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Família Honda XL marcou época no uso misto

04 de December de 2013

Paulo Souza

A Honda iniciou suas operações no Brasil desde 1976, quando começou a produzir suas motos em Manaus, porém, sua primeira motocicleta para o uso misto fabricada no país só veio no ano de 1982 com o lançamento da então XL 250R, apelidada de “Xisélona”, entre outros codinomes. Ela foi a “mãe” desta família que por uma década reuniu diversos fãs.

A XL 250R chegou para competir com a DT 180 da Yamaha que também fez grande sucesso. Suas principais características eram o propulsor de quatro tempos com 248 cm³ que produzia 22 cv de potência e sua inovadora suspensão traseira mono-amortecida (prolink). A suspensão dianteira possuía longo curso que podia ser ajustada através de ar comprimido. Sua produção foi de 50.193 unidades segundo a montadora.

A partir de 1984 a Honda inovou este modelo que passou a ser chamado de XLX 250R, ela adotou o sistema de dupla carburação, sendo o segundo atuando apenas em alta rotação, com válvulas radiais RFVC melhorando o torque do motor. Essas mudanças deixaram o modelo com 3 cv de potência a mais, além de receber mudanças estéticas.

Sua produção foi até o ano de 1992, sendo que as últimas versões voltaram a ter novamente um único carburador, mas sem perder a potência e com melhoras notáveis na progressividade das respostas.

No mesmo ano de seu lançamento (1984) a Honda apresentou também a XL 125S, versão de menor porte e mais básica para atender o público iniciante nos modelos de uso misto. Ela ficou conhecida como “Xiselinha” e possuía o mesmo motor da 125 ML, com 124 cm³ que desenvolvia 12,5 cv de potência.

O conjunto de suspensões eram inferiores ao da “Xisélona” e possuía dois amortecedores convencionais na traseira, porém em posição invertida para melhor eficiência. Com a chegada deste modelo a Honda conseguiu atender um grande público que buscava um modelo mais barato para a época, com isso, entre 1984 e 1987 foram produzidas 109.813 unidades de acordo com a montadora.

O sucesso deste pequeno modelo foi tão grande que a Honda resolveu lançar em 1987 a XL 125 Duty, palavra que significa serviço em inglês. Ela chegou para atender a demanda do público frotista e também para ser utilizada no meio rural.

Este modelo possuía a mesma mecânica e chassi da “Xiselinha” e foi o único a adotar amplos bagageiros na dianteira e traseira, com banco único mais largo, protetor de Carter e motor, protetor para os manetes do guidão e o famoso parabarro.

Junto com a Duty a Honda apresentou a última versão da família XL, a nova XLX 350R, modelo que seguiu o visual das versões estrangeiras de 600cc com design totalmente inovador e com motor mais potente, agora capaz de gerar 30 cv de potência.

As mudanças estéticas foram o que mais chamaram a atenção no modelo, seus faróis passaram a ter o formato retangular, as lanternas traseiras no formato vertical, seu tanque passou a ter formato de vulcão e recebeu protetores de mãos.

O tão esperado freio a disco dianteiro surgiu na XLX 350R dando maior eficiência e dispensando os ajustes nas lonas e cabos. Isso facilitou bastante para os pilotos que curtiam um fora de estrada, principalmente quando andavam em terrenos molhados, pois o freio não perdia o poder de frenagem.

Ao todo foram 40.436 unidades produzidas pela Honda do modelo XLX 350R entre 1987 e 1992. Sua saída do mercado foi devido ao lançamento da NX 350 Sahara, inspirada na Africa Twin 750, dando assim, o fim nesta família, que por uma década encantou muitos motociclistas.

Fotos: Divulgação

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