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Metade Fórmula 1, metade moto

04 de April de 2009

BRUNO PARISI

Cada vez mais fabricantes buscam se diferenciar, seja por uma tecnologia ou por um conceito novo de veículo. Com a americana Scorpion Motorsports também não foi diferente.

Há dois anos e meio o proprietário da marca Mark Margolis e o chefe de design Mike Gellatly uniram forças para montar um veículo exclusivo, o Scorpion Prodigy. A idéia do “trike” era de um veículo que oferecesse o máximo de desempenho pelo menor preço. Fabricados em três versões (P6, P10 e P13) são um misto entre carro e moto. Custa a partir de US$ 39.900.

Olhando o Prodigy de frente, trata-se de um legítimo Fórmula 1. Agora se visto de traseira vem à mente uma motocicleta, em função de sua única roda. Exceto pelo largo pneu de 285 milímetros de largura montado em uma roda de 10,5 polegadas. A balança é originária de uma moto, assim como o escape esportivo.

Completando a parte “motociclística” do Prodigy, o motor provém da família GSX de esportivas da Suzuki. A versão P6 tem o motor das GSX-R 600 fabricadas entre 2002 e 2005. A P10 tem a motorização de 1000 cilindradas da família GSX, fabricada entre 2005 e 2006.

Por último, a P13 vem equipada com o motor da famosa GSX 1300R Hayabusa em sua primeira geração. Como podem ver, não são motores “zero-quilômetro”, mas motores bem cuidados, pouco rodados. São submetidos a uma revisão geral e montados nos veículos. Como opcional, o P13 pode vir equipado com o novo motor da Hayabusa com maior capacidade cúbica (1340 cc).

A outra parte

Da metade para frente o Prodigy parece um carro de Fórmula 1 recém saído das pistas. A cara de inseto é realçada pelos faróis, dois canhões óticos sobrepostos na altura do “cockpit”. Pneus largos na dianteira com rodas de liga leve fazem parte do trem dianteiro, assim como a suspensão independente e com amortecedores montados praticamente na horizontal.

Por dentro o “cockpit” é bem semelhante a um monoposto guiado por Ayrton Senna ou Michael Schumacher nas pistas. Existem três pedais de comando: acelerador, freio e embreagem, igual a um carro. O câmbio tem o sistema utilizado em competições, com “borboletas” atrás do volante, onde a alavanca da direita aumenta as marchas e a do lado esquerdo, reduz as marchas. No painel há diversas informações como conta-giros, indicador de marcha e um dispositivo para conferir o desempenho do veículo no computador.

Como em seu país de origem o Prodigy é considerado um triciclo, é necessário utilizar capacete para circular o bólido.

O desempenho

Pouco divulgado, porém temos uma breve noção do que esse veículo é capaz. As relações de peso/potência entre a P6, com motor de 600 cm³ e a P13, com motor de Hayabusa, variam entre 1,49 kg e 0,74 kg/cv. Traduzindo: cada cavalo de potência terá a missão de “empurrar” no máximo, um quilo e meio.

Ótimo número comparado às esportivas japonesas, onde buscam a marca de 1 quilo por cavalo. A versão P6 tem 125 cavalos de potência, a P10 chega aos 150 e a P13 despeja 185 cavalos na roda traseira. A versão P6, segundo o fabricante, acelera da imobilidade até os 100 quilômetros por hora em 3,3 segundos.

Um dado de desempenho que impressiona é a aceleração lateral. Quanto maior o valor, mais estável será o veículo. Os carros de rua atualmente obtêm em média, entre 0,7g e 1,0g. Já o “trike” P6 da Scorpion consegue a marca de 1,5g, informa o fabricante. Em poucas palavras, o Prodigy é um primor em curvas e estabilidade, pelo menos na teoria.

Para andar na rua

Os veículos vêm equipados com retrovisores, setas, luzes e faróis, para atender às regras do estado da Flórida. Como nos Estados Unidos a legislação varia entre os estados o Prodigy não poderá andar em determinados lugares na “Terra do Tio Sam”.  Esse exótico veículo está disponível no mercado americano e custa a partir de US$ 39.900.

 

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