a necessidade do câmbio e conseqüentemente, a embreagem. Isso mudará e muito os conceitos de pilotagem atuais.
O “motonauta” Jairo Parada Junior participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
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