GSX 750F na visão de um usuário
Uma Suzuki clássica e de grande porte, mas extremamente dócil quando pilotada.
Por Leandro Alvares
Por Leandro Alvares
Walter André
A capacidade cúbica deste modelo nos remete a lembranças clássicas: 750cc, das famosas 7Galo, 750 Four e atualmente lembramos das insanas GSX 750R.
Irmã dessa última, a Suzuki GSX 750F está há vários anos em linha e continua a manter esse "mito" das motocicletas de 750 cilindradas com grande mérito.
Uma moto de grande porte, mas extremamente dócil quando pilotada. E não se espante: sua agressividade é facilmente notada a partir dos 6500 rpm, quando ela se transforma numa outra moto — um canhão, como costumo adjetivar.
Sou um feliz proprietário dessa máquina ano 2006 desde 0 km, e após quase dois anos de uso e 16.000 km rodados, posso fazer algumas considerações sobre ela.
Os pontos positivos em relação às suas irmãs superesportivas são o baixo consumo de combustível e baixo custo de manutenção. O consumo se dá numa média de 16 Km/l, mas dependendo da tocada varia de 20 Km/l até 12 Km/l.
As peças de troca comum, como pastilhas de freio, filtro de óleo, filtro de ar, entre outras, fazem o proprietário tomar alguns sustos ao ligar para a concessionária autorizada. No entanto, após uma pesquisa de preços mais apurada, encontram-se peças originais no comércio por preços consideravelmente mais baixos.
Apenas faz-se uma ressalva: em caso de queda, a quebra no bolso será imediata, pois a sua grande carenagem é extremamente cara, bem como outras peças que inevitavelmente quebrarão. Por isso, um slider vale muito à pena.
Uma atenção especial deve ser dada aos pneus, sempre verificando calibragens e sua troca por compostos de tamanho igual ou parecido. Não adianta trocar um pneu 150 por um 190, pois a moto ficará instável demais nas curvas.
Nas estradas ou mesmo pistas, não se pode fazer comparações da GSX 750F com as super esportivas, do mesmo jeito que ela não pode ser comparada a nenhuma moto street de grande cilindrada. Na minha opinião, ela é um primeiro passo para quem pretende possuir uma GSX 1300R Hayabusa, por exemplo, mas também pode ser considerada a moto para toda a vida sem problema algum.
Todo o conforto, aliado a um ótimo painel e muito boa iluminação, torna uma viagem de 400/600 km por dia extremamente tranqüila e com a segurança que seu ótimo motor oferece na hora das ultrapassagens.
Numa tocada mais racing, ela merece um destaque especial, principalmente por sua alta estabilidade devido à ótima proteção aerodinâmica. É incrível a sensação de sentir a moto firme e segura a mais de 200 Km/h, velocidade que ela pode atingir em poucos segundos. Por isso, os motociclistas menos experientes devem "enrolar o cabo" de forma mais gradual e não no modo "on-off", como se faz em motos pequenas.
Diz-se que ela provavelmente sairá de linha num futuro próximo, e creio que haverá uma grande lacuna no mercado das sport-touring no Brasil, mas de qualquer forma com certeza essa moto será sempre uma clássica.
O “motonauta” Walter André participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.
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