Dias das Mães: Erika Cunha, a piloto que virou mãe
Por André Jordão
Por André Jordão
Erika Cunha, advogada de 29 anos, é filha dos empresários Pedro Paulo da Cunha e Neide Shizue Iqueda, que juntos tem uma revenda Yamaha em Teixeira de Freitas (BA). A vida deles sempre foi envolvida pelas motocicletas. Desde muito pequeno Pedro trabalha com motos, começando como ajudante de mecânico em 1970 e, futuramente, influenciando todos os Cunha. Além da concessionária, eles fazem apresentações no Globo da Morte, com a equipe familiar batizada de ‘Ekipe Cunha’. Pedro apresenta o show, onde seu filho e neto fazem as manobras. Erika não faz parte desta loucura, mas também não fica atrás. Anda de moto desde os seis anos de idade e hoje tem na garagem uma superesportiva Yamaha YZF-R6 e uma YZF-R1, além de YZ-450 “vestida” de supermotard.
No entanto, no momento, as motocicletas da Erika ficaram em segundo plano, mas por uma boa causa: em novembro passado Erika virou mãe de sua primeira filha, a pequena Esther de cinco meses. “Não piloto há quase um ano e meio, não vejo a hora de voltar, e agora com minha filha ao meu lado”, revela a piloto com participações no Superbike Series e Campeonato Carioca de Motovelocidade, além de inúmeros track days e presenças em Campeonatos de Supermoto. Sempre incentivada pelos pais, Erika não pretende frear os instintos – que fazem parte do DNA segundo a família – de Esther e, se for à vontade da filha, promete colocá-la para pilotar ainda mais cedo que a própria mãe. Enquanto isso não acontece, Esther já aparece cheia de estilo sobre a R1 de Erika, que concedeu uma entrevista para nós falando sobre a piloto que virou mãe, confira!
MOTO.com.br: Quando sua filha nasceu? Fale um pouco da experiência de ser mãe... Alguns conceitos mudam como, por exemplo, pensar em proibi-la de andar de moto? Consegue imaginar ela pilotando, já sonhou com isso?
Erika Cunha: Minha filha, Esther, tem cinco meses e nasceu em novembro. Acredito que tudo muda depois de ser mãe, a forma de encarar o mundo toma outra perspectiva! É uma alegria que preenche o coração e as palavras não são suficientes pra descrever a emoção, só sei que a cada sorriso eu me desmancho.
Sou protetora sim, mas estimulo para que ela descubra coisas novas. Não cresci em uma bolha e desejo que a Esther possa aproveitar tanto quanto eu. Já a imaginamos andando de moto! Eu comecei com seis anos e pela nossa empolgação (minha e do pai), acho que se ela quiser vai começar ainda antes. Damos motos de brinquedos para ela brincar e, como ela está crescendo no meio de motos, está super acostumada com o barulho, com tanques de gasolina, capacetes... O mais legal é que ela se diverte com tudo isso!
MOTO.com.br: Há quanto tempo você está sem andar de moto? Já conseguiu dar uma volta na cidade pelo menos depois do nascimento dela? Vai voltar em breve? Como está a ansiedade?
Erika Cunha: Não, ainda não consegui. Estou sem andar de moto há um ano e meio nas pistas, penso em voltar em breve com certeza. O mais legal é que agora vou ter minha filha ao meu lado.
MOTO.com.br: Pretende continuar competindo, ou vai andar por diversão?
Erika Cunha: Andar de moto para mim é sempre por diversão, mesmo quando estou competindo. Participei de três campeonatos, apesar de não ter corrido todas as etapas. Finalizei em 3º Lugar na categoria SuperSport (600cc) e 4º Lugar na categoria SuperStock (1000cc) no Campeonato Carioca de Motovelocidade.
MOTO.com.br: Sabemos um pouco sobre sua relação com seu pai e as motos, mas e a sua mãe, acompanhou tudo isso? Qual a relação da sua mãe contigo e a paixão que você tem pelas motocicletas? O que ela sempre disse em relação a isso?
Erika Cunha: Minha mãe sempre apoiou minhas escolhas, ela é amiga e parceira para todas as horas. Ela adora motos e sempre viajou na garupa com meu pai, acredito que esse sentimento esteja no DNA da família (rsrsrs) porque até as crianças já nascem querendo uma moto!
MOTO.com.br: É mais fácil compreender os pais, principalmente a mãe, depois de ter um filho? As preocupações mudam?
Erika Cunha: Depois de termos nossa filha (o) passamos a entender que as escolhas dos nossos pais, que nem sempre são as que nos agrada, são de coração e sempre com intuito de ser o melhor para o filho. Esse entendimento só fez aumentar ainda mais a admiração pelos meus pais.
MOTO.com.br: Quais motos têm atualmente?
Erika Cunha: Como ainda não estou andando de moto, mantive as minhas: R1, R6 e uma YZ-450. Rola um sentimento profundo com todas as motos que já tive, não consigo me desapegar (rsrsrs).
MOTO.com.br: Esse vai ser o seu primeiro Dia das Mães, o que você mais gostaria de ganhar de presente?
Erika Cunha: Já ganhei meu primeiro presente de Dia das Mães, que é a minha filha. Mas adoraria ganhar uma MT-09 e poderia ser de qualquer cor (rsrsrs)!
MOTO.com.br: O que mais mudou – mesmo que não tenha a ver com motos, claro – na sua vida com o nascimento da sua filha?
Erika Cunha: Virei uma pessoa mais consciente, menos egoísta e mais altruísta, Esther despertou o sentimento mais puro que existe: o amor de mãe! Nosso primeiro encontro foi maravilhoso e eu não me esqueço de nenhum detalhe, tê-la em meus braços foi e é a melhor sensação do mundo!
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