Fenabrave: Venda de motos registra queda em setembro
Relatório da federação das concessionárias revela um queda de 13,25% para o mês anterior e uma redução de 17,53% no acumulado do ano
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
Segundo os números da Fenabrave (federação das concessionárias), entidade que representa o setor da distribuição de veículos no Brasil, com mais de 7.400 concessionárias associadas, as vendas de motos no mês de setembro tiveram um recuo de 13,25%, com a negociação de 66.327 motocicletas contra 76.357 unidades em agosto.
Na comparação com setembro de 2016, quando foram vendidas 69.657 motos, o resultado é de uma queda de 4,91%.
Já as vendas acumuladas de motos em 2017 (período de janeiro a setembro) chegaram a 640.210, o que representa uma redução de 17,53% em relação ao mesmo período do ano anterior (776.254).
Para o mercado de veículos em geral (motocicletas, automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, implementos rodoviários e outros), a Fenabrave apresenta em seu relatório de setembro uma queda de 9,55% na comparação com agosto.
O levantamento geral revela ainda o emplacamento de 276.126 unidades em setembro, contra 305.264 unidades, em agosto. Na comparação com setembro de 2016 (240.334 unidades), houve um crescimento de 14,89%.
No acumulado de 2017, o setor em geral teve queda de 1,18%, totalizando 2.352.784 unidades emplacadas de janeiro a setembro deste ano, contra 2.380.875 no mesmo período de 2016.
Para o Presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o resultado de setembro demonstra a melhora esperada para o setor, que vem se concretizando ao longo dos últimos meses.
"Apesar do registro de queda em dias corridos, a média diária dos emplacamentos em setembro (20 dias úteis) foi 4,23% superior à média diária do mês agosto (23 dias úteis). Esse movimento de alta nas vendas diárias é reflexo de fatores positivos como a queda da taxa de juros, a queda nos índices de desemprego e da inadimplência que, juntos, atuaram positivamente na intenção de compra do consumidor", conclui Alarico Assumpção júnior.
Nas novas projeções da entidade, os segmentos de automóveis e comerciais leves devem apresentar crescimento de 9,9% em 2017. Em julho, a entidade estimava que os segmentos cresceriam 4,3% no ano. "Devemos atingir esse patamar de crescimento se as nossas previsões, de comercializar a média de 200 mil unidades mensais, se confirmarem entre os meses de outubro a dezembro", afirmou Alarico Assumpção Júnior, que informou que a oferta de crédito, para esses segmentos, também tem apresentado crescimento. "Antes, a cada 10 fichas cadastrais, 3 eram aprovadas e, agora, 3,4 têm o crédito concedido", sinaliza.
Para caminhões, as perspectivas atuais são de redução de 2% nos emplacamentos em 2017, numa situação bem melhor do que a apontada nas projeções divulgadas em julho, que indicavam queda de 11,5%. "Com a retomada da economia, a comercialização de caminhões também está melhorando. Só não teremos resultados positivos esse ano em função do estoque de veículos, acumulado nas transportadoras, e que agora começam a rodar", adverte o Presidente da Fenabrave.
Para implementos rodoviários, a nova projeção aponta para uma alta que pode chegar a 3%, contra uma projeção de queda de 7,1% (divulgada em julho) e, para ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 8%, sendo que a última projeção apontava retração de 5,5%.
Os segmentos de Tratores devem apresentar um crescimento de 6,97 e, para Máquinas Agrícolas, o crescimento estimado é de 1,6% em 2017.
As transferências de automóveis e comerciais leves usados apresentaram retração de 13,37% em setembro, na comparação com o mês anterior. Foram transacionadas 891.628 unidades em setembro, contra 1.029.273 em agosto. Em relação a setembro/2016, houve crescimento de 4,72% nas transações destes veículos e, no acumulado de 2017 (janeiro a setembro), o aumento foi de 8,41% sobre o mesmo período de 2016.
Do total de automóveis e comerciais leves transacionados, os usados (de 1 a 3 anos de fabricação) representaram 15,72 % das negociações realizadas em setembro, e 14,36 % no acumulado do ano.
De acordo com a Fenabrave, os dias úteis a menos em setembro (20 dias) em relação a agosto (23 dias) também influenciaram, negativamente, nas negociações de veículos usados. "Apesar do menor volume total, o mercado de usados continua aquecido e favorecido pelas operações de 'troca com troco'". As transações poderiam ser até maiores não fosse a escassez de oferta de veículos seminovos", comentou o presidente da Fenabrave.
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Confira nas tabelas abaixo o balanço da Fenabrave para setembro e no acumulado do ano de 2017 com os indicadores das marcas mais vendidas com dados consolidados em unidades e percentuais.
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Fotos: Fenabrave e Divulgação
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