Excelsior Manxman, uma história interessante

Mais uma marca que fez sucesso e a guerra mudou seu curso.

Por Trinity Ronzella

A empresa Bayliss Thomas and Co. fabricava bicicletas desde 1874, aquelas com roda gigante na frente e uma pequenina atrás, que se chamava Penny-farthing, mas, quatorze anos depois, em 1910, se tornou Excelsior.

Foto: Divulgação - Penny Farthing

 

Nesse meio tempo, 1896, a empresa começou a produzir bicicletas motorizadas e, em uma exposição no Crystal Palace, em Londres, apresentou  um modelo e a evolução aconteceu, equipando as bicicletas com motores como faziam  Minerva Motors, Motor Manufacturing Company (MMC) e De Dion-Bouton. Algo semelhante com o que vemos hoje nas ruas, as bicicletas com motor dois tempos adaptados,  muitas vezes nas mãos de entregadores de Fast Food por exemplo.

Foto: Divulgação - Minerva 1901

 

Em 1908 a Excelsior Supply Company de Chicago começou a produzir motos com motores de fabricação própria e, já em 1915, os motores variavam de monocilíndrico de 269 cc dois tempos a grandes V-Twins de 1000 cc.

 

Foto: Divulgação - Excelsior Big Twin 1913

 

Nos anos 20, a direção da empresa para Reginald Walker e seu filho Eric, da Midlands que,  como um entusiasta das corridas, começa a promover o uso das Excelsiors nas corridas. Com esse propósito surge um motor de corrida fabricado pela Blackburne em 1933, que venceu o Lightweight TT. Conhecido como Mechanical Marvel  por ser composto de quatro válvulas radiais abertas por árvores de cames duplas, usando hastes e balancins, carburadores duplos e lubrificação por cárter seco, que era mais trabalhoso e foi substituído por um motor menos complicado e mais robusto, o Manxman!

 

Foto:Divulgação -  Excelsior Manxman

 

 

Produzido nos tamanhos 249, 348 e 498 cc, ganhou destaque na menor versão por vencer várias corridas. O modelo de corrida Excelsior Manxman 250cc estava em produção durante os anos de 1934 a 1939 e  tinha uma velocidade máxima de 129 km/h. Embora nunca tenha vencido um Isle of Man TT, o Excelsior Manxman teve um sucesso considerável e generalizado, vencendo o Manx GP três vezes entre 1936 e 1938 nas mãos de Denis Parkinson. 

Foto: Divulgação -  Excelsior Corrida

 

Um detalhe dos motores Manxman e que, gravado no motor, estava o símbolo do Ilha de Man no motor e a cabeça do cilindro em bronze. Embora pesado, era de fácil manutenção e muito confiável, sendo que uma versão de estrada e corrida foram produzidos nos 250 cc e, para os 500cc, só como um Roadster esportivo.

 

Foto: Divulgação -  Excelsior Motor Ilha de Man

 

Em 1936, uma versão de quatro válvulas foi desenvolvida e conquistou o segundo lugar nas corridas de TT na categoria leve de 1936 e 1937. O Manxman também se tornou uma escolha popular para os pilotos independentes de TT, conquistando várias vitórias até a chegada da Segunda Guerra. Com transmissão por corrente e câmbio de quatro velocidades, a 250cc pesava  132 kg.

 

Foto: Divulgação - Excelsior Manxman Tanque

 

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial a produção foi interrompida, deixando as últimas unidades que participaram das corridas nas mãos de pilotos  particulares, pois, durante a guerra o foco passou a ser um modelo específico para a guerra. O período de vacas magras após a guerra foi dado ênfase a motores dois tempos, que eram mais baratos. Alguns modelos surgiram para,  em 1950, se tornar uma empresa pública e seguir com mudanças e evoluções, chegando ao fim em 1965.

 

Foto: Divulgação - Cartaz da época

Fonte:
Equipe MOTO.com.br

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