Kawasaki traz para o Brasil série de 30 anos da Ninja

Modelos ZX-6R, ZX-10R e ZX-14R têm pintura especial para comemorar as três décadas da linha esportiva

Por Aladim Lopes Gonçalves

A Kawasaki Ninja comemora 30 anos de vida em 2014. A idade pode parecer surpresa para muitos, uma vez que as superesportivas da Casa de Akashi continuam joviais em essência e recebam atualizações estéticas periódicas para que isso se reflita em seu visual. Para comemorar a data, as superesportivas ZX-10R e ZX-6R 636 chegam ao Brasil em edição especial, pintadas com o tradicional tom de verde limão, mas misturado com nuances de branco. Já a sport-touring ZX-14R vai celebrar o aniversário de três décadas com uma roupagem verde e preta.

As motos com a nova roupagem desembarcam nas concessionárias em versões standard e com freios ABS. Os preços sugeridos para o modelo de 1000cc são de R$ 63.990 e R$ 67.990, respectivamente. O modelo médio, por sua vez, parte de R$ 51.990 e sai por R$ 54.990 com o sistema anti-travamento. Já a ZX-14R em roupagem comemorativa estará disponível por R$ 56.990 e R$ 60.990 (ABS).

No mais, a ZX-10R mantém as configurações mecânicas já usadas no modelo anterior. O que não a faz menos digna de respeito. Afinal, estamos falando de um motor de quatro cilindros em linha de 998 cm³. Em números de desempenho, a Ninja se destaca. São 200 cv de potência máxima gerados a 13.000 rpm, que podem receber um acréscimo de até 10 cv com a atuação do sistema de indução de ar RAM Air. Já o torque máximo é de 11,4 kgfm obtidos nos 11.500 giros.

O mesmo acontece com a ZX-6R e com a poderosa ZX-14R. Características ciclísticas e mecânicas também foram mantidas, o que significa nenhuma mudança nos motores tetracilíndricos de 636 cm³ e 1.441 cm³, respectivamente.

Como tudo começou
Falar da primeira Ninja significa voltar a 1984. É lançada no Japão a GPZ900, modelo capaz de gerar 113 cv de potência. No entanto, a história conta que o diretor de Marketing da Kawasaki nos Estados Unidos resolveu escrever o nome “Ninja” na carenagem, quando a moto aportou por lá. A ideia era surfar no sucesso que a minissérie de TV “Shogun”, estrelada por Richard Chamberlain, fez no início da década de 1980. Pronto, nascia ali a linhagem de superesportivas.

Embora o sucesso do modelo entre os motociclistas da época já estivesse consumado, em 1986 uma GPZ900 preta e vermelha foi o veículo oficial do piloto de caças Maverick no blockbuster “Top Gun – Ases Indomáveis”. Vivido por Tom Cruise, o personagem e a moto aparecem em cenas do filme embaladas pelo hit Take My Breath Away da banda Berlin. Mas, essa não é a única Ninja a merecer um lugar de honra na linhagem, conforme mostramos a seguir. Confira algumas outras Ninjas famosas.

- Ninja sete-galo
A Kawasaki também entrou na onda das motos de 750cc no final da década de 1980. O modelo, cujo motor conservava a arquitetura de quatro cilindros em linha, mas com 749 cm³, trazia pela primeira vez na história da Casa de Akashi freios com pinças de quatro pistões.

Seu design, todavia, era controverso. Os dois tubos que a moto trazia acima do tanque, responsáveis por alimentar a caixa de ar, causavam certa estranheza em uma primeira olhada, mesmo para a época.

- O motor 636
Entre os anos de 2002 e 2006, a superesportiva ZX-6R contou com um propulsor de 636 cm³. Assim, ela passou a ocupar um degrau acima de outras superbikes médias, como a Yamaha R6 e a Honda CBR 600RR em termos de capacidade cúbica. Há dois anos, a irmã do meio da família foi reformulada e, além de modificações estéticas, que a deixaram parecida com a versão de um litro, a moto voltou a ser equipada com o propulsor de 636 cm³.

Como não poderia deixar de ser, além dos 137 cv de potência máxima, a ZX-6R passou a oferecer também diversos itens de eletrônica embarcada. Controle de tração com três níveis de ajuste e outros três modos de pilotagem complementam os freios ABS, oferecidos como opcionais.

- A poderosa ZX-14R
Em 2006, a Kawasaki substituiu um foguete por outro maior. Vinha ao mundo a ZX-14, que tirava a ZX-12R de cena com um propulsor ainda mais potente. No ano de 2011, o maior modelo da família Ninja foi reformulado e se consolidou entre as sport-tourings. Além do visual mais agressivo, a moto recebeu a letra “R” no nome e, hoje, sai de fábrica com um motor tetracilíndrico capaz de gerar até 210 cv de potência. O que aumentou ainda mais sua rivalidade com outra japonesa de números superlativos: a Suzuki GSX 1300R Hayabusa.

- Ninja 300: a pequena superbike
A Ninja 250R trouxe para marca um novo perfil de piloto: os ávidos por motocicletas esportivas, mas sem experiência ou poder aquisitivo para investir em um modelo maior. No entanto, a Kawasaki queria mais. Em 2012, a moto foi reestilizada e ganhou linhas semelhantes às da ZX-10R. Equipamentos dignos de superbike, como embreagem deslizante, foram adicionados à receita, cujo ponto alto foi o novo motor bicilíndrico paralelo de 296 cm³. Freios ABS opcionais completam o pacote da Ninja 300, que conquista motociclistas do Brasil e do mundo desde seu lançamento. 


Fonte:
Agência Infomoto

Compartilhe:

Receba notícias de moto.com.br