Explicando o sistema ABS de frenagem

Honda CBR 1000RR terá como opcional inédito sistema de freios ABS controlado eletronicamente.

Por André Jordão

Arthur Caldeira

Lançado na Europa em junho do ano passado, o sistema de freios ABS controlado eletronicamente foi especialmente desenvolvido pela Honda para sua linha de motocicletas superesportivas. Até então inédito em motos do segmento, o sistema chega agora ao Brasil na nova Honda CBR 1000RR 2009. Disponível a partir de julho nas concessionárias da marca, a nova superesportiva de 1.000 cc com freios ABS vai custar cerca de US$ 3.000 a mais que a versão sem o sistema.

Diferente dos freios antitravamento já utilizados em outras motos Honda, como a GL 1800 GoldWing e a CB 600F Hornet, o sistema controlado eletronicamente garante um funcionamento muito mais rápido, segundo a montadora, além de ter sido desenvolvido levando-se em conta as peculiaridades das motos superesportivas e da pilotagem mais agressiva. O freio ABS da nova CBR 1000RR traz também o sistema combinado, ou seja, ao pisar no freio traseiro uma unidade eletrônica atua também sobre o freio dianteiro.

Mais rápido

A grande novidade dos freios Combined ABS controlado eletronicamente para superesportivas é o sistema de acionamento. Em vez da pressão do piloto sobre o pedal de freio atuar diretamente nas pastilhas do freio traseiro, um motor faz o serviço. Ao pisar no freio o motociclista aciona um sensor da pressão aplicada (Input Pressure Sensor), que envia um sinal para a central eletrônica (ECU), que por sua vez aciona uma unidade motriz na roda traseira para aumentar a pressão hidráulica na linha de freio e parar a motocicleta. Ou seja, o disco de 220 mm de diâmetro na traseira com pinça de pistão simples é acionado eletronicamente. É como se você apertasse um botão para frear, porém com um sensor que mede a força (pressão) aplicada no pedal. 

Simultaneamente, a ECU também atua sobre uma unidade motriz na dianteira que aciona as pinças de quatro pistões, fixadas radialmente, e “mordem” os dois grandes discos de 320 mm na dianteira da mesma maneira. Está aí a função CBS acionada eletronicamente. A vantagem desse sistema é que a atuação de um motor sobre a linha de freio propicia uma dosagem melhor entre os freios dianteiro e traseiro.

Caso a pressão seja muito forte e as rodas - traseira ou dianteira - ameacem travar, um sensor de velocidade instalado na roda envia esta informação a ECU, que alivia a pressão nas unidades motrizes. Aí entra em ação o sistema antitravamento, o popular ABS (Anti-Lock Brake System). Segundo a fábrica japonesa, o sistema eletrônico permite um acionamento mais tardio do ABS. Dessa forma, evita-se que o sistema “alivie” a pressão nos freios muito cedo. Afinal, em pilotagens mais esportivas, frenagens bruscas e até certa derrapagem controlada são comuns. Resta saber como isso tudo funciona na prática, em uma pista de verdade.

Além desse novo sistema de acionamento, o Combined ABS controlado eletronicamente foi projetado levando-se em consideração a ciclística de motos superesportivas – como a curta distância entre-eixos e a tendência da roda traseira levantar em uma frenagem mais brusca. Outra característica do sistema projetado exclusivamente para superesportivas, como a Honda CBR 1000RR, é a rapidez com que o sistema funciona. É a tecnologia a serviço da segurança.

Novas cores

Além da possibilidade do novo sistema Combined ABS, a CBR 1000RR traz nova cores para 2009. A versão com o avançado sistema de freios virá apenas na cor azul e tem preço sugerido de US$ 36.190. Mas o modelo convencional vai estar disponível na cor branca (US$ 33.079), além da azul e laranja, com a pintura que remete à equipe Honda Repsol na Moto GP, ambas cotadas a US$ 34.079. De acordo com o câmbio de R$ 2,021, que será usado pela Honda a versão standard vai custar a partir de R$ 66.852, já a CBR 1000RR com ABS deve custar R$ 73.139.

No restante continua o bem sucedido modelo reformulado em 2008, quando ganhou linhas mais arredondadas e minimalistas, seguindo uma tendência de design da marca japonesa, que abandonou os ângulos retos de vez. A carenagem frontal ficou mais compacta, e os espelhos retrovisores trazem os piscas embutidos. A rabeta com lanterna de LEDs foi reduzida ao essencial. “Tirando” assim peso das extremidades e contribuindo para a centralização das massas.

Outro grande destaque dessa esportiva de um litro é seu motor de quatro cilindros em linha, DOHC, 16 válvulas, com 999,8 cm³ de capacidade. Bastante leve, o propulsor gera 178,1 cv de potência máxima a 12.000 rpm e torque de 11,4 kgf.m a 8.500 rpm.


Fonte:
Agência Infomoto

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