Moto Guzzi MGX-21 invade o ninho da águia

Marca italiana quer conquistar o motociclista norte-americano com uma estradeira radical, potente e com muita tecnologia

Por Alexandre Ciszewski

Com o lançamento da Moto Guzzi MGX-21, durante a 76ª edição do encontro de Sturgis, tradicional evento que acontece entre 8 e 14 de agosto em Dakota do Sul (EUA), o grupo italiano Piaggio quer vender motos touring nos Estados Unidos. Como o segmento é liderado pela Harley-Davidson (com 35% das vendas), pode parecer uma atitude arrojada demais. Mas a Guzzi quer encarar este desafio e aposta suas fichas na maturidade e no gosto dos motociclistas norte-americanos pelos modelos estradeiros. Para isso, a marca italiana construiu uma moto que oferece design arrojado, roda dianteira de 21 polegadas e motor “V2” de 96,6 cv de potência máxima e, de quebra, bom pacote tecnológico.
 
De cara, a nova Guzzi impressiona por seu desenho arrebatador, no melhor estilo bagger. Vestida de preto fosco usa escudo asa de morcego (Batwing), peças em fibra de carbono e aço. Apresenta tampas dos cabeçotes e pinças de freios em vermelho, além de pedaleiras em alumínio.

O nome MGX-21 é uma referência ao projeto da italiana Moto Guzzi (MG), até então experimental (“X”) e com roda dianteira aro 21 polegadas, no melhor estilo bagger. A roda grande tem acabamento “sólido”, quase fechado como na Harley Fat Boy, feito em fibra de carbono para reduzir o peso.

Com a possibilidade de receber mais duas malas como acessórios ou se tornar uma moto com banco solo, a nova Moto Guzzi é a personificação da filosofia do trabalho “fatto a mano” (traduzindo: feita à mão). Já que muitas das peças são exclusivas e feitas uma a uma, seguindo a tradição da Casa de Mandello del Lario, desde sua fundação em 1921. 

Além do design, a MGX-21 traz a tecnologia cada vez mais presente em motos modernas como o acelerador ride-by-wire, piloto automático, modos de pilotagem, controle de tração e freios com sistema ABS. Há ainda a adoção de uma central multimídia, com tecnologia Bluetooth para escolher a trilha sonora ideal.

Motor e ciclística
Para fazer sucesso a MGX-21 não poderia pecar em sua motorização e ciclística, principalmente para frear e acelerar um monstro de 2.560 metros de comprimento e 341 quilos em ordem de marcha.

Ela usa propulsor de dois cilindros em “V” a 90°, posicionado de forma transversal – marca registrada das italianas Guzzi – com 1.380 de capacidade cúbica, que gera 96,6 cv (a 6500 rpm) de potência máxima e quase 12 kgf.m de torque máximo (a 3.000 rpm). Como toda boa touring, traz câmbio de seis velocidades e um grande tanque de combustível, com capacidade para 20,5 litros.

Na parte dianteira, a MGX-21 conta com garfo telescópico com 44,8 mm de diâmetro e 107,7 mm de curso. Além de disco duplo de aço inox, com 320 mm de diâmetro, com pinça de fixação radial e mordidos por pinças flutuantes de quatro pistões. Na traseira, duplo amortecedor com regulagem na pré-carga da mola e 80 mm de curso. Para completar, disco simples, também fabricado em aço, com 282 mm e pinça flutuante de dois pistões.

O modelo italiano quer seduzir o consumidor norte-americano com um belo desenho e um potente motor V2, mas o preço da bagger “Made in Italy” é um pouco mais alto, mesmo nos Estados Unidos: US$ 21.990 (cerca de R$ 69 mil), enquanto sua concorrente direta, a H-D Street Glide, custa a partir de US$ 20.899 (R$ 65.700), mas sem tantos aparatos eletrônicos. Um detalhe interessante: ambas marca usam a águia como símbolo de nobreza, coragem e força.

TEXTO: Aldo Tizzani / Agência INFOMOTO
FOTOS: Divulgação


Fonte:
Agência Infomoto

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