KTM lança oficialmente Duke 390 no Brasil

Evento aconteceu no Kartódromo de Nova Odessa, no interior de São Paulo, com a presença de toda imprensa especializada do País

Por André Jordão

André Jordão

“Leve, divertida, confortável e acessível”. É com essa ideologia que a KTM lança a Duke 390 no Brasil. Montada em sistema de CKD na sede da Dafra em Manaus (AM), tem preço público sugerido de R$ 21.990 e já está disponível nas cinco concessionárias KTM no país (Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo e Goiânia) em duas opções de cores, branca e preta.

A companhia austríaca posiciona a Duke 390 entre as motocicletas de 300cc e de 500cc no mercado brasileiro e tem a pretensão de comercializar 250 unidades da naked até o final do ano. Essa previsão de vendas é bem cautelosa, como afirma José Ricardo Siqueira, gerente de marcas da KTM Brasil. “Já faturamos um bom número de modelos durante os primeiros dias de lançamento e estamos confiantes que iremos atingir nossa meta de vendas”.

A Duke 390 não se resume a um design moderno e agressivo. Ela também é equipada com itens de ponta, a começar pelo painel de instrumentos. Completo e totalmente digital, apresenta shift-light, indicador de marcha engata, hodômetros totais e parciais, e autonomia total.  

A naked da marca laranja também vem de fábrica com freios ABS comutáveis (podem ser desligados por um botão escondido no painel), pinça de fixação radial, rodas de liga leve, suspensões invertidas da marca WP e suporte e guidão de alumínio. Equipamentos que não costumar constar em motocicletas de sua categoria.

Mercado

A Duke 390 é uma motocicleta muito importante para a KTM. É o primeiro modelo a ser comercializado em todos os mercados em que a fabricante está presente atualmente. E o Brasil, um mercado com potencial. Seu preço público sugerido, de R$ 21.990, não é pouco dinheiro. No entanto, para o conjunto da motocicleta é um bom valor se levarmos em conta os preços do segmento. A Kawasaki Z300, sua concorrente mais direta, custa R$ 19.990 com freios ABS. Capaz de produzir 39 cv com motor de dois cilindros, não entrega os diversos itens da KTM, como suspensão dianteira invertida, por exemplo. E a Honda CB 500F, que também é alvo da Duke 390, tem preço sugerido de R$ 24.625. Tem motor bicilíndrico com “apenas” 6 cavalos de potência a mais (50,4), é 30 kg mais pesada e é equipada com suspensão convencional.

Ou seja, levando em consideração a atual situação do mercado nacional e o que a Duke 390 oferece ao consumidor, a fabricante acertou ao defini-la como “leve, divertida, confortável e acessível”.

Primeiras impressões

O lançamento para a imprensa brasileira aconteceu essa semana, quando experimentamos a naked no Kartódromo de Nova Odessa, no interior de São Paulo. Por ser um circuito travado, pudemos avaliar a aceleração de seu motor monocilíndrico de 375 cm³, capaz de produzir 44 cavalos de potência a 9.500 rpm, e a frenagem do modelo. Ao girar o cabo do acelerador, as rotações sobem bem rápido e com vigor. Logo o motor já está na faixa dos 7.250 giros, onde atinge o pico de 3,57 kgf.m de torque. Quando exigido, mostrou-se potente e agressivo, mas de pouca vibração.

Graças a seu ótimo conjunto de freio da marca ByBre – disco de 300 mm na dianteira com pinças radial de quatro pistões e disco de 230 mm na traseira –, a seu chassi de treliça, a balança traseira em liga de alumínio e a seu peso total em ordem de marcha (150 kg), a Duke 390 é muito ágil. Essa característica se ressaltou nas travadas curvas do circuito de Nova Odessa. Para onde a frente apontava, a motocicleta seguia, contornando as curvas com segurança, estabilidade e velocidade.

Assim como caixa de câmbio de seis marchas e encaixe perfeito, os freios foram muito exigidos no curto e travado circuito. E não decepcionaram. Sua leveza e facilidade de comando permitiram alguns slides nas entradas de curva, sempre transmitindo total controle ao piloto. Em resumo, na pista, a Duke 390 demonstra toda a esportividade e personalidade da marca KTM. Ágil, potente, rápida e divertida! Agora resta saber como será seu comportamento nas ruas e estradas do País.


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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