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Moto Flex deve ser revelada até o fim do ano

30 de April de 2008

Aldo Tizzani
 
Stefano Dehó, diretor de marketing da AME Amazonas, revelou que a primeira moto bicombustível brasileira, construída em parceria com a Delphi Automotive Systems, deve ser apresentada até o mês de dezembro.

“O que podemos adiantar é que será um novo modelo de média cilindrada, o qual esperamos que seja apresentado até o final deste ano”, afirmou o dirigente.

A nova motocicleta, que vai se chamar AME GA, além de permitir escolher entre gasolina, álcool ou ambos, e ter uma menor geração de gases do efeito estufa, trará uma economia ao bolso do motociclista de 25% — considerando o preço de venda médio dos combustíveis para o Estado de São Paulo de fevereiro a março de 2008, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

À época do lançamento do sistema Multifuel em 2007, o diretor de Engenharia e Vendas da Delphi para a América do Sul, Roberto Stein, afirmou não haver grandes diferenças entre o sistema bicombustível para carros e motos.

Para que a motocicleta possa utilizar os dois combustíveis em qualquer proporção à taxa de compressão do motor tem de ser adequada. É preciso instalar uma bomba de combustível especial para trabalhar também com álcool. Além disso, são usados sensores inteligentes de ar e combustível, que em conjunto com o sensor de oxigênio “aprendem” qual a mistura de gasolina/álcool que está no tanque.

Tudo isso é controlado por um Módulo Eletrônico de Controle da injeção (ECM), software de calibração para controle da mistura de combustível, que envia as informações a bicos injetores de última geração com maior vazão. Diversas peças, como o tanque e pistões, entre outras, também devem receber um tratamento especial para resistir à corrosão causada pelo álcool.

Uma grande dificuldade para a adoção de sistemas multicombustíveis em motos era onde se alojar o sistema de partida a frio, que consiste em um pequeno tanque apenas para gasolina utilizada ao se ligar a moto em dias de baixas temperaturas.

A solução da Delphi foi eliminar esse sistema de “cold start” (partida a frio). “Conseguimos criar o Multifuel sem a necessidade do ‘tanquinho’ de gasolina. Para isso temos duas opções: em motos maiores pode ser utilizado um sistema de aquecimento da mistura; já em motos menores existe apenas a necessidade de se colocar meio litro de gasolina no tanque em cidades que as temperaturas atinjam menos de 10º C”, explicou Stein.

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