Ducati Hypermotard no Brasil a partir de R$ 51,9 mil

Modelo chega nas versões Standard (básica), SP (radical) e a inédita Hyperstrada, com vocação para viagens

Por Aladim Lopes Gonçalves

Carlos Bazela

A partir deste mês, a Ducati amplia a oferta de modelos oferecidos no Brasil. E, para marcar essa expansão, a Casa de Borgo Panigale escolheu um dos seus modelos mais queridos pelos motociclistas do mundo todo: a Hypermotard. A nova geração da supermoto italiana será comercializada no País por R$ 51.990 na versão Standard e R$ 64.900 para a radical versão SP. Acompanhando as duas, teremos também a Hyperstrada, versão com vocação touring, equipada, entre outros diferenciais, com malas laterais rígidas, que estará disponível aqui por R$ 56.900. As três motos chegam importadas ao Brasil neste primeiro momento, mas o plano da marca é montá-las em Manaus (AM).

No visual, a nova geração da Hypermotard, que foi apresentada pela primeira vez no Salão de Motos de Milão em 2012, mudou bastante em relação suas antecessoras. O traço mais marcante é o escape, que abandonou sua configuração de ponteira dupla abaixo do assento para se transformar em uma peça única do lado direito da moto. Com linhas triangulares, o novo escapamento é curto e não bloqueia a visão da roda traseira, que continua presa por um monobraço.

As formas angulosas, aliás, norteiam o novo design da moto, que ficou mais agressiva. As aletas laterais do tanque estão mais alongadas e contam com entradas de ar, que auxiliam na dissipação do calor e formam um belo conjunto com o novo visual do tanque de 16 litros de capacidade. O assento também endossa a proposta de agressividade. Menos espesso, a peça tem o aspecto de uma fina camada de espuma sobre o dorso da moto, que se assemelha aos modelos de enduro.

A nova Hypermotard teve ainda mudanças mais sutis, como o paralama dianteiro superior mais curto, com as mesmas entradas de ar profundas da bigtrail Multistrada e os espelhos retrovisores. Estes deixaram as pontas dos manetes para serem afixados de forma mais convencional acima do guidão. Já os piscas continuam fixados aos protetores de mãos, porém em uma posição mais central em relação ao farol.

Um motor para três
As atualizações da Hypermotard não se limitam à estética. O modelo também passa a ser equipado com um novo propulsor, que extinguiu todas as variações de motorização que existiam anteriormente. Desta forma, tanto a versão Standard como a SP da supermoto e a Hyperestrada contam com o mesmo Testastretta 11º, composto por dois cilindros em “L” de 821 cm³. Refrigerado a líquido, o motor traz o tradicional comando desmodrômico de válvulas e é capaz de gerar até 110 cv de potência máxima a 9.250 rpm, enquanto o torque máximo de 9.1 kgf.m é oferecido nos 7.750 giros.

Montados sobre um quadro tubular de treliça, marca registrada das motos italianas, os três modelos da família também apresentam o mesmo conjunto de freios. Na roda dianteira, são dois discos semi-flutuantes de 320 mm de diâmetro mordidos por pinças Brembo de quatro pistões e fixadas radialmente, enquanto a roda traseira faz uso de disco único de 245 mm de diâmetro com pinça de pistão duplo. Ambas as rodas contam com a atuação do ABS, oferecido como item de série.

O pacote eletrônico é generoso e comum para as três motos. Além dos freios ABS, com três pontos de regulagem, fazem parte do cardápio o acelerador eletrônico (ride-by-wire) e o controle de tração com até oito níveis de ajuste. Tudo isso é gerido por três modos de pilotagem, que se dividem entre “Sport”, “Touring” e “Urban” na Hypermotard Standard e na Hyperstrada e entre “Race” “Sport” e “Wet” na agressiva Hypermortard SP.

Diferenças cruciais
Embora as três novas motos partilhem o propulsor, sistemas de freios e pacote eletrônico, elas apresentam importantes diferenças entre si nos quesitos ergonomia e ciclística, que as colocam em caminhos distintos. A Hypermotard Standard sai de fábrica com suspensão dianteira composta por garfo invertido Kayaba com curso de 170 mm, enquanto o monobraço traseiro emprega um monoamortecedor com link progressivo e ajustável da Sachs com 150 mm de curso. A altura do assento é de 870 mm e a ela pesa 198 kg em ordem de marcha. Versão de entrada das três, com preço sugerido de R$ 51.900, a moto vem calçada com pneus Pirelli Diablo Rosso II.

No caso da Hyperstrada as mudanças evidenciam sua orientação touring, como o parabrisa e as malas laterais rígidas. O assento, com altura de 850 mm, é mais largo e em dois níveis. A suspensão dianteira também tem curso menor, de 150 mm. Os itens a mais também garantem um leve aumento no peso, que vai para 204 kg em ordem de marcha e eleva o seu preço para R$ 56.900. A presença de alças de apoio na rabeta também a fazem uma melhor opção na hora de transportar uma garupa. A Hyperstrada calça pneus Pirelli Scorpion Trail. As medidas, entretanto, são as mesmas de suas “irmãs”: 120/70 ZR 17 na roda dianteira e 180/55 ZR 17 atrás.

Já a Hypermotard SP traz um conjunto ciclístico para quem quer mais do que uma moto para viajar ou rodar com estilo pela cidade. Mais alta, a moto tem garfo dianteiro Marzoccchi pressurizado e totalmente ajustável com curso de 185 mm, enquanto a roda traseira traz link progressivo com monoamortecedor Öhlins de 175 mm de curso e totalmente ajustável por gás. Configuração ideal para um trackday. O assento tem 890 mm de altura e as rodas são forjadas em liga leve, com menos aros do que as outras versões da supermoto. Na pintura, cores e grafismos da Ducati Corse, a divisão de competição da marca italiana, e nas rodas os pneus Pirelli Diablo Supercorse SP. O uso de componentes topo de linha garantiu uma redução no peso para 194 kg em ordem de marcha. Mas, em compensação, o preço cobrado por tudo isso é salgado: R$ 64.900. 

Fotos: Divulgação


Fonte:
Agência Infomoto

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