Dicas de segurança BikeMaster e ABTRANS para andar de moto
Geraldo Tite Simões, instrutor de pilotagem dos cursos especializados, ressalta que o conhecimento é o melhor caminho para controlar o medo
Por Aladim Lopes Gonçalves
Por Aladim Lopes Gonçalves
A questão sobre o uso da motocicleta como meio de transporte abre margem para dois tipos entendimentos. Se você perguntar a um motociclista por que ele anda moto ele pode dar justificativas como agilidade no trânsito, puro prazer e paixão. Agora se você perguntar para quem não é motociclista por que ele não compra uma moto a resposta, possivelmente, deve ser algo do tipo: porque tenho medo.
Na visão de Geraldo Tite Simões, jornalista e instrutor de pilotagem dos cursos BikeMaster e ABTRANS, o medo é um sentimento natural que aparece diante do desconhecido. Geralmente quem abre mão de usar a moto como meio de transporte nunca pilotou uma ou teve uma primeira e única experiência desagradável. Para ajudar a superar os temores de andar de moto o especialista traz algumas dicas importantes.
1) Por isso, a primeira dica de segurança, especialmente aos novatos é: respeite o medo! Só existem dois tipos de motociclistas que se julgam destemidos: os mentirosos e os loucos. Todo ser vivo tem medo e precisa sentir, porque é o que preserva a espécie. O conhecimento é a melhor forma de controlar o medo. Quanto mais conhecer o veículo, sua dinâmica, os pontos fortes e fracos e as formas de se proteger, maior será a sensação de segurança. Resumindo, a primeira dica é: conheça o veículo e adquira as técnicas de pilotagem preventiva.
2) Saiba escolher a moto certa. Muitos motociclistas novatos passam por uma experiência ruim porque fez a escolha errada da moto. Ninguém nasce sabendo, portanto ao começar a pilotar motos é preciso estar ciente que algumas exigem mais empenho físico e técnico para conduzir. Antes de decidir pela moto faça pesquisa e avalie principalmente as dimensões. No caso da primeira moto, não precisa nem ser uma utilitária pequena de 125 ou 160cc, porque uma moto 250cc é melhor, mais segura e não é tão mais pesada. O erro mais comum na escolha de uma moto é não definir o uso que fará. Isso gera motociclistas insatisfeitos porque compraram uma grande e pesada para enfrentar 20 km de congestionamento todos os dias. Ou aqueles que compram uma moto fora-de-estrada e jamais rodarão nem um quilômetro sequer por estradas de terra.
3) Respeitar os limites. É comum o motociclista iniciante sentir o desejo de passear com grupos de amigos, participar de motoclubes e grupos. Mas nem todos tem o mesmo nível de experiência. Tentar acompanhar um motociclista mais experiente pode ser um grande erro. Na verdade, quando um grupo tem consciência da presença de um novato, o ritmo deve respeitar os limites do mais novo. Ou então é melhor marcar um ponto de encontro e cada um vai no seu ritmo.
4) Prepotência. Os três fatores que levam ao acidente são: negligência, imprudência e imperícia. Mas existe a prepotência, que é a sensação de que nada de ruim pode acontecer com a pessoa. Geralmente é mais comum na adolescência, mas algumas pessoas carregam essa característica para sempre, especialmente os homens. O melhor remédio para a prepotência é a humildade. Fazer só aquilo que é capaz é a melhor postura para quem quer pilotar bem e por muitos anos. E quando não se sentir capaz ainda existe a chance de se inscrever em cursos de pilotagem de qualidade que ajudarão a conhecer e respeitar os limites de cada um.
5) Calma! Um dos conceitos mais equivocados com relação às motos é acreditar ser um veículo para quem tem pressa! Mentira, porque a moto é um veículo para quem não quer perder tempo. São conceitos muito diferentes que precisam ser entendidos. A pressa é querer ir mais rápido do que a condição permite. Quem usa moto não precisa correr, porque já está bem mais rápido do que o trânsito. Só como exemplo, em São Paulo, cidade com seis milhões de veículos, a média de velocidade durante o horário do rush é por volta de 18 km/h. Nas mesmas condições uma moto consegue rodar a 40 km/h sem correr riscos. É mais que o dobro da média. Por isso o motociclista não precisa correr para ganhar tempo, porque ele já não perde tempo rodando normalmente.
Fotos: Geraldo Tite Simões/Acervo Pessoal e Mário Bock/ABTRANS
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