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Moto de Capa: BMS Nehme-sis

18 de October de 2010

Durante o programa de TV, “Metric Revolution”, que vai ao ar pela ESPN2, nos EUA, conhecemos a BMS Nehme-sis, que leva o nome do proprietário do estúdio BMS Chopper, da Flórida, Sam Nehme.  Adepto dos motores em centímetros cúbicos, Sam e a BMS, especializada em Yamaha, construiu a Nehme-sis baseada em uma Royal Star 1700.   

A moto recebeu o prêmio no Biketoberfest, em outubro de 2006, em Daytona Beach, na Flórida. Com sua extrema beleza e soluções pra lá de inovadoras, a Nehme-sis foi “autorizada” pelo júri do Rat’s Hole, renomado concurso de motos customizadas, a competir na categoria de motos acima de 1.000 cm³. Foi a primeira vez em 38 anos que eles permitiram que uma moto ‘métrica’ participasse na categoria americana. O projeto da premiada Nehme-sis começou quando Sam e a equipe da oficina BMS foram convidados a participar do programa “Metric Revolution”. Não havia restrições de custo e material, a única exigência era que a moto fosse projetada e construída em seis meses, tempo que Sam e seus colaboradores consideraram impossível. Mesmo assim, com a ajuda de seus 50 funcionários ele topou o desafio.

De uma Yamaha Royal Star “0 km”, aproveitaram apenas o motor, seu suporte e a caixa de direção, esta por conter o número de identificação do veículo. A partir daí, tudo – com exceção da pintura e das rodas – foi projetado pela BMS. O inédito “monogarfo” dianteiro feito em alumínio é incorporado na bela peça com dois amortecedores pneumáticos que, em conjunto com o monobraço da suspensão traseira, ajudam a erguer, literalmente, a moto até 25 cm ou baixá-la até o chão, o que dispensa o pezinho lateral, uma vez que a Nehme-sis se apóia sobre o próprio quadro. Em vez do tradicional quadro berço duplo com tubos na parte dianteira, a BMS criou um quadro no qual o enorme V2 de 1.700 cm³ fizesse parte da estrutura ficando assim mais visível.

Atrás, o enorme pneu de 360 mm (mais largo que o de um Dodge Viper) da marca Vee Rubber impressiona. Foi preciso desenvolver uma balança traseira monobraço para comportar este composto. Cobrindo-o está outra peça impressionante, o pára-lama traseiro que já traz embutido em suas laterais a lanterna traseira e as luzes de freio com LEDs.

Destaque também para a embreagem automática, que permite trocas de marcha apenas girando-se o punho esquerdo. Além disso, todos os cabos e fiação estão embutidos. Há ainda outras dúzias de curiosidades: a pinça de freio dianteira está embutida no monogarfo; já a traseira fica junto ao pinhão também escondida. Isso sem falar no refinado acabamento, com muitas peças folheadas a ouro.

O preço é praticamente incalculável, mas sem contar peças, material e a pintura, foram consumidos U$S 250 mil dólares só em mão-de-obra. Conta simples: como a hora na BMS custa US$ 80, foram necessárias mais de 3.000 horas de trabalho.

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