Substituir o automóvel e o transporte público pela motocicleta pode ser uma solução eficiente para economizar nas despesas e reduzir a duração das viagens
Substituir o automóvel e o transporte público pela motocicleta pode ser uma solução eficiente para economizar nas despesas e reduzir a duração das viagens
Aladim Lopes Gonçalves
Andar de moto pode ser considerado um verdadeiro prazer e até uma grande diversão para os fãs de veículos de duas rodas, mas também pode ser um eficiente e revolucionário meio de transporte nos tempos atuais, sendo capaz de permitir um deslocamento com mais versatilidade no trânsito das grandes cidades e garantindo uma economia e tanto para o bolso de quem precisa usar o automóvel ou depende do transporte público para ir de casa para o trabalho.
As vantagens na economia de tempo e dinheiro não chegam a ser nenhum tipo de mistério, pois a cada aumento dos combustíveis e das tarifas no transporte público fica mais nítido o aumento do número de motocicletas nas ruas. As pessoas que já adotaram a moto como meio de transporte reconhecem os benefícios dos veículos duas rodas e fazem propaganda de sua experiência positiva.
Além da sensação de liberdade e da significativa redução no tempo gasto na dura rotina de ir para o trabalho, ou para o local de estudo, deixando para trás os longos congestionamentos e os ônibus e trens apertados, ter uma motocicleta fica ainda mais interessante quando se faz as contas na ponta do lápis para verificar a economia com os gastos de combustível.
Depois de ouvir muitas dicas de amigos e colegas de trabalho a respeito das vantagens de andar de motocicleta, o analista e desenvolvedor Java, Eduardo Silva, se convenceu que a migração dos veículos de quatro rodas para as duas poderia ser uma ideia interessante para ganhar mais agilidade durante a sua longa jornada diária de casa para o trabalho.
1º Caso - Na Estrada
Saindo todo dia, logo cedo, de Praia Grande, no litoral de São Paulo, rumo à zona sul da cidade de São Paulo, cobrindo uma distância de 80 km e levando em média, entre duas e três horas, por trecho, Eduardo Silva decidiu fazer motoescola. Depois de frequentar o curso e, finalmente, conseguir sua carteira, ele tratou de investir em seu primeiro veículo de duas rodas.
Assim como é recomendado para a maioria dos motociclistas recém-habilitados, sua opção foi por um modelo scooter, que oferece vantagens pela facilidade de condução nos moldes de um carro automático, em que só necessário acelerar e frear, e por oferecer porta-objeto sob o assento, com espaço para guardar equipamentos, como capacete e capa de chuva.
Depois de alguns meses usando e se adaptando ao seu scooter Dafra Citycom, Eduardo Silva ressalta que essa mudança de quatro para duas rodas foi radical e foi para melhor, “muito melhor!” Isso porque ele desembolsava cerca de R$ 1.000 por mês com combustível para o carro no deslocamento de casa para o trabalho. Além disso, tinha que encarar entre duas e três horas de trânsito em trechos de rodovias e avenidas no perímetro urbano.
Já com a moto, as despesas com combustível despencaram para cerca de R$ 400 por mês andando no mesmo trajeto, o que representa uma economia de 60% no abastecimento. Fora essa significativa queda nos gastos, o programador ainda reduziu o tempo na viagem, que com o scooter passou a ser feito em um período de tempo entre 1h e 1h30. Isso equivale uma redução de até 75% no tempo gasto nesse percurso.
“Depois da mudança de carro para moto, percebi que o dia acabou sendo mais proveitoso. Posso passar um tempo maior na academia e consigo me dedicar mais aos estudos, que eram coisas que eu tinha dificuldade de fazer porque gastava muito tempo na viagem e chegava em casa cansado”, afirma Eduardo Silva.
A opção por andar de moto também é bastante atraente para as pessoas que utilizam o transporte público (ônibus, metrô e trem, por exemplo) como meio de transporte para o deslocamento de casa no trabalho, especialmente para quem trabalha em horário comercial, que normalmente concentra os piores índices de congestionamento no trânsito.
Na cidade de São Paulo a tarifa do transporte público em geral é de R$ 3,50 e a passagem de integração, que permite combinar o ônibus com metrô e trem, sai por R$ 5,45. Quem é usuário do sistema ainda precisa estar bem disposto e preparado para encarar a grande aglomeração de pessoas e a sensação de aperto que fica dentro do espaço destinado aos passageiros.
A realidade do transporte público em São Paulo, assim como em outras grandes cidades, é bastante complexa e carece de maior atenção, pois o cidadão acaba pagando por um serviço deficiente e que o faz chegar ao seu destino ou local de trabalho em condições de estresse e fadiga. O drama começa antes mesmo de sair de casa, já que é importante ficar atento aos horários da condução para não perder a hora e chegar atrasado aos compromissos.
Um tipo de situação que fez parte da rotina do consultor de negócios Rafael Ambrósio, que mora e trabalha na cidade de São Paulo, e que tinha um gasto de R$ 218 por mês com ônibus e trem para ir de casa, no Grajaú, até o trabalho, na Chácara Santo Antônio, no bairro de Santo Amaro. O trajeto ida e volta soma uns 50 km e despendia cerca de 2h em cada trecho.
2º Caso - Na Cidade
Atento às dicas de colegas e amigos, Rafael Ambrósio resolveu investir em uma Yamaha XTZ 150 Crosser, modelo compacto de 150cc com perfil trail e motor flex, na expectativa de ganhar tempo nos deslocamentos. Mas o benefício não ficou apenas de redução na viagem que chegou a 75%, passando a ser feita em cerca de 30 minutos. A mudança também foi extremamente benéfica para o seu bolso, pois o gasto com o abastecimento da moto com etanol fica em torno de R$ 80 por mês, o que representa uma economia de pelo menos 60% em relação às despesas que tinha no transporte público.
“A moto também trouxe mudanças no meu estilo de vida. Agora ando sempre equipado com capacete, jaqueta, luvas e botas, que são equipamentos importantes para garantir a segurança e ao mesmo tempo fico com um visual bacana no trânsito. Fiquei duplamente satisfeito porque desde o início eu queria ter uma moto flex para usar etanol e dar a minha contribuição para melhorar o meio-ambiente”, destaca o consultor.
Aproveitando o forte apelo das motos como solução de economia, sobretudo, em tempos de crise, foi lançada por um fabricante a campanha publicitária O momento pede uma Honda, com um vídeo bem-humorado de circulação nacional que mostra um homem com semblante de preocupação, ouvindo mensagens com os problemas do dia a dia, como gasolina cara, falta de dinheiro, trânsito ruim, dificuldade de chegar em casa... A solução, finalmente, surge quando ele coloca o capacete e as mensagens com os problemas desaparecem de vez e ele fica mais tranquilo. A mensagem deixa claro que a moto pode dar uma boa contribuição para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
- Confira o vídeo da Honda sobre economia com moto
Como as grandes cidades brasileiras estão cada vez mais repletas de automóveis e ainda não contam com um sistema de transporte público capaz de atender as necessidades das pessoas em relação a aspectos de agilidade, conforto e segurança, a motocicleta se apresenta como uma alternativa para enfrentar os problemas urbanos e ainda economizar tempo e dinheiro. Com uma frota nacional de mais de 20 milhões de motos e crescendo a cada ano, parece que cada vez mais pessoas estão descobrindo as vantagens de levar a vida em duas rodas.
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