KTM desembarca no Brasil apostando no Off Road
Fábrica austríaca começa a montar em Manaus (AM), três modelos de enduro com motores de dois e quatro tempos
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
As primeiras motos KTM a chegar às lojas da marca no Brasil não poderiam ser mais emblemáticas: são três modelos off-road da família EXC que fizeram – e fazem – a fama da fábrica austríaca em todo o mundo com centenas de títulos no currículo. Os modelos de Enduro - 250EXC-F, 300 EXC, 350 EXC-F - são montados pela Dafra em Manaus (AM) e seguem o lema da marca “Ready to Race”, ou seja, prontas para competir. Para isso, trazem componentes de primeira linha nas suspensões e freios, além de pneus próprios para a prática do motociclismo fora-de-estrada.
Os modelos 2015 trazem mudanças visuais, como o quadro pintado em laranja, e os aros da marca Giant, na cor preta. Além disso, toda a linha EXC ganhou um novo velocímetro digital; guidão de alumínio reforçado Neken e protetores de mão feitos em material mais resistente. Embora os três modelos sejam da mesma família, são equipados com motores diferentes.
Quatro tempos
A nomenclatura dos modelos indica sua proposta e motorização. A linha EXC, ou “Enduro Cross”, foi feita para trilhas ou provas de enduro. Já o “F” no final, designa um modelo com motor quatro tempos (four stroke).
A 250 e a 350 EXC-F, portanto, são equipadas com motores de um cilindro quatro tempos. Ambos variam do mesmo projeto e contam com duplo comando de válvula no cabeçote (DOHC), alimentação por injeção eletrônica e refrigeração líquida. A grande diferença fica mesmo por conta da capacidade cúbica.
No comportamento, a 250cc é mais arisca e gosta de funcionar em altos giros, enquanto que o modelo de 350cc oferece mais torque em baixos regimes – o que faz dela uma excelente opção para quem quer apenas fazer uma trilha mais tranquila. Como são motos exclusivamente off-road e que podem ser preparadas, a KTM não divulga números oficiais de desempenho, mas afirma que o modelo de 350cc pode gerar cerca de 45 cv de potência máxima.
Ambas contam com partida elétrica e a pedal, além de uma embreagem reforçada para garantir maior durabilidade do componente, além de facilidade de acionamento. O câmbio é de seis marchas.
Na parte ciclística, mais semelhanças: o quadro é feito de aço cromo-molibdênio e ambas compartilham o mesmo conjunto de suspensões. Na dianteira, um garfo telescópico invertido da marca WP com 300 mm de curso; e, na traseira, um único amortecedor WP de 355 mm de curso é fixado diretamente à balança traseira, feita em alumínio.
A diferença de peso entre ambas é de menos de dois quilos: a 250 EXC-F pesa 105,5 kg a seco, enquanto a 350 EXC-F, 107,2 kg. O tanque tem capacidade para 9 litros. Para parar essas duas motos peso “pena” um bom sistema de freios Brembo com pinças flutuantes e disco de 260 mm a frente, e de 220 mm, atrás.
Além da capacidade do motor, o preço é outra diferença. A 250 EXC-F sai por R$ 40.690 e a 350 EXC-F, por R$ 42.890. Os dois modelos já estão à venda.
Dois tempos
Já a 300 EXC, equipada com propulsor dois tempos, deverá começar a ser vendida no início de abril. Ainda mais leve, com 102,1 kg a seco, a 300 EXC foi feita para os amantes do bom e velho comportamento arisco dos motores dois tempos. Porém, por ser um motor “quadrado” – com diâmetro e curso de 72 x 72 mm – oferece bastante torque, mesmo em baixos regimes. Com 293,2 cm³ de capacidade, o monocilíndrico é alimentado por carburador e tem controle de válvula de exaustão para aprimorar ainda mais o torque, e conta com sistema de refrigeração líquida. Há também partida elétrica para essa “nervosa” dois tempos.
Pesando apenas 102,1 kg a seco, a 300 EXC tem tanque para 9,5 litros e conta com praticamente o mesmo conjunto ciclístico. Quadro em aço cromo-molibdênio com elevada rigidez torsional e suspensões WP: garfo telescópico invertido (upside-down) na dianteira e balança de alumínio monoamortecida na traseira. Os freios também são da marca Brembo. O preço sugerido da 300 EXC é levemente inferior aos modelos quatro tempos: R$ 39.690.
Os modelos serão comercializados nas quatro lojas flagship KTM já instaladas, localizadas em Curitiba (PR), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Goiânia (GO). De acordo com a Dafra, parceira nessa nova fase da KTM no Brasil, a concessionária do Rio de Janeiro (RJ) deverá ficar pronta em breve.
Outra boa notícia para os fãs da marca laranja, cor tradicional da KTM, é que as motos de rua devem chegar logo. A primeira será a bigtrail 1190 Adventure, seguida pela big naked 1290 Super Duke R. E até o final deste semestre, as pequenas Duke de 200 e 390 cc começarão a ser montadas em Manaus.
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