O segundo melhor ano da história?

Abraciclo aposta na isenção da Cofins para alavancar produção e vendas de motocicletas.

Por Leandro Alvares

Leandro Alvares

O corte de 3% para 0% da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na venda de motos com até 150cc e a retomada de crescimento do setor apresentada em março deixaram a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas e Similares (Abraciclo) otimista para o restante de 2009.

Em coletiva de imprensa realizada ontem, na zona sul de São Paulo, a entidade anunciou a estimativa prévia de acumular mais 1.480.185 emplacamentos de veículos de duas rodas até o fim do ano, numa média mensal de 164 mil.

“É praticamente a média registrada no mesmo período de 2008”, afirmou o diretor-executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes. “Estamos confiantes de chegar próximo a esses números. Teremos, porém, que trabalhar muito para recuperar o atraso do primeiro trimestre”, destacou.

De janeiro a março, segundo dados da entidade, foram emplacadas 369.811 motocicletas, montante 15% inferior ao obtido no mesmo período do ano passado. Em março, contudo, o setor obteve os melhores índices de 2009.

As vendas no mercado interno totalizaram 120.444 unidades, 30,4% superior em relação a fevereiro. A produção foi de 126.295 equipamentos, 54,9% a mais do que no mês anterior.

Caso os números previstos se confirmem, o mercado brasileiro de motocicletas fechará 2009 com 1.850.000 máquinas emplacadas, 12% a menos que em 2008, quando o total foi de 2.100.000. De qualquer maneira, seria o segundo melhor desempenho da história do setor, com o considerável prestígio de ser alcançado num cenário de crise financeira.

Para tanto, a Abraciclo torce pela manutenção da alíquota zero da Cofins, que a princípio vai vigorar até o dia 30 de junho. “Acreditamos na prorrogação, pois assim o governo fez com o IPI dos automóveis. De qualquer maneira, ainda é cedo para discutirmos isso, já que a medida passou a valer há poucos dias”, ressaltou Paes.

Outra aposta de incentivo para as vendas está nas discussões com o governo para a liberação de recursos federais para agentes financeiros. “Isso já foi solicitado, está em estudo e visa melhorar a linha de crédito para o consumidor”, explicou o diretor-executivo.

Também visando minimizar os efeitos negativos da crise econômica, o governo do Amazonas renovou o acordo estabelecido no início do ano com as fabricantes do Polo Industrial de Manaus. De acordo com a Associação, em troca da estabilidade de emprego de cerca de quatro mil funcionários das indústrias de duas rodas, o governo fará renúncia fiscal de parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a energia elétrica consumida pelas instalações industriais.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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