Metade Fórmula 1, metade moto
Veja com exclusividade esse veículo único, que utiliza componentes de motocicletas e carros.
Por André Jordão
Por André Jordão
BRUNO PARISI
Cada vez mais fabricantes buscam se diferenciar, seja por uma tecnologia ou por um conceito novo de veículo. Com a americana Scorpion Motorsports também não foi diferente.
Há dois anos e meio o proprietário da marca Mark Margolis e o chefe de design Mike Gellatly uniram forças para montar um veículo exclusivo, o Scorpion Prodigy. A idéia do “trike” era de um veículo que oferecesse o máximo de desempenho pelo menor preço. Fabricados em três versões (P6, P10 e P13) são um misto entre carro e moto. Custa a partir de US$ 39.900.
Olhando o Prodigy de frente, trata-se de um legítimo Fórmula 1. Agora se visto de traseira vem à mente uma motocicleta, em função de sua única roda. Exceto pelo largo pneu de 285 milímetros de largura montado em uma roda de 10,5 polegadas. A balança é originária de uma moto, assim como o escape esportivo.
Completando a parte “motociclística” do Prodigy, o motor provém da família GSX de esportivas da Suzuki. A versão P6 tem o motor das GSX-R 600 fabricadas entre 2002 e 2005. A P10 tem a motorização de 1000 cilindradas da família GSX, fabricada entre 2005 e 2006.
Por último, a P13 vem equipada com o motor da famosa GSX 1300R Hayabusa em sua primeira geração. Como podem ver, não são motores “zero-quilômetro”, mas motores bem cuidados, pouco rodados. São submetidos a uma revisão geral e montados nos veículos. Como opcional, o P13 pode vir equipado com o novo motor da Hayabusa com maior capacidade cúbica (1340 cc).
A outra parte
Da metade para frente o Prodigy parece um carro de Fórmula 1 recém saído das pistas. A cara de inseto é realçada pelos faróis, dois canhões óticos sobrepostos na altura do “cockpit”. Pneus largos na dianteira com rodas de liga leve fazem parte do trem dianteiro, assim como a suspensão independente e com amortecedores montados praticamente na horizontal.
Por dentro o “cockpit” é bem semelhante a um monoposto guiado por Ayrton Senna ou Michael Schumacher nas pistas. Existem três pedais de comando: acelerador, freio e embreagem, igual a um carro. O câmbio tem o sistema utilizado em competições, com “borboletas” atrás do volante, onde a alavanca da direita aumenta as marchas e a do lado esquerdo, reduz as marchas. No painel há diversas informações como conta-giros, indicador de marcha e um dispositivo para conferir o desempenho do veículo no computador.
Como em seu país de origem o Prodigy é considerado um triciclo, é necessário utilizar capacete para circular o bólido.
O desempenho
Pouco divulgado, porém temos uma breve noção do que esse veículo é capaz. As relações de peso/potência entre a P6, com motor de 600 cm³ e a P13, com motor de Hayabusa, variam entre 1,49 kg e 0,74 kg/cv. Traduzindo: cada cavalo de potência terá a missão de “empurrar” no máximo, um quilo e meio.
Ótimo número comparado às esportivas japonesas, onde buscam a marca de 1 quilo por cavalo. A versão P6 tem 125 cavalos de potência, a P10 chega aos 150 e a P13 despeja 185 cavalos na roda traseira. A versão P6, segundo o fabricante, acelera da imobilidade até os 100 quilômetros por hora em 3,3 segundos.
Um dado de desempenho que impressiona é a aceleração lateral. Quanto maior o valor, mais estável será o veículo. Os carros de rua atualmente obtêm em média, entre 0,7g e 1,0g. Já o “trike” P6 da Scorpion consegue a marca de 1,5g, informa o fabricante. Em poucas palavras, o Prodigy é um primor em curvas e estabilidade, pelo menos na teoria.
Para andar na rua
Os veículos vêm equipados com retrovisores, setas, luzes e faróis, para atender às regras do estado da Flórida. Como nos Estados Unidos a legislação varia entre os estados o Prodigy não poderá andar em determinados lugares na “Terra do Tio Sam”. Esse exótico veículo está disponível no mercado americano e custa a partir de US$ 39.900.
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