Motos para acelerar o coração em 2015
O ano virou, nós já estamos ansiosos para "enrolar o cabo" e listamos as dez motos que mais desejamos pilotar
Por Paulo Souza
Por Paulo Souza
Roberto Brandão Filho
A passagem para 2015 e o fim das férias significam a renovação de muitos modelos mundiais. As motos apresentadas nos últimos salões começam a sair das fabricas para virarem uma realidade ao consumidor. E, claro, essa nova frota cria uma expectativa nos aficionados pelas máquinas de duas rodas, que ficam ansiosos para saberem como as motos se comportam e se as atualizações realmente fizeram efeito. Como nós também nos incluímos nesse grupo, listamos dez modelos que desejamos pilotar em 2015. Entre motos que já estão confirmadas para o mercado nacional e outras que são “sonhos” mais distantes. Confira!
Ducati Scrambler e 1299 Panigale
Começamos por uma máquina que não é a mais veloz, nem a mais bonita, mas que deixou sua marca ao ser apresentada mundialmente no fim do ano passado. Inspirada nas linhas do modelo ícone italiano dos anos 60 e 70, a Scrambler voltou em quatro versões diferentes: Icon, Full Throtle, Classic e Urban Enduro, sendo a primeira a única confirmada para chegar ao mercado nacional, ainda este ano. De acordo com a própria fabricante, uma das tarefas mais difíceis no novo projeto foi projetá-la como se a marca nunca tivesse parado de fabricá-la. Construída para ser “o mais Ducati” possível e atrair um consumidor mais jovem, a nova gama manteve traços de sua antecessora e até traz os dizeres born in 1962 (nascida em 1962) em seu tanque de combustível. Por esses e outros motivos, como seu motor de dois cilindros em “L” de 803 cm³, com comando de válvula Desmodrômico e arrefecimento a ar e óleo, é um modelo que esperamos pilotar por aqui em breve.
Já a nova superbike de Bolonha é uma evolução da atual superesportiva italiana. A 1299 Panigale foi apresentada no Salão de Motos de Milão (ITA). Equipada com uma nova versão do motor Superquadro (dois cilindros em “L”) de 1285 cm³, a Panigale agora oferece 205 cv de potência máxima. Tudo isso para empurrar apenas 166,5 kg a seco! Uma relação peso/potência absurda. Mas o novo motor não é o único motivo para querermos pilotá-la em 2015. Também houve mudanças no design: a dianteira está mais larga e a rabeta foi redesenhada com dois painéis separados nas laterais.
A repaginada 1299 ainda ganhou um novo pacote eletrônico. Batizado de IMU (Inertial Measurment Unit) – Unidade de Medida Inercial – é responsável por integrar os sistemas da moto, que incluem freios ABS de atuação em curvas. O câmbio quickshift agora permite a redução de marchas sem utilizar o manete de embreagem. A versão S da 1299 Panigale, a topo de linha, traz tudo isso e ainda suspensões Öhlins ajustáveis eletronicamente.
BMW S 1000 XR
Uma das grandes novidades da BMW em 2014 foi seu primeiro modelo crossover. Misto de esportiva, já que utiliza o mesmo motor de quatro cilindros em linha que equipa a superesportiva S 1000 RR, e aventureira, em função das suspensões de longo curso; a S 1000 XR oferece versatilidade. Durante sua apresentação no Salão de Milão 2014, Stephen Schaller, diretor geral da BMW Motorrad, afirmou que a XR é “um novo conceito que une características da S 1000 RR e da R 1200 GS, ícones em suas classes”.
Confortável, o modelo mira o motociclista que deseja uma moto com boa ergonomia para longas viagens, mas sem abrir mão de um alto desempenho. Para isso, a XR traz um propulsor tetracilíndrico de 999 cm³, capaz de gerar 160 cv de potência máxima e torque de 11,4 kgf.m. Além da eletrônica embarcada, com freios ABS, controle de tração e modos de pilotagem. Apesar de ainda não ter sido confirmada oficialmente pela BMW Motorrad do Brasil, podemos esperar a S 1000 XR no país já que os outros modelos da família, que também inclui a naked S 1000 R já estão por aqui.
Yamaha MT-07 e YZF-R1
Embora já esteja no mercado europeu desde 2013, a Yamaha MT-07 é uma máquina que queremos pilotar em 2015. E possivelmente conseguiremos: a Yamaha já disponibiliza sua irmã mais velha por aqui, a MT-09, e tem planos de trazer o modelo no segundo semestre deste ano. A mecânica refinada e o design radical fazem da MT-07 uma motocicleta sofisticada, apesar de sua proposta acessível. A naked da marca nipônica é equipada com propulsor de dois cilindros paralelos de 689 cm³ refrigerado a líquido e com comando duplo no cabeçote. A potência máxima é de até 74,7 cv a 9.000 rpm e o torque de 6.9 kgf.m aos 6.500 giros. Se tomarmos o desempenho, o comportamento e o preço competitivo da MT-09 como base, a MT-07, pouco mais mansa e mais leve, tem tudo para atrair milhares de fãs no mercado nacional. Na Europa, o modelo de entrada – sem freios ABS – custa 5.690 Euros, cerca de R$ 18.600.
