O novo vôo do falcão da Suzuki

Hayabusa traz tecnologia de ponta para manter reinado entre as motos mais rápidas do planeta.

Por Leandro Alvares

Arthur Caldeira

Desde seu lançamento em 1999, a Suzuki Hayabusa GSX-1300R conquistou milhares de fãs em todo mundo. Com nome inspirado em uma das mais rápidas espécies de falcão do mundo, a Hayabusa fez história por ultrapassar a barreira dos 300 km/h. Agora, depois de muita especulação sobre o futuro do modelo, a Suzuki finalmente apresentou em Roma, Itália, a versão 2008 da cultuada superesportiva com diversas modificações e muita tecnologia de ponta.

Seu motor ficou maior. Passou dos antigos 1299 cm³ para 1340 cm³. O propulsor de quatro cilindros em linha, 16 válvulas, DOHC, ainda teve as câmaras de combustão redesenhadas para aumentar em 11% a eficiência na queima da mistura. Sem falar no novo sistema de alimentação com dois bicos injetores por cilindro.

As válvulas e os cilindros também mudaram, resultando em uma taxa de combustão maior: 12,5:1. Apesar de não divulgada oficialmente, a potência máxima deve chegar a 198cv — um aumento de cerca 25cv em relação ao modelo anterior, que tinha 172cv.
 
Outra grande novidade foi a adoção do Suzuki Drive Mode Selector (S-DMS), mais uma das siglas que a casa de Hamamatsu tanto gosta. Trata-se de um seletor do modo de funcionamento do motor, que controla diversas funções.

Há três opções: no modo “A” o motor trabalha com força total e entrega toda a potência; no “B”, a entrega de potência é diminuída em baixas rotações, ideal para circuitos travados; já no modo “C” mantém pouca potência em médios e baixos regimes, mas o motor pára de entregar mais potência acima das 8.000 rpm, bastante útil em piso molhado. É o mesmo sistema utilizado nas motos de competição e que também já equipa a Suzuki GSX-R 1000 K7, lançada no início deste ano na Europa.

No drivetrain deste falcão sobre duas rodas, há ainda um câmbio de seis marchas. Em conjunto foi instalada uma embreagem “anti-travamento” com limitador de torque para suavizar os trancos na redução de marchas.

Visual e ciclística

A Suzuki têm se mostrado eficiente na atualização de seus modelos sem deixar de lado a identidade de cada um deles. Na Hayabusa não foi diferente, já que manteve o design que a consagrou. O farol continua uma peça única, mas com desenho renovado. A carenagem ganhou novas entradas de ar e um coeficiente de atrito menor para melhorar a penetração aerodinâmica. Para isso, também o tanque foi posicionado mais baixo para permitir ao piloto se esconder atrás da bolha.

Na traseira, as setas estão embutidas e a lanterna mudou. Chamam a atenção também os dois novos escapes. Perderam os cromados e ganharam uma cobertura preta, de acordo com as atuais tendências.

Na parte ciclística, mais melhorias. O quadro de dupla trave superior feito em alumínio ficou mais leve e mais resistente a torções. Na dianteira, o garfo invertido também é novo. Assim como o monoamortecedor na balança traseira, que ganhou novo desenho para tornar a tração da Hayabusa 2008 mais potente.

Os freios dianteiros trazem modernas pinças, fixadas radialmente, que mordem dois discos de 310 mm — menores, porém mais eficientes que na versão anterior, garante a Suzuki. Na traseira o disco de freio ficou maior — 260 mm de diâmetro com pinça de um pistão. As rodas também foram redesenhadas e são calçadas com pneus Bridgestone BT-015 de alto desempenho. Tudo para “suportar” mais potência do novo motor e garantir a dirigibilidade, um dos pontos altos do modelo.

Outra qualidade mantida foi o conforto da garupa. Para isso, o assento foi rebaixado juntamente com o sub-quadro traseiro. Mantendo assim o caráter “sport-touring” dessa superesportiva.

O piloto, além de poder se esconder melhor sob a bolha, conta com um novo painel de instrumentos. Com quatro mostradores analógicos, traz velocímetro, tacômetro, marcador de combustível e de temperatura. Conta ainda com indicador de marcha engatada e a indicação do S-DMS (modo de mapeamento do motor) escolhido.

Difícil prever sem pilotar. Mas ao que tudo indica, a nova Hayabusa deve reassumir o posto de moto mais rápida do mundo e acirrar a guerra entre as marcas japonesas, principalmente com a Kawasaki e sua ZX-R 14. As previsões falam em velocidade máxima de 320 km/h, ou seja, a moto de série mais rápida do mundo.
  
Ficha Técnica

Motor: 1.340 cm³, DOHC, 4 cilindros, 16 válvulas, arrefecimento líquido
Diâmetro x curso: 81,0 X 65,0 mm
Sistema de alimentação: Injeção eletrônica
Taxa de compressão: 12,5:1
Sistema de partida: Elétrica
Câmbio: 6 velocidades
Transmissão final: Corrente
Capacidade do tanque: 21 litros
Chassi: Dupla trave em alumínio
Suspensão dianteira: Garfo telescópico invertido (upside-down)
Suspensão traseira: Balança monoamortecida
Freio dianteiro: Dois discos de 310 mm com pinças radiais
Freio traseiro: Disco simples, 260 mm e pinça de pistão simples
Pneu dianteiro: 120/70 ZR17
Pneu traseiro: 190/50 ZR17
Dimensões (C X L X A): 2.195 x 740 x 1.170 mm
Distância entre-eixos: 1.485 mm
Altura mínima do solo: 120 mm
Altura do assento: 805 mm
Peso seco: 220 Kg
Cores: Laranja/preta, Preta/cinza, Azul/preta e Branca

Fotos: Divulgação.

Fonte:
Agência Infomoto

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