Lenda da Suzuki na versão 2009

Nova GSX1300R Hayabusa chega às lojas com maior cilindrada e muitos outros atrativos.

Por Leandro Alvares

Leandro Alvares

Para a Suzuki, ela é uma lenda sobre duas rodas. Para os fãs, um verdadeiro foguete japonês, cuja versão 2009 estava sendo aguardada com muita ansiedade no Brasil.

Mas depois de uma longa espera, ela finalmente chegou. Quem se dirigir hoje a uma concessionária autorizada, já encontrará a robusta GSX1300R Hayabusa estampada na vitrine com todo o seu poderio e novidades atraentes.

O lançamento oficial do modelo aconteceu na tarde de ontem, em um restaurante da zona sul de São Paulo. No evento, a moto com aerodinâmica inspirada no falcão caça japonês chamado Hayabusa encantou a todos não apenas pelo seu porte avantajado, mas também pelas novas cores muito sedutoras: laranja, branca, azul e preta; todas elas em tom perolizado.

Se no visual a integrante da categoria “Ultimate Sport” causou boa impressão, o que dizer então dos detalhes técnicos? A motorização permaneceu inalterada — quatro tempos com refrigeração líquida, sistema SRAD (Aríete de Ar Direto Suzuki), injeção eletrônica e quatro válvulas por cilindro —, mas a cilindrada aumentou. De 1.299 cm³ para 1.340 cm³.

Em termos de potência, evoluiu de 175hp a 9.800 rpm para 197hp a 9.500 rpm. Já o torque subiu de 14,09 kgf.m a 7.000 rpm para 15,81 kgf.m a 7.200 rpm.

A GSX1300R apresenta transmissão de seis marchas e um sistema de assistência à embreagem Suzuki (SCAS) operado hidraulicamente. O SCAS reduz a força necessária no manete para acionar a embreagem e suaviza os trancos nas reduções de marcha, contribuindo para o aumento do conforto e da segurança do piloto.

Para acompanhar a maior entrega de torque da nova Hayabusa, a extensão das marchas foi otimizada e um jato de óleo lubrifica constantemente a quarta, quinta e sexta marchas para reduzir o desgaste e os ruídos durante a viagem.

O modelo conta também com um sistema automático de controle da marcha lenta (ISC – Idle Speed Control), que regula o volume de ar que passa através do corpo de borboletas de acordo com a temperatura do líquido de arrefecimento, resultando em uma marcha lenta estável e melhorando a partida a frio.

Outra novidade do conjunto é o sistema de seleção do modo de pilotagem (S-DMS – Suzuki Drive Mode Selector), que adapta a entrega de torque e potência de acordo com a preferência do condutor. São três diferentes curvas de performance: A (potência total), B (nível médio) e C (para respostas mais suaves).

Na parte dianteira, a eficiência de frenagem é garantida por duplo-disco flutuante, mordido por pinças Tokico de quatro pistões opostos de alumínio de montagem radial. Na versão anterior, o disco era mordido por pinças de seis pistões.

A dimensão dos discos foi reduzida de 320 mm para 310 mm de diâmetro, com um aumento de 5,0 mm para 5,5 mm na espessura, reduzindo a inércia do conjunto e melhorando o desempenho da suspensão.

O freio traseiro conta com pinça deslizante Tokico de pistão simples, com disco de 260 mm de diâmetro e 5,5 mm de espessura. As rodas foram redesenhadas com três raios, construídas em liga de alumínio com 17 polegadas.


As suspensões contam com regulagem total da pré-carga e as forças de retorno e de compressão, de alta e baixa velocidade, podem ser ajustadas individualmente na dianteira e na traseira. O amortecimento dianteiro é feito por garfo invertido, aperfeiçoado devido a um tratamento superficial dos tubos internos. A balança traseira conta com um monoamortecedor e o curso da roda continua com 140 mm.

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Famosa por seu formato aerodinâmico, a nova versão da Hayabusa teve o design ainda mais aperfeiçoado. A carenagem levemente maior e a bolha frontal 15mm mais alta reduzem a exposição dos joelhos, cotovelos, mãos e pés do piloto ao vento durante a viagem. O formato da bolha frontal também foi melhorado e os encaixes com a carenagem e o painel estão mais exatos. O chassi de dupla longarina, feito em liga de alumínio, ficou mais leve e mais resistente. O sub-chassi foi rebaixado, juntamente com o assento traseiro, que está posicionado 17 mm mais abaixo.
 
Capaz de atingir marcas superiores a 300 km/h, esta Suzuki é mais uma motocicleta a estar de acordo com a Promot 3, lei de emissões de poluentes que passa a vigorar no Brasil em 2009. A GSX1300R Hayabusa está equipada com o chamado sistema PAIR (Injeção de Ar na Saída de Escape). Controlado pelo computador de gerenciamento do motor, este sistema injeta ar fresco da caixa do filtro de ar na saída do escape, permitindo a combustão dos hidrocarbonetos não queimados.

O mecanismo, aliado ao catalisador e ao sensor de oxigênio instalados no sistema de exaustão, fazem com que a nova Hayabusa atenda aos rigorosos padrões Euro 3 e Tier 2 sobre emissões de gases.

O sistema de gerenciamento do motor, provido de um computador de 32 bits e 1024 KB de memória, controla o sistema de injeção de combustível, a ignição eletrônica e a Válvula de Borboleta Dupla Suzuki (SDTV – Suzuki Dual Throttle Valve). Com base na posição da válvula de borboleta primária, na rotação do motor e na marcha engatada, o computador de gerenciamento do motor abre ou fecha a válvula de borboleta secundária, mantendo a velocidade do ar apropriada para que se obtenha máxima eficiência na combustão e resposta à aceleração, principalmente em baixas e médias rotações.

Completo, o painel de instrumentos da Hayabusa traz tacômetro, velocímetro, marcador de combustível e de temperatura do líquido de arrefecimento distribuídos em quatro marcadores de mesmo tamanho. Há também luzes indicadoras de nível baixo de combustível, superaquecimento do líquido de arrefecimento, neutro, setas, luz alta, pressão do óleo e funcionamento da injeção eletrônica.

Além desses dispositivos, o piloto pode programar o acendimento de uma luz de aviso quando o motor alcançar uma determinada rotação estipulada por ele. No centro do painel, uma tela em LCD mostra relógio, marcha engatada, modo de pilotagem selecionado, hodômetro total e dois hodômetros parciais.

Os tradicionais faróis da Hayabusa foram conservados na nova versão, mas alguns detalhes foram repensados para torná-la mais aerodinâmica. A luz alta do farol frontal é mais compacta e forte, fornecendo luz mais intensa para o aumento da segurança do piloto. O farol traseiro agora utiliza LEDs como fonte de luz, por serem mais brilhantes e duráveis que as lâmpadas convencionais.

Para toda novidade há um preço. No caso da Hayabusa, já pode ser encontrada nas concessionárias Suzuki ao valor sugerido de R$ 61.200. A versão antiga era vendida a R$ 60.083.

Fotos: Divulgação.

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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