Motoboys prometem parar São Paulo com manifestação
Entidade irá se manifestar nesta quinta-feira (28) contra o fim das motofaixas das avenidas Sumaré e Vergueiro
Por Paulo Souza
Por Paulo Souza
O Sindicato dos Motoboys de São Paulo, entidade filiada à União Geral dos Trabalhadores (UGT), vai realizar um ato pacífico na próxima quinta-feira, dia 28 de Novembro, para protestar contra o fim das motofaixas das avenidas Sumaré e Vergueiro.
A concentração para o ato será na sede do SindimotoSP, rua Dr. Eurico Rangel, 40, Brooklin Novo, a partir das 9 horas da manhã. De lá, os motociclistas percorrerão as principais vias de São Paulo até o prédio da Prefeitura, exigindo a continuidade e a ampliação das motofaixas.
Segundo Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, presidente do SindimotoSP, o Sindicato não foi consultado nem avisado sobre o fim das faixas exclusivas para motocicletas: "A Prefeitura não tem um pingo de respeito. Justo a avenida Sumaré. É uma pena. Estamos trabalhando para aumentar essas faixas. Estão na contramão da história. Não deviam desmanchar o que já está feito."
Para a entidade, a alegação para o fim das motofaixas dada pela Prefeitura é infundada. A Companhia de Engenharia de Tráfego - CET, afirma que as faixas exclusivas não melhoraram em nada o desempenho da circulação dos motociclistas e ainda possuem um potencial de risco.
O SindimotoSP contesta essa informação. Segundo a entidade, houve sim um aumento do número de acidentes na cidade, porém eles tem ocorrido justamente em vias que não possuem a motofaixa.
De acordo com o Sindicato, mais de 500 motociclistas morrem por ano em São Paulo por falta de políticas públicas para o setor na questão de segurança no trânsito, por isso, a entidade também contesta o estreitamento de faixas nas ruas e avenidas da cidade, o que dificulta a condução das motocicletas e aumenta o risco de acidentes.
Durante a "motoata" que acontecerá no dia 28 de Novembro, os motoboys também exigirão mais estacionamentos exclusivos, fiscalização de empresas clandestinas, facilitação na emissão do condumoto e da obtenção da placa vermelha, entre outras demandas da categoria.
Foto: Paulo Souza
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