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Lançamentos 2017 no Intermot equilibram razão e emoção

07 de October de 2016

Entre os dias 5 e 9 de outubro, a cidade alemã de Colônia recebeu mais uma edição do Intermot , seu tradicional salão bienal de motos. Como de costume, as mais importantes marcas do segmento de duas rodas se reuniram para mostrar suas novidades nos 129.000 metros quadrados do Koelnmesse , totalizando 1.127 expositores oriundos de 41 países.

Eclético, o evento teve lançamentos para todos os gostos. Nakeds, bigtrails e superesportivas dividiram a atenção dos presentes com scooters e clássicas modernas. Um salão equilibrado com modelos focados em oferecer ao motociclista o que ele precisa, mas também o que ele deseja, como a urbana Ducati SuperSport e superesportivas que prometem tirar o fôlego dos pilotos, como as versões SP e SP2 da renovada Honda CBR 1000RR Fireblade . 

Mesmo com vocações diferentes todas as motos têm um ponto em comum: a tecnologia. Essa edição do Salão de Colônia deixou claro mais uma vez que a eletrônica é uma parceira cada vez mais constante na vida dos pilotos para levá-los mais longe, mais rapidamente com mais segurança. Confira a seguir os principais destaques do Intermot deste ano:

Yamaha
A marca dos três diapasões revelou o primeiro facelift da MT-09. A naked tricilíndrica teve seu farol reformulado para um pequeno conjunto óptico duplo feito em LED, enquanto o suporte de placa passou a ser interligado à balança, deixando a rabeta, que está mais curta, livre. As mudanças deixaram a MT com aspecto mais agressivo e trazem consigo três opções de cores: cinza fosco com rodas em verde limão, preto e o tradicional azul com grafismos brancos da Casa de Iwata.

Na parte mecânica, o modelo também recebeu melhorias, como a embreagem deslizante – que segundo a marca é 20% mais macia – e o sistema quickshift , que permite subir marchas sem apertar o manete. A naked ainda passa a contar com uma nova suspensão dianteira com garfo invertido de funções separadas, semelhante aos modelos de motocross, cuja regulagem de amortecedor é feita no tubo esquerdo, enquanto a pré-carga da mola é ajustada no lado direito.

Outras alterações incluem o assento mais plano e 5 mm mais alto, a ponteira do escape reestilizada e o posicionamento dos piscas dianteiros, que agora estão ao lado do radiador. A nova MT-09 já estará disponível na Europa em dezembro deste ano – e deverá vir ao Brasil, onde o modelo atual já é comercializado desde 2014.

Ainda na família Master of Torque , a Yamaha revelou no Intermot uma versão especial da bignaked MT-10, batizada de SP, com a tecnologia da R1M. O modelo de 1.000cc traz suspensões Öhlins com ajustes eletrônicos e pintura prata com rodas azuis da superbike japonesa. Tanto a versão especial, quanto a standard da moto, recebeu a embreagem assistida com quickshift , integrando o cardápio eletrônico que já traz controle de tração.

Já no line-up das chamadas clássicas modernas , a marca japonesa leva agora à Europa a SCR 950 . Feito com base na Bolt, o modelo traz o mesmo motor de dois cilindros dispostos em V a 60°, refrigerado a ar, com 942 cm³ – o mesmo V2 da XVS 950 Midnight Star, comercializada no Brasil, que gera modestos 48,5 cv de potência máxima a 5.400 rpm. 

Mas o que chama a atenção mesmo é o visual inspirado nos modelos scrambler das décadas de 1960 e 1970. Com pedaleiras mais centralizadas, ângulo de cáster de 28,4°, escape mais elevado em relação a outras customs e rodas dianteira e traseira com 19 e 17 polegadas, respectivamente, a moto até encara estradas de terra batida. Característica auxiliada pelos pneus Bridgestone Trail Wing. O lançamento da SCR 950 no Intermot confirma a tendência retrô entre os motociclistas europeus.

Honda
A Honda revelou a nova CBR 1000RR Fireblade SP . Versão top de linha da superesportiva japonesa, a moto chega com mudanças visuais no escape, faróis, lanterna traseira e muita tecnologia embarcada. Entre os itens eletrônicos estão controles de wheeling e tração, Unidade de Medição Inercial (IMU), modos de pilotagem, acelerador eletrônico e sistema quickshift para subir e descer as marchas sem usar a embreagem, além do ABS. Tudo para, segundo a Honda , oferecer controle total ao piloto dos 191 cv gerados pelo motor de 999 cm³ a 13.000 giros – 10 cv a mais do que o modelo anterior. O torque máximo, por sua vez, é de 11,8 kgf.m a 11.000 rpm.

E, para quem acha uma CBR 1000 especialmente preparada coisa pouca, a marca japonesa ainda mostrou no evento a versão SP2. Equipada com todos os refinamentos da SP, a moto traz também rodas Marchesini e diversos kits para uso nas pistas feitos pela HRC, a divisão de competição da Honda. De acordo com a marca, a CBR 1000RR Fireblade SP2 terá produção limitada a 500 unidades.

Além das versões especiais da Fireblade , a Honda declarou seu amor pelas clássicas modernas, com duas versões renovadas da CB 1100 : EX e RS. Iluminação em LED, suspensão Showa , rodas em aço inoxidável e a nova embreagem deslizante dão o toque atual aos modelos retrô, equipados com um motor quatro cilindros em linha de 1140 cm³ arrefecido a ar. Para a versão RS, a marca japonesa conferiu um estilo mais esportivo, coroado pelas suspensões de ajuste a gás, as rodas de alumínio e as pinças de freio de montagem radial.

