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Motoboys realizaram protesto contra fiscalização em SP

01 de February de 2013

Centenas de motoboys se reuniram nesta manhã, 1 de fevereiro, em frente à sede do SindimotoSP, localizado no bairro do Brooklin e juntos iniciaram um protesto contra as novas regras para motofretistas, com início para fiscalização previsto para amanhã. Eles pedem mais tempo para realizar as exigências impostas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para exercício da profissão de motofretista.

O Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas de São Paulo (SindimotoSP), organizadora do protesto, diz “não concordar com a intransigência do Denatran em não adiar o início da fiscalização prevista para dia 2 de fevereiro”.

Quase todos os protestantes não possuem ainda as exigências do Contran, que entre outras obrigações, exige que o motociclista deva ter realizado o curso de capacitação de 30 horas, usar colete com faixas reflexivas e trafegar com a motocicleta com os equipamentos de segurança como antena corta-pipa e protetor de pernas.

Juliano da Silva um dos motoboys do protesto falou a respeito do curso que ainda não realizou. “A falta de tempo para realizar o curso foi um dos motivos por eu não ter feito, a empresa não me liberou e não poderia ficar sem trabalhar. Além disso, são tantas burocracias com documentação que não sei nem o que é necessário para me adaptar às exigências, falta também informação para nós.”

Também estiveram presentes na manifestação motoboys que já realizaram o curso. “Foi difícil, mas eu consegui. Fiz a inscrição em outubro e só fui terminar o curso no dia 15 de janeiro. Mesmo assim não estou apto a trabalhar, pois após o curso demora cerca de 40 dias para o sistema do Detran reconhecer, para depois dar sequência no processo. Preciso de toda documentação para conseguir por a placa vermelha e o tempo não é suficiente, disse André José, motofretista.

- Não somos contra as exigências do Contran, mas necessitamos de pelo menos mais alguns meses para estarmos aptos as novas regras. Tenho amigos com o curso agendado para maio e abril ainda e a burocracia é imensa, sem condições. As empresas também não estão colaborando e é por isso que estamos aqui - concluiu André José.

A manifestação teve início por volta das 10 horas ao lado do viaduto dos bandeirantes e percorreu as principais ruas e avenidas da cidade, até a rua Frei Caneca, onde entregarão o ofício endereçado a presidente Dilma Roussef.

Fotos: Paulo Souza

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