Indústria produz mais de 103 mil motocicletas em maio

No acumulado do ano, o setor de motocicleta registra alta de 47,5% com a fabricação de 463 mil unidades

Por Thiago Dantas

As fabricantes de motocicletas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) produziram 103.792 unidades em maio, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo.

Na comparação com Abril, ocorreu uma queda de produção de motocicletas, no mês anterior foram produzidas 122.220 motocicletas. Mas, se comparar com o ano passado, quando Manaus enfrentava a primeira onda do coronavírus e foram produzidas apenas 14.809 unidades, houve alta de 600,9%.

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O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que o setor mantém sinais de recuperação. No acumulado de janeiro a maio, a produção de motocicletas totalizou 463.413 unidades, volume similar ao registrado em 2019, período pré-pandemia, quando foram fabricadas 468.984 motocicletas. “No momento, as fábricas mostram uma curva de recuperação. No entanto, estamos apreensivos em relação ao ritmo do avanço da pandemia nos próximos meses”, avalia. “É preciso acelerar o programa de vacinação para trazer tranquilidade na gestão das nossas fábricas”, completa.

As fabricantes estão regularizando o volume dos seus estoques.  “O estoque ainda é baixo e acreditamos que, em poucos meses, conseguiremos normalizar a situação e acabar com a fila”, diz Fermanian. 

Diante desse cenário, o executivo acredita que o mercado deve continuar aquecido nos próximos meses. A projeção da associação para este ano é produzir 1.060.000 motocicletas, alta de 10,2% na comparação com 2020.

 

Vendas no varejo

 

Ao total, foram licenciadas 110.376 motocicletas em maio, as vendas no varejo alcançaram o melhor resultado do ano, sendo 16,6% maior que abril. 

De acordo com Fermanian, a fila de espera pode chegar a 45 dias para os modelos da categoria Street, que é bastante utilizada pelos entregadores de aplicativos. Já para as motocicletas premium e de uso misto, que têm demanda menor, a fila está normalizada.

A liderança do mercado continua com a categoria Street, que obteve uma participação 49,6% do mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail (24.028 unidades e 21,8% de participação), seguida pela Motoneta (14.941 e 13,5%).

 

Exportações

 

Além de fabricar motocicletas para o mercado nacional, o  PIM (Polo Industrial de Manaus) é responsável pela fabricação de motocicletas para exportação. 

Em maio, foram exportadas 4.410 motocicletas, volume 3,1% superior às 4.276 unidades registradas em abril e 1.768,6% maior que o mesmo mês do ano passado (236 unidades).

De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, o principal destino foi a Colômbia, com 1.364 unidades e 29,8% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (1.358 motocicletas e 29,7% do total exportado), seguida pela Austrália (952 unidades e 20,8%).

No acumulado do ano, as exportações totalizaram 21.851 unidades, o que corresponde a uma alta de 191,9% em relação ao mesmo período de 2020 (7.487 motocicletas). Os países que mais importam motocicletas brasileiras são: Argentina com 6.920 unidades (30,8% do volume exportado), Estados Unidos (5.537 motocicletas e 24,7%) e a Colômbia (4.249 unidades e 18,9%).

 “As motocicletas exportadas para mercado norte americano são, principalmente, do modelo off-road e comprovam que o produto nacional tem alto valor agregado, tecnologia avançada e atendem aos mercados mais exigentes”, afirma Fermanian.

 


Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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