Gilera: Marca centenária
Para comemorar os 100 anos, montadora italiana apresenta três scooters com pintura exclusiva.
Por Leandro Alvares
Por Leandro Alvares
Aldo Tizzani
Você saberia dizer o que a Harley-Davidson, a Triumph e a Husqvarna têm em comum? A resposta é simples: as três marcas são centenárias. Este ano mais duas montadoras farão parte deste seleto grupo: a Suzuki e a Gilera, que faz parte do Grupo Piaggio.
Para comemorar os 100 anos de atividades, a marca italiana apresentou no Salão de Milão três modelos de scooters com roupagens diferenciadas (alusão às cores da bandeira italiana — vermelho, branco e verde).
Além disso, a empresa ganhou um novo logotipo, que representa a esportividade, a história e a tradição da marca. Nas pistas, a Gilera coleciona seis títulos mundiais de construtores (500 e 350cc) e oito títulos mundiais de pilotos. O mais recente com o italiano Marco Simoncelli, nas 250cc, conquistado na última temporada.
História
Fundada em 1909 por Giuseppe Gilera, em Arcora, na região da Lombardia, norte da Itália, a primeira motocicleta a sair da modesta linha de produção foi a VT 317. Porém, a marca sempre teve seu nome ligado às competições.
Logo após a I Guerra Mundial, a Gilera construiu uma 500cc, com a qual venceu as mais importantes competições da época. Em 1936, a empresa fabricou um novo motor de quatro cilindros em linha de 500cc. Esta configuração rendeu a Gilera vários recordes mundiais de velocidade. No ano seguinte, o piloto Dorino Serafini conquistou uma vitória no Campeonato Europeu.
Após a Segunda Guerra, a Gilera apresentou a Saturno 500, modelo com um novo motor de quatro cilindros e 500cc. Com esta moto, a marca travou “épicos” duelos com as Norton, Moto Guzzi e MV Agusta. Entre 1950 e 1957, a Gilera conquistou seis títulos. Neste mesmo período, a equipe italiana venceu três vezes a tradicional Tourist Trophy, corrida que acontece até hoje na Ilha de Man (Reino Unido). Antes de se retirar oficialmente das competições ao fim de 1957, a Gilera ganhou 40 GPs.
Campeã do mundo
Em 1969 a marca foi adquirida pelo Grupo Piaggio. Na sua volta ao mundo das competições, a Gilera também participava de provas off-road. Já na década de 80, a empresa apostou em modelos monocilíndricos de quatro tempos — as primeiras versões das séries 350 e 500 e, mais tarde, a 600cc. Aliás, as motos de enduro da série RC (600 e 750), obtiveram duas vitórias no Paris-Dakar, além de uma no Rali dos Faraós.
Em 1993, a produção foi transferida para Pontedera (Itália) e assim a Gilera iniciou o desenvolvimento de scooters e maxiscooters utilizando o know-how da Vespa e Piaggio. Em 2001, a fabricante conquistou o Campeonato Mundial de Motovelocidade, categoria 125cc, com o piloto Manuel Poggiali. Seu primeiro título desde 1957.
Em 2006 a Gilera voltou para a categoria 250. A temporada 2008 marcou a primeira vitória na história da marca na categoria. Marco Simoncelli venceu o GP da Itália, em Mugello. Ao final da temporada, o piloto entrou para a história da Gilera ao ser o primeiro italiano campeão do mundo pela fabricante, 51 anos depois da conquista de seu compatriota Libero Liberati (1957, com uma 500cc).
Modelos comemorativos
Os scooters Fuoco, GP 800 e os Nexus foram os modelos escolhidos para a série comemorativa dos 100 anos da Gilera. A inspiração do novo design veio das cores da bandeira italiana.
Além da nova roupagem, os três scooters apresentam várias soluções tecnológicas. Neste sentido, a Gilera sintetiza dois valores fundamentais em seus produtos: a esportividade aliada ao estilo arrojado e inovador.
O Fuoco 500ie lembra o Piaggio MP3, já que ambos contam com duas rodas na dianteira. Com um motor quatro tempos de 492cm³ é dotado de injeção eletrônica de combustível. O propulsor tem potência máxima de 40 cv a 7.250 rpm. Assim, o Fuoco pode atingir até 145 Km/h de velocidade máxima.
Já o maxiscooter GP 800 poder ser considerado um modelo revolucionário. É o primeiro scooter equipado com motor bicilíndrico a 90º. Com injeção eletrônica de combustível, o motor de 839,3 cm³ gera 75 cv de potência máxima.
O sistema de transmissão conta com o tradicional câmbio automático de variação contínua (CVT). Bonito e confortável, o GP 800 pode ser usado no transito urbano ou também em divertidas viagens.
Para finalizar, o Nexus 300ie traz um propulsor totalmente novo e com características mais esportivas. O novo motor Quasar de quatro válvulas de 278 cm³, com refrigeração líquida, é dotado de injeção eletrônica de combustível. O propulsor produz 22,4 cv a 7.250 de potência máxima e conta ainda com a praticidade da transmissão variável.
Receba notícias de moto.com.br
Envie está denúncia somente em caso de irregularidades no comentário