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Motos até 180 cc ganham isenção em São Paulo a partir de 2026

18 de December de 2025

A cidade de São Paulo deu um passo importante — e necessário — ao ampliar a isenção de impostos para motocicletas de até 180 cilindradas. Em uma metrópole travada pelo trânsito, onde tempo e dinheiro valem ouro, a decisão não é apenas administrativa: é política pública com impacto direto na vida real de quem se desloca todos os dias sobre duas rodas.

Mais do que uma decisão fiscal, a isenção reforça e oficializa algo que o motociclista paulistano já sabe há anos: a moto é parte da solução para a mobilidade urbana, e não o problema. Em um cenário de congestionamentos crônicos e custos elevados para manter um automóvel, incentivar as motos de baixa cilindrada é reconhecer uma alternativa mais ágil, econômica e racional para circular pela maior metrópole do país.

 

 

O que muda na prática?

Com a nova regra, motocicletas de até 180 cc passam a ter isenção de impostos municipais, o que reduz diretamente o custo anual de manter o veículo regularizado. Para o motociclista, isso significa:

  • Menos despesas fixas ao longo do ano

  • Maior previsibilidade financeira

  • Incentivo à formalização e regularização do veículo

Na prática, a medida beneficia especialmente modelos de baixa e média cilindrada, que dominam o mercado brasileiro e são amplamente utilizados para deslocamentos urbanos, trabalho por aplicativos, entregas e uso diário.

Um impacto direto no bolso — e na escolha da moto

O segmento até 180 cc é, historicamente, o mais forte do mercado nacional. São motos conhecidas pela economia de combustível, baixo custo de manutenção e facilidade de pilotagem, características fundamentais para quem enfrenta o trânsito paulistano diariamente.

Com a isenção, esse tipo de motocicleta se torna ainda mais atraente, não apenas para quem já pilota, mas também para novos usuários que avaliam migrar do carro para a moto como forma de reduzir gastos e ganhar tempo.

 

 

Para o consumidor, a decisão pode influenciar diretamente a escolha do próximo modelo, fortalecendo ainda mais as motos urbanas, utilitárias e scooters dentro desse limite de cilindrada.

Mobilidade urbana: menos carros, mais fluidez

Do ponto de vista da cidade, a medida dialoga com um tema cada vez mais urgente: mobilidade urbana eficiente. Motos ocupam menos espaço, contribuem para a fluidez do trânsito e demandam menos infraestrutura viária quando comparadas aos automóveis.

Ao estimular o uso responsável das duas rodas, São Paulo sinaliza uma política pública alinhada com:

  • Redução de congestionamentos

  • Menor emissão de poluentes por pessoa transportada

  • Uso mais racional do espaço urbano

Ainda que a segurança viária continue sendo um desafio — e precise caminhar junto com educação, fiscalização e infraestrutura adequada —, o incentivo às motos de baixa cilindrada segue uma lógica já adotada em grandes cidades ao redor do mundo.

 

Reflexos no mercado de motos

A isenção até 180 cc também tende a gerar impactos positivos no mercado, aquecendo vendas e estimulando fabricantes e concessionárias a ampliarem suas ofertas nesse segmento.

Modelos urbanos, scooters e motos de uso misto devem ganhar ainda mais protagonismo, enquanto o consumidor passa a enxergar a moto não apenas como lazer, mas como ferramenta de mobilidade inteligente.

 

Para o setor de duas rodas, trata-se de uma sinalização clara de que políticas públicas podem — e devem — caminhar ao lado da indústria, do comércio e, principalmente, do usuário final.

 

Atualização importante: isenção também alcança débitos de IPVA para PCDs e autistas

Além do impacto direto para os motociclistas, o projeto aprovado traz um avanço social relevante. A nova proposta cancela débitos de IPVA referentes ao ano de 2021 para pessoas com deficiência (PCDs) e pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) que já tinham a isenção deferida, mas acabaram sendo cobradas pelo imposto naquele período.

A medida corrige uma distorção que afetou milhares de famílias, trazendo segurança jurídica e justiça fiscal para quem já tinha o direito reconhecido pelo próprio Estado.

Um passo importante, mas não o único

A isenção das motos até 180 cc em São Paulo é, sem dúvida, uma conquista relevante para os motociclistas. No entanto, ela precisa ser vista como parte de um conjunto maior de ações que envolvam:

  • Melhoria da infraestrutura viária

  • Criação de políticas de segurança específicas para motos

  • Incentivo ao uso consciente e responsável

Ainda assim, a medida representa um avanço concreto, com efeito imediato no bolso do cidadão e no cotidiano de quem depende das duas rodas para trabalhar, se locomover e viver a cidade.

Para São Paulo — e para o motociclismo urbano —, é um sinal claro de que a moto deixou de ser coadjuvante e passou a ocupar um papel central na discussão sobre o futuro da mobilidade.

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