Suzuki
Já a Suzuki levou para a Alemanha a nova geração de sua superesportiva de um litro. A nova GSX-R 1000 é outra moto. Equipada com um novo motor tetracilíndrico de 999,8 cm³, com comando de válvulas variável, que produz até 202 cv a 13.200 rpm e torque máximo de 12 kgf.m a 10.800 rpm . O mais potente já utilizado nesta linha.

A moto também recebeu mais eletrônica . Além dos freios ABS, acelerador ride-by-wire, IMU (Unidade de Medição Inercial), controle de tração e três modos de pilotagem passam a contar na lista de especificações da superbike , que recebeu ainda uma versão “R”. Esta, traz sistema quickshift e controle de largada.

Outra novidade da Suzuki foi a reestilização da linha de bigtrails V-Strom . Agora, as versões de 650 cc (standard e XT) partilham o visual da irmã maior, com o tradicional paralama dianteiro “bico de pato”. Além do novo design, a linha recebeu aprimoramentos no motor V-twin de 645 cm³ e novidades eletrônicas, como o controle de tração. 

Já a V-Strom 1000 recebeu uma versão XT com rodas raiadas indicada para o uso fora do asfalto. Entre os poucos upgrades estão a Unidade de Medição Inercial (IMU), aprimoramentos no ABS para curvas e um para brisa mais alto e ajustável.


Ducati
O Salão de Colônia ainda foi palco do debute da Ducati SuperSport , esportiva orientada para o uso urbano. No design, as linhas angulosas da Casa de Borgo Panigale e o tradicional monobraço, que deixa a roda traseira em evidência graças à ponteira curta do escape duplo. O desempenho também favorece a pilotagem nas ruas. Seu motor de dois cilindros em L a 11º de 937 cm³ é capaz de gerar 113 cv de potência máxima a 9.000 rpm. Mas, o torque máximo de 9,8 kgf.m já está disponível nos 6.500 giros.


Mesmo mais mansa do que uma superbike, a SuperSport não abre mão da eletrônica. Freios ABS, controle de tração e três modos de pilotagem compõem a lista de itens de série. Já na versão “S” da moto, a Ducati ainda oferece o sistema quickshift para mudanças rápidas de marcha e suspensões Öhlins totalmente ajustáveis, também disponíveis como opcionais do modelo standard. 

Kawasaki
A Kawasaki levou à Alemanha uma versão atualizada da Z1000 SX , modelo vendido aqui no Brasil como Ninja 1000 Tourer . Com sutis alterações no visual, a moto está mais esportiva e recebeu elementos já utilizados na família Ninja, como os piscas dianteiros integrados à carenagem.

Os assentos do piloto e garupa também foram remodelados para oferecer mais conforto, bem como o para-brisa que agora traz defletores laterais. O sistema de montagem das malas também foi revisto para tornar a instalação mais simples.

A Ninja H2 também recebeu uma versão aprimorada com o sobrenome Carbon. Contudo, a novidade não se resume ao polímero de carbono que recobre a carenagem, mas inclui novo conjunto de suspensões Öhlins TTX e a Unidade de Medição Inercial (IMU). As adições deixam a Ninja H2 Carbon mais próxima do modelo referência em desempenho da Kawasaki, a Ninja H2R.

Outro modelo vendido aqui e remodelado no Intermot foi a Ninja 650. A esportiva média recebeu linhas semelhantes às do modelo de 300cc e está com os traços característicos da família, que a deixaram mais agressiva. O escape também mudou, mas continua curto para deixar a balança em evidência

BMW
Próxima de casa, a marca bávara expôs no Intermot sua nova família S, composta pela naked S 1000 R, a superesportiva S 1000 RR e a crossover S 1000 XR . Para a superbike da linha, a BMW transformou o controle de tração – ainda opcional nos modelos europeus – em item de série e agora oferece uma versão monoposto para quem não fizer questão de levar garupa. De acordo com a marca, a opção não afeta o preço da moto.

Já na naked S 1000 R, a marca alemã foi mais além: aumentou a potência em cinco cavalos , que passa a ser de 165 cv a 11.000 rpm e reduziu o peso para 205 kg, dois a menos que no modelo anterior. O “emagrecimento” se deu em redução nas carenagens e alterações no quadro. Mudanças no guidão para diminuir vibrações também foram feitas.

A crossover S 1000 XR recebeu as mesmas mudanças da naked, uma vez que partilha diversos itens, como a regulagem do propulsor. Então, ela também passa a entregar 165 cv de potência máxima a 11.000 rpm e a contar com guidões livres de vibração, muito úteis quando se fala em uma moto feita para viajar.


Triumph
A inglesa Triumph apresentou em Colônia mais um belo exemplar da sua linha de clássicas modernas. A nova Street Cup é um modelo que mescla elementos da Bonneville e da Thruxton , como os escapes da primeira e o estilo café racer da segunda. Mas, o que realmente desperta o interesse é a proposta urbana e amigável da moto. Com potência moderada e muito torque ela promete ser uma ótima companheira em trechos com trânsito mais travado nas grandes cidades. A nova Triumph Street Cup está equipada com um motor de dois cilindros paralelos de 900cc que é capaz de gerar até 54 cv de potência máxima a 5.900 rpm e impressionantes 8,15 kgf.m de torque a apenas 3.230 giros. 

O bicilíndrico que já equipa a Street Twin vendida por aqui também será utilizado em duas novas versões mais clássicas, a Bonneville T100 e a T 100 Black .

TEXTO: Carlos Bazela / Agência INFOMOTO
FOTOS: Divulgação

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