A nova geração da Yamaha R1 chegou para abalar o coração dos apaixonados. Embora mantenha a mesma configuração do motor anterior – quatro cilindros em linha com virabrequim Crossplane –, internamente ele é completamente novo: diâmetro, curso, taxa de compressão e traz até biela em titânio e pistões em alumínio para gerar agora 200 cv a 13.500 rpm – 18 cavalos a mais que o anterior. Soluções tomadas pela fabricante para reduzir o peso, como rodas e subquadro em magnésio e tanque em alumínio, deixaram a nova R1 com 199 kg em ordem de marcha. Ou seja, com 200 cv, há mais de 1 cv para “puxar” cada quilo.
Além desse propulsor feroz, um dos principais motivos que nos fazem desejar pilotar a nova superesportiva da casa de Iwata é a semelhança visual com as máquina utilizadas por Valentino Rossi e Jorge Lorenzo na MotoGP. Aliás, Rossi participou ativamente do desenvolvimento da nova R1. Há ainda um pacote de eletrônica, com controle de tração, controle de derrapagem, sistema que evita empinadas e freios ABS combinados. Com todo esse conjunto, não há quem não queria pilotar a nova geração da Yamaha YZF-R1.
KTM 1290 Super Adventure e Duke 390
Em parceria com a Dafra, a KTM anunciou no início de 2014 sua volta oficial ao mercado brasileiro. Com promessas de diversos modelos, incluindo alguns montados aqui via CKD, a marca austríaca já teve cinco concessionárias nomeadas no País. Uma das motos que serão vendidas nessas lojas é a Duke 390, que chegará as lojas ainda no primeiro semestre. A naked urbana oferece um propulsor monocilíndrico com 375 cm³ de capacidade, capaz de gerar 44 cv de potência máxima a 9.500 rpm e torque de 3,5 kgf.m a 7.250 rpm.
A outra máquina que gostaríamos de pilotar em 2015 é a 1290 Super Adventure, o mais novo modelo aventureiro da KTM. A nova máquina é equipada com o mesmo motor bicilíndrico em “V” dispostos a 75° de 1.301 cm³ da bestial naked 1290 Super Duke, mas com “apenas” 160 cavalos de potência. Os itens eletrônicos ficam por conta do controle de estabilidade (MSC), freios ABS combinados, controle de tração (MTC), suspensão WP semi-ativa e piloto automático para maior conforto em longas viagens.
A KTM 1290 Super Adventure vem também com um farol no qual a luz segue a trajetória da moto nas curvas como item de série e tem tanque com capacidade para 30 litros. Seria um sonho realizado pegar a estrada a bordo dessa máquina por mais de 1.000 quilômetros.
Kawasaki Ninja H2
Só por ser equipada com motor “supercharged”, ou sobre alimentado, (a única moto em produção com este tipo de equipamento) a Kawasaki Ninja H2 é uma moto para se pilotar em 2015. No entanto, a pintura “espelhada” feita na carenagem desenhada pela divisão aeronáutica da Kawasaki Heavy Industries fazem com que a nova H2 impressione até parada.
Com linhas angulosas e um único canhão de luz central, quase escondido entre as entradas de ar dianteiras, a H2 tem 210 cv. Seu motor de quatro cilindros em linha e 998 cm³ de capacidade cúbica veio da ZX-10R, mas recebeu um compressor de arquitetura centrífuga, que sopra o ar novamente para o motor e otimiza a mistura entre ar e combustível. Apresentada em Milão, a Kawasaki Ninja H2 já teve seu preço divulgado nos Estados Unidos, US$ 25.000, o equivalente a cerca de R$ 64.500. As vendas por lá estão previstas para começar ainda no primeiro semestre de 2015.
Suzuki GSX-S 1000
No Salão de Colônia, a Suzuki apresentou a nova GSX-S 1000, uma naked que carrega o DNA superesportivo da marca. Utilizando como base o famoso motor de 999 cm³ da GSX-R 1000 reconfigurado para oferecer força também em baixos e médios regimes, a moto foca no desempenho esportivo, sem comprometer o conforto. Por isso, ao invés de utilizar a letra “R” após o GSX, que significa “Racer”, a Suzuki optou pela nomenclatura “S”, que vem de “Street Sport”. Isso significa que a moto é esportiva, mas voltada para o uso nas ruas, ou para o “mundo real”, como a própria fabricante enfatizou diversas vezes durante o lançamento na Alemanha. Já confirmada para o Brasil, a GSX-S 1000 coloca a marca na briga do segmento de “big-nakeds”.
Honda RC 213V-S
Apesar de ter sido apresentado como protótipo, a Honda jura que a nova RC 213V-S é uma versão de rua da RC 213V, bicampeã mundial de MotoGP, que entrará em breve em produção. E, para isso, recebeu os espelhos retrovisores na ponta dos semiguidões, faróis, piscas e até suporte de placa.
O motor, assim como no modelo de pista, é um quatro cilindros em “V” com 1.000 cc, que promete fazer dela não uma máquina para se pilotar e nunca mais esquecer.
Fotos: Divulgação
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