Nova Ninjinha traz receita de 300 com ingredientes de 1000

Totalmente reformulada, mini esportiva da Kawasaki pode chegar ao Brasil ainda este ano com motor de 39 cv

Por Leandro Lodo

André Jordão

Há pouco mais de um mês surgiram fotos na Indonésia de uma Ninja 250 completamente reformulada. O mercado reagiu positivamente às alterações estéticas da nova versão, haja vista a quantidade de elogios que “bombaram” mundo a fora. Agora, no início de setembro, outra (e melhor) informação chega oficialmente pela própria Kawasaki: o lançamento da Ninja 300, ou simplesmente ZX-3.

Um evento previsto para acontecer nos Estados Unidos, em 13 de setembro, batizado de “The Ninja Times Square Takeover”, apresentará publicamente a nova Ninja 300 e a renovação de um modelo de média cilindrada, provavelmente a ZX-6R. Mas voltemos à nova Ninjinha. Além do visual agressivo totalmente inspirado na superesportiva ZX-10R, a mini esportiva da Casa de Akashi contará com um propulsor totalmente redimensionado, agora com 296 cm³ e 39 cv, freios ABS opcionais, e até uma embreagem deslizante, característica de esportivas de 1.000 cc.

Muitas novidades elevam a Ninja 300 a outro patamar. Mas a melhor notícia é que ela estará ao alcance do consumidor brasileiro. Assim como toda a linha da marca verde, antes de um lançamento a Kawasaki realiza promoções do modelo que ficará defasado. No mês passado, a Kawasaki Motores do Brasil reduziu o preço da Ninja 250R de R$ 15.550 para R$ 13.990, um forte indício de que a nova Ninja 300 chegará até o final deste ano em solo brasileiro – a Kawasaki Brasil não confirma o lançamento, mas a Ninja 300 foi testada e já está homologada para rodar em nosso País.

Mais Ninja

Desde seu lançamento, a Ninjinha chegou com a proposta de ser uma motocicleta esportiva de entrada para o motociclista. Agora, com a nova Ninja 300, a Kawasaki parece afinar seu modelo para oferecer uma moto com cara e alma esportiva ao seu consumidor, de perfil jovem e estilo arrojado.

Com design inspirado na superbike ZX-10R e farol duplo, o volume da Ninja 300 fica concentrado na parte frontal da motocicleta. Os piscas dianteiros incorporados à carenagem e a nova saída do escapamento também deixam clara a intenção da Kawasaki em remetê-la à sua esportiva de 1.000 cm³. O novo modelo traz novas rodas com desenho mais atual e um painel reformulado com display digital junto do conta-giros analógico.

Há também um chassi mais rígido e pneu traseiro mais largo (de 140 mm em vez de 130 mm), além de um assento – bipartido – dianteiro mais estreito, priorizando a tocada mais esportiva, mas sacrificando o conforto.

Já os freios mantiveram as especificações da Ninja 250: disco em forma de pétala de 290 mm na dianteira e 220 mm na traseira, ambos com pinça de dois pistões. A diferença é que agora há a opção do sistema de freios ABS. O garfo telescópico dianteiro e a suspensão monoamortecida ajustável na traseira completam o conjunto ciclístico da nova Ninja 300.

Novidades mecânicas

O novo motor de 296 cm³ tem dois cilindros paralelos, oito válvulas e refrigeração líquida. Para o aumento da capacidade cúbica, o curso dos pistões foi alterado – de 41,2 para 49 milímetros – e a Ninja 300 agora tem cilindros em alumínio, assim como as motocicletas maiores da Casa da Akashi.

Com essas novidades, o propulsor passa a oferecer 39 cv de potência a 11.000 rpm e um torque de 2,8 kgf.m máximo nas 10.000 rpm. Esses números evidenciam a preocupação da Kawasaki em melhorar a pilotagem urbana, uma condição crítica no modelo atual.

O câmbio de seis marchas atua em conjunto com a embreagem deslizante que, na teoria, torna o acionamento do manete esquerdo mais leve e evita o travamento da roda traseira nas reduções de marcha, característica sempre presente nas superesportivas de um litro.

Ainda preocupada com o comportamento da nova Ninja no trânsito urbano, a Kawasaki encurtou a primeira marcha e alongou a sexta e a relação secundária – a coroa está com 42 dentes em vez de 43 para melhorar a velocidade final. Todas as alterações deixaram a Ninja 300 três quilos mais pesada (172 kg) em relação a Ninja 250 presente em nosso mercado.

Concorrência

A concorrência no segmento das mini esportivas está cada dia mais disputado. Somente neste ano foi lançada a Honda CBR 250 R e a Dafra Roadwin 250, que agora dividem as atenções dos consumidores com as veteranas Kawasaki Ninja 250 e Kasinski Comet GT 250R. Segundo dados de emplacamento da Fenabrave, a Honda já comercializou 544 unidades da CBR 250 R no mês de agosto, sendo a moto mais vendida do segmento no mês passado.

A Ninja 250 vem logo atrás com 289 unidades emplacadas, seguida pela Kasinski 250R, que comercializou 222 motos em agosto. Mas no acumulado do ano, a líder da categoria continua sendo a Ninhjinha, com 2.319 licenciadas, contra 1.879 unidades da Honda. A nova Ninja 300 tem tudo para potencializar ainda mais as vendas da Kawasaki neste segmento, dependendo, é claro, do preço que a marca praticará no Brasil pelo novo modelo.

Fotos: Divulgação


Fonte:
Agência Infomoto

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