Honda estuda trazer SH 300i para o Brasil
Scooter de 300cc poderá ser um dos lançamentos da marca no Salão Duas Rodas para ampliar line-up no segmento
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Cícero Lima
O mercado de scooter no Brasil é relativamente novo e pequeno se comparado ao europeu, porém as vendas desse segmento têm crescido nos últimos anos. Em 2014, foram vendidas cerca de 40 mil unidades, aumento de 31% em relação a 2013. Prova de que o brasileiro aprendeu a gostar da economia e praticidade desse veículo.
A Honda, líder no mercado de duas rodas no País, vem aproveitando esse bom momento. No ano passado, foram vendidas quase 20 mil unidades do Honda PCX, lançado há dois anos – o que fez dele o scooter mais vendido do Brasil. Neste ano, até maio, já foram emplacados mais da metade dessa quantidade.
Porém, quem hoje procura um scooter de maior capacidade tem que abandonar a marca Honda (que não oferece nada acima do PCX) e partir para a Dafra, que oferece o Citycom 300 e o Maxsym 400; ou migrar para a também japonesa Suzuki com seu Burgman 400. Para evitar “perder” esse cliente a Honda estuda trazer o SH 300i, que foi atualizado no modelo 2015.
Família de sucesso
O SH 300i é um velho conhecido em outros países. A sigla SH – que tem uma gama de modelos com várias motorizações - é sinônimo de scooter popular, pois já foram emplacados mais de um milhão de unidades pelo mundo todo. O SH 300i vem para atender a demanda de consumidores que precisam de um veículo de melhor desempenho e versatilidade. Versatilidade para viajar, por exemplo, uma tarefa complicada para o urbano PCX de apenas 150cc.
Para cumprir essa missão o SH 300i traz motor de um cilindro, 279 cc, quatro válvulas, alimentado por injeção eletrônica e refrigeração líquida. O propulsor tem potência máxima de 27 cv (a 6.000 rpm) e o prático câmbio CVT.
O tanque tem capacidade para 13 litros. Na Europa, o fabricante informa que o consumo fica na casa dos 30 km/litro. Com isso a autonomia do SH 300i supera os 300 km. Uma característica bem interessante para esse tipo de veículo, que prima pela praticidade.
Por falar em praticidade o espaço sob o banco permite transportar um capacete integral. Apesar disso, o espaço é reduzido se comparado a outros scooters como o Burgman 400, por exemplo. A “culpa” é da adoção de rodas de 16 polegadas, uma medida interessante para trafegar em vias irregulares, mas que sacrifica o espaço do porta-objetos sob o banco.
Calçado com pneus sem câmara nas medidas 110/70 (na frente e atrás), o SH 300i tem garfo telescópico dianteiro com de 105 mm. Na traseira, o sistema bichoque traz regulagens na compressão da mola e curso de 95 mm.
A segurança é um dos pontos fortes do SH 300i que usa disco de 256 mm de diâmetro nas duas rodas. E de quebra conta, na Europa, com sistema ABS de série.
Pesando 169 kg em ordem de marcha, o SH 300i tem banco a 85 cm do solo. Configurações que fazem dele um veículo ágil e fácil de pilotar, até mesmo para pessoas mais baixas.
Pesquisa de mercado
Embora a Honda não confirme a chegada do SH 300i, tudo indica que a fábrica tem intenções de ampliar seu line-up de scooters no Brasil. Tanto que já tem feito uma pesquisa de mercado com consumidores de um bairro de classe média alta na capital paulista.
Vamos aos fatos: primeiro a fábrica apresentou o pequeno Lead 110, de origem asiática, que logo se tornou um sucesso de vendas. Neste vácuo, o PCX foi lançado e seguiu o mesmo caminho. Inclusive, o modelo de 150cc teve sua produção duplicada pela Honda. O SH 300i é, naturalmente, o próximo passo para concorrer com o Dafra Citycom 300i, vendido a R$ 16.990, que reina sozinho nessa faixa.
Renovado na Europa para 2015, o SH 300i custa 4.850 €, cerca de R$ 16.800, em Portugal. Caso seja nacionalizado e montado em Manaus (AM), o scooter Honda de 300cc também poderá chegar aqui com um preço competitivo. A expectativa é que o modelo seja um dos lançamentos da fábrica japonesa no próximo Salão Duas Rodas, que acontecerá em outubro na cidade de São Paulo.
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